Partido dos Trabalhadores apresentou um programa de TV que só conversa com os 8% de brasileiros que aprovam Dilma Rousseff. Os 71% que rejeitam a presidente protestaram
No dia que começou com a notícia de que a presidente Dilma Rousseff é a mais impopular da história, segundo pesquisa Datafolha, em que o dólar rompeu a barreira de 3,50 reais e os partidos aliados do governo começaram a desembarcar da base, o programa do Partido dos Trabalhadores na televisão foi recebido por um sonoro panelaço nas ruas do Brasil. Também houve buzinaços de quem estava preso no trânsito das grandes cidades.
O protesto registrado em todas as regiões - com centenas de imagens publicadas nas redes sociais - intensificou-se quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva surgiu afirmando que "nosso pior momento ainda é melhor do que o melhor momento deles". Na sequência, houve o ápice do panelaço: Dilma apareceu repetindo o discurso de que "estamos em uma travessia" e terminou sua fala dizendo que "sabe suportar pressões".
A peça partidária foi pontuada por ameaças veladas, pelos típicos discursos do "nós contra eles" e não fez nenhuma autocrítica pelo momento de crise política e econômica que o país vive. Também exibiu imagens de políticos da oposição - os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e José Agripino Maia (DEM-RN), e os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Paulo Pereira da Silva (SD-SP) - enquanto o narrador afirmava: "Não se deixe enganar pelos que só pensam em si mesmos".
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