a discriminação racial e a intolerância aos semitas foram marcadas por uma série de elementos fundamentais concernentes à sua historicidade. suas raízes vêm de um período arcaico, onde os povos da grécia e da roma antigas qualificavam como “bárbaros” aqueles que diferiam completamente de suas culturas – entenda-se, como exemplo, os vikings -, tudo por conta das expansões territoriais. mas foi a partir da idade média, com o surgimento das grandes navegações, que os povos iniciaram contato em maiores proporções. tudo estava relacionado, intrinsecamente, à política, à cultura e à economia, que regiam as nações à época. outro fator crucial para a transfiguração do racismo foi a expansão colonial na europa, em fins do século XVIII, a quando da atribuição de termos específicos à raça feita pelo anatomista johann friedrich blumenbach (1752-1840), hierarquizando-as: caucasoide (europeus/brancos), etíopes (africanos/negros), mongoloides (asiáticos/amarelos), ameríndios (americanos) e malaios (polinésios). tais classificações culminaram com o fortalecimento do domínio colonial. a teoria da evolução, proposta por charles darwin (1809-1882), outorgou à raça uma gênese congênere, porém distribuída em escalas físicas e socioculturais, estabelecendo o povo europeu como superior em relação aos demais na equivalência da pirâmide. no início do século XX, ventilou-se a possibilidade de utilizar leis diferentes para cada raça – brancos e negros deveriam ter tratamento distinto -, o que, na teoria, não chegou a se concretizar. o desenvolvimento científico e tecnológico também contribuiu massiçamente para a cristalização do racismo, face argumentações contrárias às doutrinas bíblicas, fortalecendo ainda mais a austeridade e a segregação para com “pessoas de raças menos favorecidas”. também foi a gnose tecnológica que fez a conexão entre a cientificidade e a sociedade, corroborando para com clichês difamatórios. notadamente conhecido como o pai do racismo na modernidade, joseph arthur de gobineau (1816-1882), fervoroso seguidor das ideias do alemão johann friedrich blumenbach, estabeleceu três entidades raciais, a branca (caucasiana), negra (negroide) e amarela (mongoloide), concedendo características a cada uma delas. aos caucasianos, gobineau atribuiu princípios e juízo, ao passo que aos negroides, inabilidade e devassidão. as concepções de gobineau foram absorvidas por adolf hitler, que instituiu, por meio do partido nazista, o antissemitismo na alemanha, haja vista, o fato de os judeus terem sido culpados – e perseguidos – pela igreja católica pela morte de jesus cristo. além de gobineau e seu arianismo – preceito que eleva a raça branca à condição de superioridade –, outras doutrinas foram sendo originadas, como o darwinismo social, que consiste na sustentabilidade de dogmas referentes às ciências biológicas; o evolucionismo social, que apresenta a apreciação do progresso do indivíduo com base nas organizações sociais; a eugenia – derivada do grego bom e concepção –, evidenciada pelo antropólogo britânico francis galton (1822-1911), que ressaltava que o aperfeiçoamento humano se dava por meio de heranças genéticas, fazendo-se necessário classificar os indivíduos mais preparados a gerarem filhos com grandes qualidades. foi também a eugenia que estimulou o holocausto.
"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar." (Nelson Mandela)http://badmasquerade.blogspot.com.br/2015/03/o-racismo-e-o-antissemitismo.html
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