Foram embargados 241 milhões de reais da empreiteira Camargo Corrêa e do Grupo Sanko, e 302 milhões de reais da empreiteira Galvão Engenharia
A Justiça Federal no Paraná decretou o bloqueio de 544 milhões de reais de duas empreiteiras e de uma empresa fornecedora de tubos nas obras da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco. O confisco ocorreu nesta quarta feira, no âmbito de ações de improbidade da Operação Lava Jato. A informação foi divulgada pelo procurador da República Deltan Dallagnol, que integra a força-tarefa da Lava Jato.
Foram bloqueados 241 milhões de reais da empreiteira Camargo Corrêa e do Grupo Sanko, ambos envolvidos em supostas irregularidades na Abreu e Lima. Em outra decisão, a Justiça embargou 302 milhões de reais da empreiteira Galvão Engenharia.
Com o valor bloqueado anteriormente da Engevix Engenharia, o montante tornado indisponível de empresas acusadas na Lava Jato já alcança 700 milhões de reais, segundo Dallagnol. O procurador afirmou que com as denúncias divulgadas nesta quinta feira, contra quatro ex-deputados federais e outros 9 acusados, já chega a 28 o total de acusações formais perante a Justiça Federal contra 128 investigados, além de cinco ações de improbidade.
A Lava Jato conta quinze acordos de delação premiada que levaram à restituição voluntária de 570 milhões de reais. Foram repatriados 369 milhões de reais. "Sobre o aspecto patrimonial, temos algumas novidades que gostaria de anunciar aqui", disse Deltan Dallagnol.
"Foram ontem, dia 13, anunciadas decisões determinando o bloqueio de 241 milhões de reais de propriedade da Camargo Corrêa e da Sanko. Foi também proferida uma decisão judicial na esfera cível, em medida cautelar paralela às nossas ações de improbidade administrativa determinando o bloqueio de 302 milhões de reais relativos à Galvão Engenharia. Então, nós temos uma novidade de 544 milhões de reais que são objeto de decisão judicial em relação a essas empresas. Nós já tínhamos o bloqueio determinado em relação à Engevix, de modo que o total dos bloqueios chega a 700 milhões de reais, em razão das ações de improbidade administrativa."
(Com Estadão Conteúdo)
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