"Obra já antiguinha, mas fabulosa.
É um filme despretensioso, mas que acaba indo um pouco além do esperado.
O que mais chama a atenção no filme é a questão da amizade, tanto a vivida por Idge e Ruth (Mary Stuart Masterson e Mary-Louise Parker), situação vivida no passado, quanto pela inesperada relação entre Ninny e Evelyn (Jessica Tandy e Kathy Bates) ocorridas no "presente".
Não... vai mais longe: fala sobre verdadeiras amizades, desinteressadas relações entre pessoas diferentes!
É a obra uma inspiração para mulheres satélites (ou homens, quem sabe) , que estão sempre em órbita dos maridos, sem que tenham uma vida própria: sentem um vazio que não sabem explicar, uma vida de "segundo plano" a que são relegadas, sem que percebam o motivo disso: a Subserviência, transmitida de geração em geração.
Traz também - e de forma sutil - nossas prováveis hipocrisias em relação aos nossos relacionamentos, sejam com pessoas ou instituições.
Nos fornece ainda uma indicação para uma verdadeira importância às pequeninas coisas, que mal notamos em nosso dia a dia, além do esquecimento e abandono a que destinamos nossos grandes e verdadeiros tesouros: nossos velhos, pais, mães e mesmo desconhecidos, que, amiúde, são fontes de inesgotável sabedoria, se assim o permitirmos.
Quem não iria querer uma velhinha daquela?
Ah... demonstra também uma de minhas teorias prediletas, a do "faça a coisa errada": mas isso ainda é tema para um outro filme.
Até... e"
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