segunda-feira 24 2014

Denúncia de conivência de Lula e Dilma com desmandos na Petrobras é grave, avaliam deputados

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Deputados do PSDB classificaram de grave a denúncia de que Dilma e Lula poderiam ter interrompido o propinoduto que vem assolando a Petrobras nos últimos anos, mas nada fizeram para impedir perdas bilionárias para a maior estatal do país. Reportagem da revista “Veja”  mostra mensagem enviada por Paulo Roberto Costa, então diretor de Abastecimento da Petrobras, à Dilma, então chefe da Casa Civil, na qual propõe uma solução política para a recomendação do TCU ao Congresso de paralisação de três grandes obras da Petrobras em virtude de irregularidades. E foi o que ocorreu: o Congresso aprovou o corte dos recursos para as obras, mas Lula vetou e mais de R$ 13 bilhões foram liberados para quatro empreendimentos da estatal superfaturadas, inclusive as indicadas por Paulo Roberto.
Pela punição dos culpados – O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), afirma que essa mensagem aproxima ainda mais a presidente do esquema de corrupção na estatal. Ele chama atenção para o fato de Costa ter ultrapassado os limites hierárquicos e se dirigido diretamente a Dilma – braço direito de Lula na época –,“o que revela uma relação muito próxima, que dispensa formalidades”. Na opinião do parlamentar, isso explica ainda o porquê de o Planalto agir para barrar os trabalhos da CPMI no Congresso.
O deputado João Campos (GO) diz que os fatos são negativos e estarrecedores, mas que o surgimento de provas “é extremamente positivo”. “Não há quem não acredite que Lula, Dilma e toda a cúpula do PT sabia de tudo e era conivente. O difícil é se provar isso, mas os indícios começaram a aparecer”, destacou o tucano nesta segunda-feira (24). Para ele, ainda surgirão outras provas mais veementes e o que se espera é a responsabilização de todos os culpados.
Presidente do PSDB, o deputado Duarte Nogueira (SP) defende o aprofundamento das investigações.  Segundo ele, a veracidade do e-mail divulgado por “Veja” comprovará que Dilma foi informada das práticas ilícitas e que deveria ter tomado providências para impedir a continuidade das irregularidades na Petrobras. Mas, pelo conteúdo da mensagem e o desenrolar dos fatos, a coisa foi bem diferente.  No e-mail enviado por Costa a Dilma, ele fez questão de lembrar que em 2007 houve a tal solução política para contornar as decisões do TCU e da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional quanto à obras com problemas. Como que num passe de mágica, o mesmo ocorreu novamente logo em seguida.
“Todos nós assistimos com perplexidade o surgimento dessa informação que é gravíssima e precisa ser investigada à fundo. Cabe agora ao Ministério Público, a CPMI e a Polícia Federal avaliar essa informação adicional, além de tudo o mais que já foi objeto de divulgação”, defendeu Nogueira.
Jutahy Junior (BA) acredita que a então ministra tinha conhecimento e nada fez para barrar a corrupção na estatal. “Fica claro que a presidente poderia ter parado o gigantesco esquema. Ela foi informada de tudo e nada fez”, reprovou. Para Nelson Marchezan Junior (RS) muito mais está para vir à tona. “As investigações da PF são a ponta do iceberg do maior escândalo de corrupção da história deste país”. O tucano também defende que todos os culpados sejam responsabilizados.
Desperdício generalizado – O petrolão é apenas um exemplo do desperdício de dinheiro público no governo petista. Auditorias abertas pelo Tribunal de Contas da União desde 2003 mostram que em 20 grandes obras os valores superfaturados somam R$ 1,1 bilhão. São empreendimentos como a construção de ferrovias, rodovias, aeroportos e canais da Transposição do Rio São Francisco. A Polícia Federal já avisou que as investigações serão ampliadas para outros setores, além da Petrobras. “O fato é que nos governos de Lula e Dilma, a corrupção se generalizou e transformou o Estado brasileiro em um cupinzeiro. O Congresso mais do nunca tem que cumprir os seus deveres de fiscalizar o Poder Executivo”, defende Imbassahy.
Do Portal do PSDB na Câmara

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