segunda-feira 08 2014

Presidente de CPI pede cópia da delação de ex-diretor da Petrobras

Lava-Jato

Solicitação foi feita ao Supremo Tribunal Federal e à Justiça do Paraná; reunião de emergência na próxima quarta definirá novos rumos da comissão

Marcela Mattos, de Brasília
Senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) concede entrevista após ser eleito presidente da CPI da Petrobras - (14/05/2014)
Senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) concede entrevista após ser eleito presidente da CPI da Petrobras - (14/05/2014)(Lia de Paula/Agência Senado/VEJA)
O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente das duas CPIs que apuram denúncias de corrupção na Petrobras, solicitou nesta segunda-feira acesso às cópias do depoimento em que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa lista políticos e partidos que se beneficiaram do balcão de negócios montado na empresa. O pedido foi feito ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Justiça Federal do Paraná, onde começou a Operação Lava-Jato da Polícia Federal.
No documento, o senador pede “todos os documentos decorrentes dos desdobramentos da Operação Lava-Jato”, com a finalidade de instruir os trabalhos da CPI. Nesta segunda, outros congressistas, como líderes do Solidariedade e do DEM, também pediram à Justiça a íntegra da delação de Paulo Roberto Costa. A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira que acionou a Polícia Federal para ter acesso a informações sobre o envolvimento de ministros e parlamentares no esquema. 
A delação do ex-diretor da Petrobras, revelada por VEJA, alterou a rotina do Congresso Nacional, atualmente paralisado por causa da campanha eleitoral. Além dos diversos pedidos de informações e de audiências, uma reunião de emergência foi convocada para a manhã da quarta-feira para discutir os próximos rumos da comissão mista. O encontro foi agendado por Vital do Rêgo e deve reunir líderes partidários da Câmara e do Senado.
Em depoimento à Justiça do Paraná, Paulo Roberto Costa listou três governadores, seis senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais que embolsaram ou tiraram proveito de parte do dinheiro roubado dos cofres da estatal. O executivo é apontado pela Polícia Federal como um dos operadores de um megaesquema de lavagem de dinheiro orquestrado em parceria com o doleiro Alberto Youssef. Os dois estão presos.

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