Petrobras
Parlamentares querem ouvir a ex-contadora de Alberto Youssef, que já apontou elo do doleiro com os deputados Luiz Argôlo e André Vargas
Gabriel Castro, de Brasília
Meire Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef (Cristiano Mariz/VEJA)
A CPI mista da Petrobras aprovou nesta quarta-feira a convocação de Meire Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, pivô da Operação Lava Jato da Polícia Federal. Ela deve dar informações sobre o funcionamento do esquema criminoso operado com recursos públicos desviados pelo esquema do doleiro. Os parlamentares também aprovaram um requerimento que pede a cópia dos depoimentos prestados por ela à Polícia Federal e ao Ministério Público.
"Ouvir a contadora vai ser importante para que a gente possa confrontar com o depoimento de Alberto Youssef", diz o relator da comissão, o deputado Marco Maia (PT-RS). Ainda não há data para o depoimento de Meire Poza. Por causa da proximidade das eleições, a ida dela à CPI pode ficar para depois do primeiro turno – dia 5 de outubro.
A VEJA, Meire Poza revelou como funcionava o esquema de lavagem de dinheiro do doleiro. Ela também afirmou que parlamentares, como Luiz Argôlo (SD-BA) e André Vargas (PT-PR), foram beneficiados pelo esquema. Meire já compareceu ao Congresso para depor no processo de cassação de Argôlo. Na ocasião, ela confirmou as acusações contra o parlamentar.
O requerimento de convocação de Meire Poza foi aprovado ao fim da reunião em que os parlamentares tentaram, sem sucesso, ouvir Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras e o delator do esquema de corrupção que funcionou por quase uma década na companhia.
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