Esta não é a primeira vez que flores são usadas para protestar contra a guerra, mas a originalidade não quer dizer muito em situações como esta. Na pequena vila de Bilin, perto da capital Ramallah, na Palestina, uma mulher criou um jardim para homenagear os civis mortos durante os conflitos entre Israel e a Palestina. As flores foram plantadas em granadas desativadas.
Num incrível sinal de resistência, esta mulher acumulou granadas durante as ofensivas dos soldados israelenses e dos locais palestinianos, decidindo depois ‘plantá-las’ num lugar que a Palestina reclamou como seu, dois anos atrás. A batalha judicial acabou originando a construção do Muro da Cisjordânia, uma controversa barreira erguida pelos israelenses que, quando concluída, terá mais de 700 km de extensão.
Mohammed Khatib, um dos organizadores da vila onde o jardim foi feito, afirma que o objetivo é mostrar que a vida pode nascer também da morte. O uso de uma arma como recipiente para plantas é uma ótima forma de chamar a atenção para uma região cansada de guerra e de perdas humanas dos dois lados.
Por agora, e até que esperamos que o conflito se resolva, resta a satisfação de ver que a guerra ainda não destruiu tudo, muito menos a esperança das pessoas.
Todas as fotos © Majdi Mohammed
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