CPI da Petrobras
VEJA desta semana revelou que o governo e o PT no Senado montaram um esquema para fraudar depoimentos à CPI da Petrobras no Senado – perguntas foram entregues com antecedência aos investigados, que receberam treinamento para respondê-las
Laryssa Borges, de Brasília
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), candidato a vice na chapa presidencial de Aécio Neves, afirmou neste domingo que seu partido irá apurar a responsabilidade da presidente Dilma Rousseff na fraude dos depoimentos da CPI da Petrobras, revelada em VEJA desta semana. Gravações mostram que o governo e lideranças do PT treinaram os principais depoentes da CPI para investigar contratos superfaturados da estatal, como a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. "Vamos apurar, pelo menos, a responsabilidade moral de Dilma neste episódio", garantiu.
O senador tucano, que participou de agenda da campanha de Aécio Neves em São José dos Campos, no interior de São Paulo, disse que é preciso investigar a presidente Dilma neste episódio porque "é impossível que ela não soubesse que estava se armando este crime contra uma instituição da República". Aloysio afirmou que já conversou com o senador Agripino Maia, presidente nacional do DEM e coordenador-geral da campanha de Aécio Neves à Presidência da República, e as ações serão impetradas conjuntamente pelo PSDB e outros partidos de oposição, como o Democratas. "Vamos já nesta segunda-feira entrar com várias representações", destacou.
O senador também citou que algumas dessas representações serão contra "os funcionários do Senado que participaram deste conluio, contra os parlamentares que agiram como bonecos de um teatro de marionetes e contra os funcionários da Secretaria de Relações Institucionais". Ao falar da secretaria, Aloysio disse que o titular da pasta, ministro Ricardo Berzoini, "já esteve implicado no escândalo dos aloprados", dossiê confeccionado por lideranças petistas contra os candidatos tucanos nas eleições de 2006.
Aloysio defendeu, ainda, o afastamento do relator da CPI da Petrobras no Senado, José Pimentel (PT-CE), "porque ele foi uma das peças-chave dessa armação". E considerou muito grave a denúncia divulgada por VEJA, porque no seu entender ela representa uma fraude contra uma instituição do Congresso Nacional. "Imagino se isso acontecesse no congresso norte-americano, o que o presidente do Senado dos EUA faria?", indagou, cobrando também providências de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado.
Farsa – A denúncia feita na edição de VEJA desta semana revela que o governo e lideranças do PT teriam passado previamente para os principais depoentes da CPI da Petrobras, dentre eles a presidente Graça Foster e ex-diretores da estatal, perguntas que seriam feitas por parlamentares, com o intuito de combinar as respostas. A fraude é exposta por um vídeo de uma reunião entre José Eduardo Sobral, chefe do escritório da Petrobras em Brasília, com o advogado da empresa, Bruno Ferreira, além de outra pessoa não identificada. A comissão parlamentar de inquérito foi aberta no primeiro semestre deste ano depois de denúncias sobre contratos superfaturados da Petrobras, incluindo a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA.
Para Aloysio Nunes, a "armação é uma confissão de culpa da Presidência da República, com relação a todos os desmandos ocorridos na Petrobras". Segundo ele, o governo vem procurando "abafar esses escândalos de todas as formas". O senador disse ainda que o episódio representa algo "muito feio, pois é como um estudante que vai para o exame levando cola."
(Com Estadão Conteúdo)
O senador tucano, que participou de agenda da campanha de Aécio Neves em São José dos Campos, no interior de São Paulo, disse que é preciso investigar a presidente Dilma neste episódio porque "é impossível que ela não soubesse que estava se armando este crime contra uma instituição da República". Aloysio afirmou que já conversou com o senador Agripino Maia, presidente nacional do DEM e coordenador-geral da campanha de Aécio Neves à Presidência da República, e as ações serão impetradas conjuntamente pelo PSDB e outros partidos de oposição, como o Democratas. "Vamos já nesta segunda-feira entrar com várias representações", destacou.
O senador também citou que algumas dessas representações serão contra "os funcionários do Senado que participaram deste conluio, contra os parlamentares que agiram como bonecos de um teatro de marionetes e contra os funcionários da Secretaria de Relações Institucionais". Ao falar da secretaria, Aloysio disse que o titular da pasta, ministro Ricardo Berzoini, "já esteve implicado no escândalo dos aloprados", dossiê confeccionado por lideranças petistas contra os candidatos tucanos nas eleições de 2006.
Aloysio defendeu, ainda, o afastamento do relator da CPI da Petrobras no Senado, José Pimentel (PT-CE), "porque ele foi uma das peças-chave dessa armação". E considerou muito grave a denúncia divulgada por VEJA, porque no seu entender ela representa uma fraude contra uma instituição do Congresso Nacional. "Imagino se isso acontecesse no congresso norte-americano, o que o presidente do Senado dos EUA faria?", indagou, cobrando também providências de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado.
Farsa – A denúncia feita na edição de VEJA desta semana revela que o governo e lideranças do PT teriam passado previamente para os principais depoentes da CPI da Petrobras, dentre eles a presidente Graça Foster e ex-diretores da estatal, perguntas que seriam feitas por parlamentares, com o intuito de combinar as respostas. A fraude é exposta por um vídeo de uma reunião entre José Eduardo Sobral, chefe do escritório da Petrobras em Brasília, com o advogado da empresa, Bruno Ferreira, além de outra pessoa não identificada. A comissão parlamentar de inquérito foi aberta no primeiro semestre deste ano depois de denúncias sobre contratos superfaturados da Petrobras, incluindo a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA.
Para Aloysio Nunes, a "armação é uma confissão de culpa da Presidência da República, com relação a todos os desmandos ocorridos na Petrobras". Segundo ele, o governo vem procurando "abafar esses escândalos de todas as formas". O senador disse ainda que o episódio representa algo "muito feio, pois é como um estudante que vai para o exame levando cola."
(Com Estadão Conteúdo)
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