Planalto
Presidente concedeu entrevista (como candidata) neste domingo, no Palácio da Alvorada, mas não quis se aprofundar no tema
Gabriel Castro, de Brasília
Dilma Rousseff em entrevista coletiva no Palácio da Alvorada, em Brasília (André Dusek/Estadão Conteúdo)
A presidente-candidata Dilma Rousseff tentou neste domingo minimizar a crise enfrentada pela Petrobras — e classificou a série de escândalos envolvendo a estatal como "factoide político" para comprometer a petroleira. Em entrevista coletiva concedida no fim da tarde no Palácio da Alvorada, em Brasília, ela fez uma menção genérica às revelações envolvendo a estatal — a contadora do doleiro Alberto Youssef, pivô do esquema bilionário de corrupção desbaratado pela Operação Lava Jato da Polícia Federal, Meire Poza, confirmou a VEJA que a empresa era utilizada para abastecer um esquema criminoso de lavagem de dinheiro. A entrevista deste foi organizada pela assessoria da campanha eleitoral da presidente, e não pelo Palácio do Planalto.
"Se tem uma coisa que a gente tem de preservar, porque tem que ter sentido de Estado, de nação e de país, é não misturar eleição com a maior empresa de petróleo do país. Isso não é correto, não mostra nenhuma maturidade. Eu acho fundamental que, na eleição e nesse processo que nós estamos, haja a maior e mais livre discussão. Agora, utilizar qualquer factoide político para comprometer uma grande empresa e sua direção é muito perigoso", afirmou. A presidente encerrou a coletiva em seguida e não quis responder outras perguntas sobre o tema. Dilma também afirmou que não há uma decisão sobre o aumento no preço dos combustíveis derivados de petróleo. Ela deixou a questão em aberto: "Necessariamente, em algum momento no futuro pode ser que tenha um aumento, eu não tenho como discutir isso aqui sem dos dados", disse ela.
O congelamento de preços é tido como uma das causas das perdas sucessivas da Petrobras nos últimos meses. Parte do mercado acredita que o governo só vai autorizar a elevação de preços após as eleições.
Dia dos Pais — Pronunciamentos de Dilma à imprensa em pleno Alvorada são incomuns. E ela não tinha nada de relevante a anunciar: queria apenas parabenizar os pais por seu dia, comemorado neste domingo. "Feliz Dia dos Pais para os rapazes e para nós, também, porque todos nós temos pais", afirmou ela aos jornalistas.
Dia dos Pais — Pronunciamentos de Dilma à imprensa em pleno Alvorada são incomuns. E ela não tinha nada de relevante a anunciar: queria apenas parabenizar os pais por seu dia, comemorado neste domingo. "Feliz Dia dos Pais para os rapazes e para nós, também, porque todos nós temos pais", afirmou ela aos jornalistas.
"Eu sou chefe da nação. Portanto, esse dia também faz com que a gente tenha de reforçar o compromisso de melhorar as condições de vida de todas as famílias brasileiras", disse, em seguida. A presidente contou ter usado o Facetime, um programa de conversa em vídeo pela internet, para conversar com seus parentes e com os "dois pais" que tem em sua família: o ex-marido, pai de sua filha, e o genro, pai de seu neto.
Ataques — Na entrevista, a presidente também disse que não vai reduzir nem aumentar o número de ministérios. "Eu posso pedir uma coisa a vocês? Pergunte qual ministério eles vão reduzir", disse ela. A presidente citou os Ministérios da Micro e Pequena Empresa, dos Direitos Humanos, da Igualdade Racial, da Pesca e de Políticas para as Mulheres. E defendeu, um a um, a permanência deles na estrutura do governo. "Esse formato responde a um momento histórico do Brasil. O momento histórico mudando, eu mudo (...). Alguns deles vão evoluir e poder até não ser ministério", afirma a presidente, que usou o termo "cegueira tecnocrática" para criticar os defensores de um enxugamento no número de pastas.
Ataques — Na entrevista, a presidente também disse que não vai reduzir nem aumentar o número de ministérios. "Eu posso pedir uma coisa a vocês? Pergunte qual ministério eles vão reduzir", disse ela. A presidente citou os Ministérios da Micro e Pequena Empresa, dos Direitos Humanos, da Igualdade Racial, da Pesca e de Políticas para as Mulheres. E defendeu, um a um, a permanência deles na estrutura do governo. "Esse formato responde a um momento histórico do Brasil. O momento histórico mudando, eu mudo (...). Alguns deles vão evoluir e poder até não ser ministério", afirma a presidente, que usou o termo "cegueira tecnocrática" para criticar os defensores de um enxugamento no número de pastas.
Ao comentar a proposta do tucano Aécio Neves de fundir os ministérios de Transportes e de Minas e Energia, Dilma atacou: disse entender por que o PSDB tem essa ideia, já que foi a primeira ministra de Minas e Energia do governo Lula. Segundo Dilma, ela encontrou 25 motoristas e apenas três engenheiros trabalhando na pasta. "Eles fizeram barbaridades na área de energia", disse ela, criticando a gestão de Fernando Henrique Cardoso.
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