São Paulo
Protesto programado para esta quinta, com a participação de sete organizações, terá início às 10 horas na Estação Carrão do metrô e tem como destino o Itaquerão
Protesto contra a Copa do Mundo na Granja Comary (AFP)
A dois dias da abertura da Copa do Mundo, promessas de realizar atos contra o evento continuam e, embora o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), que mobilizou mais de 10.000 pessoas nos dois últimos atos em São Paulo, tenha descartado protestar na Copa, pelo menos outras sete organizações ou coletivos programam ações justamente para a abertura do Mundial.
O "Grande Ato 12 de Junho Não Vai ter Copa", foi organizado por seis coletivos e está marcado para as 10 horas desta quinta-feira, em frente à estação Carrão da linha 3-Vermelha do metrô, na Zona Leste de São Paulo. Os manifestantes devem traçar um percurso de onze quilômetros, até chegar ao Itaquerão, palco da abertura do Mundial. Caso a passeata ocorra de fato, a principal via de acesso ao estádio, a Radial Leste, sofrerá com o congestionamento no período em que o deslocamento de carros e ônibus para o local promete ser mais intenso.
"Existe a possibilidade de seguirmos para lá, mas isso ainda vai ser decidido", afirmou Paulo Spina, do grupo Fórum Popular de Saúde do Estado de São Paulo, um responsáveis pela organização do ato. "O objetivo é protestar, sem violência, pela pauta de direitos sociais. Pretendemos fazer outros atos durante a Copa, mas ainda não temos mais detalhes", afirmou Spina.
Spina disse ainda que os atos podem também procurar apoio dos metroviários, que suspenderam a greve na noite desta segunda-feira. "Vamos tentar unificar os diversos coletivos, até mesmo ter apoio dos metroviários". Os grupos previstos para integrar o ato desta quinta são os coletivos Contra Copa 2014, Território livre, Anonymous Brasil, Não Vai Ter Copa e Partido Pirata.
Festa junina - O grupo Comitê Popular da Copa de São Paulo, que promoveu o ato "Dia Internacional de Lutas Contra a Copa" na Avenida Paulista em 15 de maio, marcou outro ato para a abertura da Copa, o "Manifesta Junina". Será realizado na Ocupação Mauá, na Luz, Região Central da cidade.
"Zona livre é do povo, outro futebol é possível: sem empresas patrocinadoras, sem estádios com sangue operário, sem zona de exclusão, sem polícia e sem catracas", reivindica o evento no Facebook. De acordo com os organizadores, além da festa junina na rua, haverá narração alternativa do jogo do Brasil, intervenções teatrais, banda de forró, quadrilha e brincadeiras típicas.
(Com Estadão Conteúdo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário