sexta-feira 27 2014

ESTADO GORDO E INSACIÁVEL: Dilma prepara a sua quinta estatal, a ‘Hidrobrás’, para portos e hidrovias


O governo gordo (nos Estados Unidos!): "Que problema de obesidade?!... Eu não tenho QUALQUER problema em continuar obeso". Se lá é assim, no Brasil, então... (Charge de Bob Gorrell)
Na contramão do que manda a lógica da modernização e do progresso, o governo Dilma prossegue no caminho do atraso: mais estatais, mais intervenção do Estado na economia, menos espaço para investidores privados — brasileiros e estrangeiros –, mais funcionários, mais burocracia, mais “custo Brasil”.
Reportagem de Fábio Fabrini, publicada no jornal O Estado de S.Paulo
DILMA PREPARA A SUA QUINTA ESTATAL, A ‘HIDROBRÁS’, PARA PORTOS E HIDROVIAS
Presidente vai igualar o número de estatais criadas nos dois mandatos de Lula, além de aumentar a quantidade de ministérios para 39
O governo Dilma Rousseff prepara a criação de mais uma estatal, que terá a tarefa de cuidar dos portos fluviais, hidrovias e eclusas do País 
Projeto dos ministérios do Planejamento e dos Transportes prevê a formação de uma nova empresa, que assumirá as funções, nessa área, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Caberá a ela projetar, construir, operar, manter e restaurar a estrutura de navegação em rios, hoje muito abaixo de suas possibilidades e do potencial do País.
Se levada adiante, a nova estatal será a quinta de Dilma em menos de três anos de governo – seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, também criou cinco, mas em oito anos.
A presidente já incorporou à administração federal a Infraero Serviços, a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa e a Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF, apelidada de “Segurobrás”), além da Empresa Brasileira de Planejamento e Logística (EPL), esta última para planejar e articular ações na área de Transportes.

Se levada adiante, a nova estatal será a quinta de Dilma em menos de três anos de governo (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)
As companhias se somam a dois ministérios – a Secretaria de Aviação Civil e a Secretaria da Micro e Pequena Empresa -, adicionados por Dilma às 37 pastas herdadas de Lula.
Ainda em gestação, a “Hidrobrás” teria dupla vinculação, reportando-se tanto ao Ministério dos Transportes quanto à Secretaria de Portos da Presidência (SEP), responsável hoje pelos terminais marítimos.
A principal justificativa para a criação é que, sob o guarda-chuva do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit), os portos fluviais e hidrovias ficam em segundo plano, pois a autarquia concentra suas atividades na gestão da imensa malha rodoviária.
Multimodais
“Países com as dimensões do Brasil não têm órgãos multimodais (para gestão de mais de um tipo de transporte), como o Dnit”, argumenta autoridade do governo envolvida no projeto, explicando que o Brasil não usa um terço de sua capacidade hidroviária. “Para você potencializar isso, precisa de alguma especialização”, sustenta.
O ex-ministro dos Transportes Paulo Sérgio Passos, que nesta quarta-feira transferiu o cargo ao ex-senador César Borges (PR-BA), diz que o objetivo do governo é tirar a estatal do papel este ano.
“Estamos trabalhando com uma reestruturação onde se considera uma empresa para cuidar de portos fluviais e a manutenção das vias navegáveis”, afirmou, sem dar mais detalhes.

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