quarta-feira 04 2014

CPI mista convoca doleiro e ex-diretores da Petrobras

Petrobras

Comissão formada por deputados e senadores também aprovou novos depoimentos de Graça Foster e José Sérgio Gabrielli

Marcela Mattos, de Brasília
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobras, em Brasília
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobras, em Brasília (Moreira Mariz/Agência Senado)
A CPI mista da Petrobras no Congresso aprovou nesta terça-feira a convocação do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, personagens centrais da Operação Lava-Jato da Polícia Federal.
Nesta terça, outra CPI que investiga a estatal, em curso no Senado, já havia agendado o depoimento de Costa para o próximo dia 10. A oposição, porém, pressionou para conseguir levá-lo também à comissão mista – com a presença de deputados e senadores –, cujo domínio do governo é um pouco menor.
Preso desde março, Youssef deverá ser um dos últimos a ser ouvido. “Talvez o depoimento dele seja o mais complexo que vamos ter, então acredito que devemos esperar um pouco mais”, afirmou o relator da CPI mista, deputado Marco Maia (PT-RS). O colegiado pretende ter acesso aos documentos de quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico antes de agendar a audiência com o doleiro.

Além da convocação de Youssef e Costa, o colegiado aprovou as convocações da presidente da Petrobras, Graça Foster, do ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli e do ex-diretor Nestor Cerveró – que já prestaram depoimentos alinhados ao governo à CPI do Senado.
A maioria governista rejeitou a convocação da presidente Dilma Rousseff, que comandava o Conselho de Administração da estatal na época da compra da refinaria de Pasadena, no Texas. Também foram rejeitados pedidos de quebra de sigilo dos investigados. O argumento é que o colegiado vai esperar a Polícia Federal fornecer o material.
O plano de trabalho da comissão divide os trabalhos em quatro eixos: aquisição da refinaria de Pasadena; denúncias de plataformas lançadas ao mar sem os equipamentos de segurança necessários; indícios de pagamento de propina a funcionários da Petrobras pela empresa holandesa SBM Offshore; e superfaturamento na construção da refinaria de Abreu e Lima.

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