Um almoço realizado na última quinta-feira (13) pode ter solucionado a crise entre o Palácio do Planalto e o PMDB do Rio de Janeiro, de onde partiu a rebelião instaurada na base aliada. De acordo com o site Brasil 247, a presidente Dilma Rousseff recebeu o governador Sergio Cabral, o vice Luiz Fernando Pezão e o prefeito Eduardo Paes e teria sinalizado não ter compromisso com a candidatura de Lindbergh Farias, do PT, ao Palácio Guanabara.
Segundo relatos de presentes, Dilma afirmou que a candidatura do senador Lindbergh foi “inventada” pelo antecessor. “É plano do Lula”, teria dito. Num almoço bem humorado, a presidente e o candidato ao governo do Estado pelo PMDB trocaram afagos. Dilma teria dito que não tem como ficar contra a campanha de Pezão. “Eu tô com ela e não abro. Por mais que o PT no Rio queira fazer essas intrigas, com a gente não tem isso”, afirmou, por sua vez, Pezão.
Nas últimas semanas, o presidente do PMDB no Rio de Janeiro, Jorge Picciani, afirmou que fecharia o apoio ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) caso o PT insistisse com a candidatura de Lindbergh.
No encontro, Pezão teria até acertado as ações que deverá lançar ao lado da presidente assim que assumir o governado do Rio de Janeiro, marcada para o início de abril. “A gente falou dos muitos projetos que fizemos e que vamos entregar nos próximos meses. Nosso foco foi esse, as parcerias e as obras são muitas e vamos seguir com elas”, disse.
Na disputa do Rio de Janeiro, Dilma terá de se equilibrar, também, entre dois aliados que aparecem à frente de Pezão nas pesquisas: o deputado e ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ), que lidera no Datafolha e nos demais institutos, e o ex-ministro Marcelo Crivella, do PRB.
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