sábado 25 2014

Os ministros enrolados de Dilma

Veja.Com

Antonio Palocci


O ministro mais poderoso do governo também foi o que menos durou: Palocci caiu em junho de 2011, após sucessivas revelações sobre as nebulosas consultorias prestadas pelo petista quando ele coordenava a campanha eleitoral de Dilma Rousseff e já era visto como futuro ministro da Casa Civil. O patrimônio de Palocci aumentara 25 vezes em um período de quatro anos. O governo tentou blindá-lo, mas a pressão da opinião pública tornou-se insustentável.

Moreira Franco

No início do governo, o peemedebista foi alocado na Secretaria de Assuntos Estratégicos, criada anos antes pelo governo Lula para acomodar Roberto Mangabeira Unger. Sem qualquer poder efetivo, o ministro de Dilma passou em branco todo o seu período à frente da pasta. Em março de 2013, foi realocado para a Secretaria de Aviação Civil. Ninguém sabe dizer se isso foi castigo ou promoção.

Luiz Sérgio























O caso é parecido com o de Moreira Franco: Luiz Sérgio conseguiu mostrar sua opacidade em duas pastas distintas. Ele começou o governo como ministro das Relações Institucionais. Sem poderes para negociar em nome da presidente, virou chacota entre os parlamentares. Foi realocado para o Ministério da Pesca. De lá, acabou desalojado quando Dilma Rousseff resolveu dar um cargo ao PRB, de Marcelo Crivella.

Pepe Vargas

Ele assumiu o cargo em março de 2012, depois que Afonso Florence foi demitido por mau desempenho. Mas, ofuscado pelo Ministério da Agricultura e sem grande autonomia para implementar programas de reforma agrária, não conseguiu tirar a pasta da irrelevância.

Marcelo Crivella

Justiça seja feita. Marcelo Crivella tem cumprido exatamente a missão que o levou ao governo: garantir ao PRB, controlado pela Igreja Universal, uma fatia da Esplanada dos Ministérios. Em troca, o partido mantém o apoio ao governo Dilma. Já a Pesca propriamente dita é um detalhe. "Não sei colocar minhoca em anzol", confidenciou Crivella. Sorte que os pescadores nunca dependeram dos burocratas para sobreviver.

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