Na semana passada, um vídeo foi amplamente divulgado na internet e por isso muita gente ficou conhecendo a história de Lizzie Velasquez, “a mulher mais feia do mundo”. Essa alcunha foi dada por alguém que certamente não a conhecia, porque ao ver o vídeo, não encontrei nada de feio ali. Muito pelo contrário. A moça em questão, que palestrava na frente de várias pessoas, era muito bonita, bem mais do que muitas pessoas que vemos por aí todos os dias, pessimistas, que só enxergam a beleza exterior, o lado ruim da vida e que, com isso, acabam espalhando um rastro de negatividade em volta de si.
vale a pena ser assistido (ative a legenda). Nele, Lizzie conta o seu problema. Ela é uma jovem de 24 anos que, devido a uma síndrome rara, simplesmente não consegue engordar. Ela conta que pode comer chocolate, lasanha, nutella, tudo que existe de mais calórico, mas o corpo dela não ganha massa gorda e, com isso, ela, que mede 1.57m, pesa apenas 29kg. Como se não bastasse, ela ainda é cega de um olho.
Considerando só o físico, você pode até pensar que ela é mesmo feia, mas depois de ouvir a história da Lizzie, nunca estive mais certa que a beleza interior é a que vale. Tive vontade de chamá-la para conversar, de ser sua amiga.
Ela conta que percebeu que era diferente apenas no primeiro dia de aula, no jardim de infância, pois as crianças ficaram assustadas e se recusaram a brincar com ela… E depois, na época do ensino médio, encontrou um vídeo na internet intitulado “A mulher mais feia do mundo” com vários comentários maldosos. Quando foi ver, o vídeo era sobre ela.
Imagina só. Na escola, qualquer coisinha é motivo para bullying. Mas essa moça possui um problema real. Ela não tem simplesmente espinhas ou está acima do peso. Ela é diferente. Imagina você chegar em qualquer lugar e todas as pessoas olharem para você, com ar de desaprovação… Daria vontade de ficar trancada no quarto para sempre, não é? Mas não foi isso que a Lizzie fez. Apesar da síndrome, que já seria motivo suficiente para se sentir arrasada e simplesmente deixar a tristeza tomar conta, ela resolveu não se entregar. Decidiu que não deixaria que as críticas a destruíssem, muito pelo contrário, e usou isso como motivação. Em vez de se matar, como alguns dos comentários do tal vídeo sugeriam, ela escolheu viver bem. Ela se impôs metas. Prometeu a si mesma que faria faculdade. Conseguiu. Quis lançar um livro. Já está em seu terceiro. Resolveu que seria palestrante. Hoje está aí, mostrando para as pessoas que não existem limites. Que ninguém deve se abater pelo que os outros dizem.
Basicamente, o que a Lizzie fala é que a gente não deve deixar as outras pessoas nos definirem. E ela está certa. Lembro uma vez no colégio que uma professora falou uma frase que me marcou: “Cada um é aquilo que acha que é”. Isso quer dizer que você não é o que alguém fala de você e sim aquilo que você se considera. Já percebeu que as pessoas mais atraentes são aquelas confiantes, que acreditam em si mesmas? Elas podem até não ser maravilhosas, mas agem como se fossem e, com isso, fazem com que a gente as enxergue assim também. O contrário também acontece. Existem muitas pessoas lindas, mas sem um pingo de autoconfiança, que se consideram feias, ou que se deixam abater por causa de um pequeno defeito, e assim acabam passando essa imagem para o mundo.
O que a Lizzie quis dizer e o que eu digo para vocês é algo que a Pollyanna, aquela do “jogo do contente”, já acreditava: foque nas coisas boas. Em vez de olhar o que está acontecendo de ruim, preste atenção no que está bom. Não acredite em julgamentos, em pessoas que diminuem os outros só para se sentirem melhor. Use as críticas para crescer cada vez mais. Contrarie os que não esperam que você consiga. Estabeleça metas, confie que você pode chegar aonde quiser e vá em direção a isso. E, quando estiver bem no topo, dê um tchauzinho para os que não acreditaram em você e que continuam onde sempre estiveram… assistindo lá de baixo o seu sucesso.
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