terça-feira 03 2013

Genoino renuncia ao mandato para evitar cassação

Por Ampliado às 14h48, estadao.com.br
Preso por envolvimento no mensalão, Mesa Diretora da Câmara discutiria nesta terça se abriria processo de cassação contra o petista
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Genoino renuncia ao mandato para evitar cassação
"Deputado estava licenciado do cargo desde julho"
O deputado licenciado José Genoino (PT), preso desde o dia 15 de novembro por envolvimento no mensalão, renunciou ao seu mandato. No início da reunião da Mesa Diretora da Câmara, nesta terça-feira, 3, o vice-presidente da Casa, deputado André Vargas (PT-PR), apresentou a carta de renúncia do petista. No texto, Genoino reafirmou sua inocência e criticou a transformação em "espetáculo" do processo de cassação.
No encontro desta tarde, a Mesa Diretoria iria discutir a abertura do processo contra o petista, condenado a 6 anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto. Ele estava licenciado do cargo desde julho, após ser submetido a uma cirurgia cardíaca.
A apresentação da carta foi feita antes mesmo da conclusão da contagem dos votos dos integrantes da Mesa, que chegou ao placar de quatro a dois pela abertura do processo de cassação. Além de André Vargas, posicionou-se contra o pedido de perda de mandato de Genoino o quarto-secretário, Carlos Biffi (PT-MS).
Na saída do encontro, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou que o pedido de renúncia será lido nesta tarde no plenário da Casa. O diretor-geral da Câmara, Sergio Sampaio, afirmou que ainda nesta tarde será divulgado comunicado oficial sobre a possível aposentadoria ou não do agora ex-deputado. O deputado Renato Simões (PT-SP) já estava no lugar do Genoino e, segundo a Secretária Geral da Mesa, vai continuar no mandato.
Genoino pediu aposentadoria por invalidez, mas a junta médica da Casa, com base em exames realizados a pedido do Supremo Tribunal Federal, entendeu que ele não sofre de cardiopatia grave e decidiu apenas prorrogar sua licença médica até o dia 25 de fevereiro.
Após ser preso, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), chegou a anunciar a abertura imediata do processo de cassação, mas um pedido de vista de Vargas adiou a decisão. Desde então, o PT tentava evitar a cassação.
Com informações da Agência Câmara

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