quinta-feira 14 2013

Senado aprova PEC do Voto Aberto em 1º turno

Política

Proposta extingue todas as hipóteses de voto secreto. Segunda votação ocorre na semana que vem

Gabriel Castro, de Brasília
Plenário do Senado durante sessão deliberativa
Senadores aprovam PEC do Voto Secreto (Arthur Monteiro/Agência Senado)
O plenário do Senado aprovou em primeira votação nesta quarta-feira a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece o voto aberto em todas as deliberações do Congresso. Foram 54 votos a favor do texto, dez contrários e uma abstenção. O texto já havia recebido o aval da Câmara. Mas ainda pode ser alterado porque sua sanção pelo Congresso depende de votação em segundo turno no Senado - o que deve ocorrer na semana que vem.
Parte significativa dos parlamentares apoia uma versão mais restrita da proposta: manter o voto secreto apenas na apreciação de vetos ou na apreciação de indicação de autoridades - ou ainda em ambos os casos. O argumento para essa proposta é que o Congresso precisa se proteger de possíveis ofensivas do governo.
Repercussão - "Em relação aos vetos presidenciais, o voto secreto é uma defesa do parlamento e da consciência parlamentar contra a pressão do governo", argumenta Aécio Neves (PSDB-MG), na sessão desta quarta.
"Sou a favor do voto aberto para a cassação de mandato de parlamentares. No entanto, acredito que há conquistas que nós não podemos transigir: devemos manter o voto secreto para o veto e para a escolha de autoridades", afirmou o líder do governo, Eduardo Braga (PMDB-AM)
Já o senador Pedro Taques (PDT-MT) defendeu a aprovação do texto no formato vindo da Câmara, que defende a extinção total de todos os tipos de voto secreto: "O cidadão tem o direito constitucional de saber, sim, de que maneira nós votamos", afirmou o parlamentar.


A votação de propostas que extinguem o voto secreto foi retomada por causa dos protestos populares de junho. O texto aprovado pelo Senado nesta quarta-feira havia sido apresentado pelo ex-deputado Luiz Antônio Fleury (PTB-SP) em 2001.

Um comentário:

bubby costa disse...

...mas da pra acreditar que o governo federal aprovará?