Paleontologia
Segundo os pesquisadores que analisaram o material, o fóssil pertencia a um herbívoro com menos de um ano de idade
Fóssil: encontrado no estado americano de Utah, o filhote de dinossauro teria menos de um ano e 1,8 metro de comprimento (Museu de Paleontologia Raymond M. Alf )
Um estudante americano do ensino médio foi o responsável pela descoberta do menor e mais completo fóssil já encontrado do Parassaurolofo, um dinossauro herbívoro que viveu há cerca de 75 milhões de anos. O filhote, apelidado de Joe, tinha cerca de 1,8 metro de comprimento e menos de um ano de idade. A descoberta foi publicada nesta terça-feira, no periódico PeerJ.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Ontogeny in the tube-crested dinosaur Parasaurolophus (Hadrosauridae) and heterochrony in hadrosaurids
Onde foi divulgada: periódico PeerJ
Quem fez: Andrew A. Farke, Derek J. Chok, Annisa Herrero, Brandon Scolieri e Sarah Werning
Instituição: Museu de Paleontologia Raymond M. Alf, nos EUA, e outras
Resultado: Um estudante americano foi o responsável pela descoberta do menor e mais completo fóssil já encontrado do Parassaurolofo, um dinossauro herbívoro que viveu há cerca de 75 milhões de anos
Título original: Ontogeny in the tube-crested dinosaur Parasaurolophus (Hadrosauridae) and heterochrony in hadrosaurids
Onde foi divulgada: periódico PeerJ
Quem fez: Andrew A. Farke, Derek J. Chok, Annisa Herrero, Brandon Scolieri e Sarah Werning
Instituição: Museu de Paleontologia Raymond M. Alf, nos EUA, e outras
Resultado: Um estudante americano foi o responsável pela descoberta do menor e mais completo fóssil já encontrado do Parassaurolofo, um dinossauro herbívoro que viveu há cerca de 75 milhões de anos
No verão de 2009, Kevin Terris e outros estudantes ajudavam o paleontólogo Andy Farke, do Museu de Paleontologia Raymond M. Alf, nos Estados Unidos, a procurar por fósseis de dinossauros no estado de Utah. No caminho até uma área que nunca havia sido explorada antes, Terris avistou um pedaço de osso saindo de uma rocha. A princípio, Farke acreditou fazer parte de uma costela de dinossauro, comum na região. Uma análise minuciosa mostrou que se tratava dos ossos de dedos e que, do outro lado da rocha, havia um crânio.
Fóssil raro – A equipe concluiu que o fóssil era de um filhote de dinossauro, um achado raro. O material, porém, só pôde ser escavado no ano seguinte, porque no momento de sua descoberta a equipe tinha autorização apenas para coletar ossos encontrados na superfície.
Joe foi levado para o Museu Alf, onde um estudo revelou tratar-se do mais completo Parassaurolofo já encontrado. Apesar de esqueletos adultos desse dinossauro já terem sido descobertos, pouco se sabia sobre seu desenvolvimento. Com menos de um ano de idade e quase 2 metros de comprimento, o fóssil apresenta uma pequena protuberância na parte de trás de seu crânio, que mais tarde se tornaria um tubo de osso oco, principal característica desse dinossauro.
Comunicação – Os cientistas acreditam que esse tubo era usado para amplificar os sons emitidos por esses animais, facilitando sua comunicação.
Esse fato surpreendeu os pesquisadores. Dinossauros semelhantes só começam a desenvolver essa característica quando estão na metade de seu tamanho adulto, enquanto Joe mal havia atingido um quarto dele – estima-se que ele pudesse chegar a mais de 7,5 metros de comprimento.
A análise do crânio do animal permitiu também aos pesquisadores reconstituir sua capacidade vocal. Eles concluíram que, devido ao osso mais curto localizado atrás da cabeça, os filhotes provavelmente emitiam sons muito mais agudos do que os adultos. "Junto com as diferenças visuais, isso pode ter ajudado os animais que viviam na mesma área a descobrir quem era o chefe do grupo", explica Farke.
Um modelo digital em 3D de todo o fóssil foi disponibilizado gratuitamente na internet, a fim de facilitar o acesso a essa descoberta por pesquisadores de todo o mundo.
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