Tecnologia
Ferramenta desenvolvida por pesquisadores utiliza sistema de previsão de risco e imagens tridimensionais para ajudar no diagnóstico da doença
Programa desenvolvido por cientistas ajuda a detectar com mais precisão os sinais do câncer de pulmão (Thinkstock)
Um novo programa de computador pode diminuir as chances de enganos no diagnóstico do câncer de pulmão. O programa, desenvolvido por um grupo de cientistas canadenses, auxilia os médicos na hora de avaliar se uma mancha detectada na tomografia de pulmão é cancerosa ou não. A pesquisa foi publicada nesta quinta-feira no periódico New England Journal.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Probability of Cancer in Pulmonary Nodules Detected on First Screening CT
Onde foi divulgada: periódico New England Journal
Quem fez: Annette McWilliams, Martin C. Tammemagi e outros
Instituição: Universidade de Brock, Canadá, e outras instituições
Dados de amostragem: Duas séries de dados provenientes de 12.029 lesões pulmonares em 2.961 fumantes ou ex-fumantes com idades entre 50 e 75 anos, já submetidos a tomografias de baixa dosagem
Resultado: Foi desenvolvido um mecanismo capaz de auxiliar no diagnóstico do câncer de pulmão com 94% de acerto
Título original: Probability of Cancer in Pulmonary Nodules Detected on First Screening CT
Onde foi divulgada: periódico New England Journal
Quem fez: Annette McWilliams, Martin C. Tammemagi e outros
Instituição: Universidade de Brock, Canadá, e outras instituições
Dados de amostragem: Duas séries de dados provenientes de 12.029 lesões pulmonares em 2.961 fumantes ou ex-fumantes com idades entre 50 e 75 anos, já submetidos a tomografias de baixa dosagem
Resultado: Foi desenvolvido um mecanismo capaz de auxiliar no diagnóstico do câncer de pulmão com 94% de acerto
O método de avaliação de risco clínico ajudou a analisar corretamente nove de 10 manchas, classificando-as em malignas ou benignas. Atualmente, exames de tomografia computadorizada são utilizados para diagnosticar a doença, mas, de acordo com o estudo, podem levar a cirurgias desnecessárias em 25% dos casos.
“Temos evidências de que o nosso modelo de calcular o risco pode prever com precisão quais são as anormalidades que aparecem na primeira tomografia e que requerem um acompanhamento — como uma biópsia ou cirurgia — e quais não”, explica Stephen Lam, um dos autores do estudo.
Modelo — O modelo de previsão do programa inclui uma calculadora de risco que avalia fatores como idade, sexo, histórico familiar e localização do nódulo, entre outras características. O estudo se apoiou ainda na tomodensitometria, uma técnica de geração de imagens médicas tridimensionais, auxiliada por computador.
“Reduzir o número de exames desnecessários e aumentar os trabalhos de diagnóstico rápido e intensivo em indivíduos com nódulos de alto risco são os principais objetivos do modelo”, afirma Martin Tammemagi, epidemiologista da Universidade de Brock e responsável pelo projeto.
Os cientistas testaram a ferramenta em uma população de quase 3.000 pessoas, incluindo atuais e ex-fumantes de 50 a 75 anos de idade, já submetidos a tomografias de baixa dosagem. O método desenvolvido pelos pesquisadores ajudou, em 94% dos casos, a determinar corretamente se o nódulo era ou não canceroso — o que os cientistas descreveram como uma “excelente exatidão de previsão”. Além disso, a tecnologia também ajudou a diagnosticar pequenos nódulos enganosos, medindo no máximo 10 milímetros, com exatidão.
Impacto — “Os modelos de previsão anteriores para nódulos de pulmão mostravam uma grande prevalência de câncer de pulmão, de 23% a 75%, em comparação com 5,5% no nosso estudo”, destacam os autores. Segundo Stephen Lam, o programa terá um impacto clínico imediato. “São ótimas notícias para todos, de pessoas com alto risco de desenvolver câncer de pulmão a radiologistas, médicos e cirurgiões torácicos”, conclui.
(Com agência France-Presse)
Nenhum comentário:
Postar um comentário