Imunização
Espera-se que a imunização seja feita em dose única e funcione contra os 4 tipos do vírus. Previsão é de que a vacina esteja disponível em 5 anos
Vacina contra dengue começará a ser testada em brasileiros em outubro (Jeffrey Hamilton/Thinkstock)
Em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), o Instituto Butantan inicia em outubro os testes em seres humanos da vacina brasileira contra dengue. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia dado autorização em agosto para o início dos testes no país. A vacina, que é estudada desde 2006, já foi testada nos Estados Unidos. Nenhum dos voluntários americanos havia contraído dengue. As informações são da Agência Brasil.
Os testes no Brasil serão realizados em três etapas. Na primeira, serão recrutados cinquenta voluntários de São Paulo — todos adultos saudáveis, que nunca contraíram o vírus e com idade entre dezoito e 59 anos. Esse grupo será imunizado em duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. Na segunda etapa, participarão também pessoas que já tiveram a doença. Nessa fase, serão recrutados mais 250 voluntários das cidades de São Paulo e Ribeirão Preto, no interior do estado, e a vacina será aplicada em dose única.
Na terceira e última fase, pessoas de diversas idades e regiões do Brasil serão submetidas aos testes. Os resultados dessa etapa servirão de base para a solicitação do registro da vacina na Anvisa. A previsão é de que, se os testes forem bem sucedidos e após feito o registro, a vacina esteja disponível para a população dentro de cinco anos.
Pesquisa — A vacina tetravalente (protege contra os quatro tipos do vírus) começou a ser desenvolvida em 2006, em parceria com institutos de saúde dos Estados Unidos. Os vírus foram identificados no território americano e, posteriormente, enviados ao Instituto Butantan, em 2010. A expectativa é de que a vacina seja capaz de imunizar, em uma só dose, contra os quatro tipos do vírus que causa a dengue.
Nos Estados Unidos, a vacina já foi testada em mais de 600 americanos e se mostrou eficaz contra os todos tipos de vírus. Os voluntários não apresentaram efeitos colaterais significativos, apenas dores e vermelhidão no local da aplicação — reação considerada normal após uma vacinação.
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