sexta-feira 26 2013

Não há risco de ciclo de desemprego, diz Mantega

Será?

Mercado de trabalho

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Ministro chamou de alarmistas notícias sobre a redução do ritmo de expansão no emprego

Ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante entevista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)
Ministro da Fazenda, Guido Mantega também destacou que desemprego continua baixo (Antonio Cruz/ABr)
Apesar da alta da taxa de desemprego em junho, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira, 25, que não há risco de um ciclo de desemprego no Brasil. Para ele, o índice medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve fechar 2013 em um dos patamares mais baixos da série histórica.
"A situação do desemprego é estável no país", disse o ministro depois de reunião com o ministro do Trabalho, Manoel Dias. Mantega previu que o emprego continuará crescendo, mas admitiu que o ritmo será menor que as taxas registradas nos últimos anos, refletindo uma economia mais desaquecida. Na avaliação do ministro, qualquer número próximo a 1 milhão de novos postos de trabalho com carteira assinada é excelente. 
A taxa de desemprego teve a primeira alta anual desde 2009, passando de 5,9% em junho de 2012 para 6% no mês passado. Mesmo assim, Mantega classificou como alarmistas as notícias sobre o desemprego. 
Nesta semana, o ministério do Trabalho revisou para baixo a previsão de aumento do número de vagas de empregos formais no Brasil em 2013, reduzindo de 1,7 milhão para 1,4 milhão. "Não é possível manter o ritmo do emprego que tínhamos antes. Não temos mão de obra qualificada para manter esse ritmo. Daqui para frente, será menos", afirmou Mantega. 
Seguro-desemprego - O ministro afirmou também que o governo apresentará na próxima reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) voto contrário à elevação do seguro-desemprego para benefícios acima de um salário mínimo. "Não cabe mudanças. Isso aumentaria os gastos." No entanto, ele lembrou que o Codefat é um órgão tripartite, com a participação dos trabalhadores e empregadores.
No início da semana, o Ministério do Trabalho informou que o conselho deveria aprovar no dia 31 de julho um reajuste do benefício, com o sinal verde da Fazenda. O aumento viria com a mudança na fórmula de cálculo, que hoje é apenas a variação do INPC. A correção passaria a ser a mesmo do salário mínimo, que considera a inflação do ano anterior e o crescimento da economia de dois anos antes. Na prática, o reajuste, que era de 6,2%, passaria para 9%. 
(com Estadão Conteúdo)

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