Geral
Em Fortaleza, protestos não chegaram à Arena Castelão, onde acontecia o jogo entre Nigéria e Espanha, pela Copa das Confederações. Em Porto Alegre, a marcha era contra a PEC 37. No Rio de Janeiro, manifestantes seguem acampados em frente ao prédio de Sérgio Cabral
Rio de Janeiro - Manifestantes fazem protesto em Copacabana contra a PEC 37 (Yasuyoshi Chiba/AFP)
Os protestos continuaram, neste domingo, em grandes cidades do país. Em Fortaleza, manifestantes desistiram de marchar até a Arena Castelão, onde acontece neste momento o jogo entre Espanha e Nigéria, pela Copa das Confederações. A Polícia Militar barrou seu avanço nas proximidades do estádio. Com isso, o grupo de cerca de 500 manifestantes seguiu para a Avenida Carlos Jereissati, que dá acesso ao Aeroporto Internacional Pinto Martins e acabou sendo interditada.
Com a interdição da Carlos Jereissati, os passageiros que precisavam viajar estão seguindo a pé pelas avenidas de acesso ao aeroporto.
Porto Alegre - Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, cerca de 200 pessoas iniciaram, há pouco, uma caminhada em protesto no Parque Farroupilha, conhecido como Redenção, um dos mais tradicionais da capital gaúcha. A manifestação é, especialmente, contra a PEC 37.
Um abaixo assinado também está sendo divulgado entre os participantes. Em paralelo, ocorre uma marcha de crianças, organizada por meio das redes sociais. Os pequenos estão auxiliando na confecção de cartazes.
Rio de Janeiro - Começou há pouco a passeata pela orla de Copacabana, no Rio de Janeiro. Os manifestantes protestam, entre outras coisas, contra os gastos excessivos nas obras dos estádios de futebol para a Copa e contra a PEC 37, proposta de emenda constitucional que restringe o poder de investigação do Ministério Público.
Neste momento, centenas de pessoas caminham pela Avenida Atlântica, no trecho tradicionalmente interditado aos domingos para funcionar como áreas de lazer, em direção ao Arpoador. Ainda não chegaram em frente ao hotel Sofitel, onde estão reunidos representantes da Fifa.
Também no Rio, cerca de 20 jovens continuam acampados na Avenida Delfim Moreira, na esquina da Rua Aristides Espínola, no Leblon, onde mora o governador Sérgio Cabral. Cartazes criticando a falta de recursos para saúde e educação e acusando Cabral de corrupção foram colocados no asfalto da avenida, fechada ao trânsito em seu trecho final.
Salvador - Os confrontos entre manifestantes e policiais em Salvador, entre a tarde e a noite deste sábado, apesar de menos intensos que os registrados na noite de quinta-feira, também deixaram muitos sinais de destruição pela cidade.
Duas agências bancárias e três lojas da região do Iguatemi, centro financeiro da cidade, tiveram as fachadas destruídas por pedradas. Pontos de ônibus, caixas de coleta de lixo e placas de trânsito foram destruídos, tanto no Iguatemi quanto no Centro, onde também houve confronto. No total, 40 pessoas, entre elas três adolescentes, foram detidas. Com três deles foram apreendidas garrafas de coquetel molotov.
Desta vez, porém, também chamaram a atenção as agressões sofridas por jornalistas que cobriam os confrontos. Três foram agredidos fisicamente por policiais, um foi ferido nas costas por uma bala de borracha e outro foi preso por desacato - liberado após prestar depoimento, na 16ª Delegacia (Pituba).
(Com Estadão Conteúdo)
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