sábado 11 2013

Todas as mães do mundo




Aos pais, às tias e às avós que também são mães reais e não substitutas! E aos filhos que são órfãos – em algum lugar há uma mãe olhando por nós.

Por Adriana Teixeira 3 horas atrás
Conta-se uma história sobre a criação do Dia dos Pais que eu gosto muito: uma garota de 14 anos e cinco irmãos menores, órfã de mãe, decidiu “criar” a data em homenagem ao aniversário do pai que cuidou sozinho dos filhos. Verdade ou não, anos depois o presidente Nixon oficializou aquela data como o Dia dos Pais.  Várias outras histórias se sucederam a essa, assim como as da criação do Dia das Mães, sempre tendo um argumento religioso ou comercial. Mas o que é bacana, por trás delas, é o caráter da homenagem.

Essa homenagem que sendo sincera, não precisa de data. Sendo do coração, não precisa de rótulo. Mãe é quem assina a criação dessa pessoa que hoje você é. Pode ser que sua mãe seja seu pai, o cara que encarou fralda, madrugada, hospital, escola, primeira menstruação, fora da namorada, recuperação. Pode ser que sua mãe seja sua avó, guerreira, topando a maternidade dupla por necessidade ou devoção. Ou pode ser que sua mãe seja a tia torta para quem foi delegada a responsabilidade de cuidar de um bebê. Quantas mães existem nesse mundo?

A propaganda não fala daquelas que mesmo sendo mães, não foram. Umas porque não quiseram. Outras tantas porque não puderam. Mas essas mães também existem. Não exatamente porque um dia deram à luz, mas porque mesmo em sua ausência acabaram por imprimir nos filhos um traço de sua maternidade. Uma mãe que entregou um filho à adoção, uma mãe que deixou os filhos no campo e veio tentar a vida na cidade, uma mãe que morreu cedo demais. Essa falta tamanha de um filho sem mãe tem o outro lado, afinal, uma mãe solitária. Como será o Dia das Mães dessas mulheres?

Sempre ouvi dizer que quando a gente tem um filho passa a entender melhor a nossa mãe. Não sei se é só isso... Acho que a gente entende mesmo é esse sentimento maior e universal que é o coração de mãe! De todas as mães. Entende o esforço e a dedicação que estão implícitos na condição de ser a mãe de alguém. E entende também a gratidão e a plenitude que só quem tem o espírito maternal sente um dia. E que não tem a ver com o tamanho ou valor de presente material.  Nada é mais completo e verdadeiro que a maternidade. 

maternidade absorve a gente por dentro. E isso pode acontecer em diferentes momentos. Quando viajo e deixo meus filhos aos cuidados da amiga querida, ela se desdobra e ocupa um espaço no coração deles por mim – então,obrigada, amiga-mãe! Quando fico doente e minha irmã faz um chá pra mim, abrindo espaço na agenda dela também para me confortar, ela é um pouco minha mãe também, então, obrigada, irmã-mãe! Quando minha filha tem um problema na escola e fica no colo da professora se acalmando, ouvindo história pra distrair, ela tem ali uma mãe temporária, então, obrigada, professora-mãe!

Hoje, me permitam, arrisco até dizer que mãe é a tradução precisa do amar ao próximo como a si mesmo... Sem distinção de raça, sexo, idade, crença, poder - por todas elas e para cada uma, um feliz Dia das Mães.


* A ilustração deste post é do inspirado artista Renato Ventura, para o meu livro Guia Capricho Família (Ed. Marco Zero)
http://estilo.br.msn.com/demaepramae/blog/adriana-teixeira/post.aspx?post=3afd6880-1d5b-4ea3-92ff-0bef74d66349 

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