Fernanda Bassette - O Estado de S.Paulo Após caminhar da Avenida Paulista até o Parque Ibirapuera como parte...
Fernanda Bassette - O Estado de S.Paulo
Após caminhar da Avenida Paulista até o Parque Ibirapuera como parte das atividades em comemoração ao Dia Mundial da Saúde, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou hoje a ampliação do programa de combate ao tabagismo no País. O governo federal vai investir R$ 12 milhões em medicamentos, ações preventivas e treinamento de pessoal, mas a verba pode chegar em R$ 60 milhões, dependendo da adesão das unidades de saúde. A meta do ministério é reduzir de 15% para 9% a proporção de fumantes até 2022.
De acordo com o Ministério da Saúde, 15% das pessoas com mais de 18 anos fumam. Dessas, 14% (cerca de 2,3 milhões de pessoas) querem parar de fumar, segundo a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad). Em 2012, 175 mil pessoas foram atendidas em unidades credenciadas ao programa de controle do tabagismo. Desde 2005, 304 mil largaram o vício.
Hoje em dia existem 3 mil unidades de saúde e serviços do SUS que oferecem tratamento antitabaco. A partir de agora, a expectativa do ministério é aumentar esse número em até 10 vezes, pois a habilitação das unidades de saúde acontecerá por meio do Programa Nacional de Acesso e da Qualidade (PMAQ), que já atinge 30 mil unidades de saúde no País.
" Esse é um investimento programado para esse ano, mas ele pode crescer à medida que as unidades de saúde forem incluindo mais pessoas e pacientes que venham buscar encerrar esse vício", disse o ministro. Segundo Padilha, não há um registro oficial sobre o tempo que as pessoas que querem parar de fumar esperam para conseguir ser atendida em alguma unidade de saúde especializada.
"A atividade física é decisiva e fundamental para a pessoa parar de fumar. O SUS investe meio bilhão de reais por ano só em tratamento de doenças relacionadas ao sedentarismo e obesidade", afirmou o ministro. "O bom vício é a atividade física e se alimentar bem."
Academias da saúde. O ministro disse ainda que o ministério tem investido nas academias da saúde, que englobam um programa em que o governo libera recursos para os municípios montarem academias ao ar livre, comprar equipamentos e contratar profissionais da saúde para orientar a população sobre a prática da atividade física.
"Nas cidades onde essas academias já funcionam, há casos de redução de até 80% no uso de medicamentos para hipertensão e diabete e até de antidepressivos", afirmou Padilha. Hoje existem pelo menos 1 mil academias desse tipo em funcionamento em todo Brasil.
Na cidade de São Paulo ainda não existe nenhuma academia da saúde nesse modelo, mas, segundo o secretário municipal da Saúde, José de Filippi Jr., a prefeitura está mapeando locais que poderão receber esses equipamentos para depois solicitar a verba do ministério.
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