Política
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/policia-fecha-abatedouro-clandestino-usado-por-ministro
VEJA mostrou que o peemedebista Antônio Andrade, recém-nomeado para comandar a pasta da Agricultura, era parceiro de estabelecimento
Gabriel Castro, de Brasília
Antônio Andrade negou que seja parceiro do abatedouro clandestino (Gilberto Nascimento/Agência Câmara)
A Polícia Ambiental de Minas Gerais interditou o matadouro clandestino que tem como cliente o ministro da Agricultura, Antônio Andrade. A medida atende a um pedido do Ministério Público de Minas Gerais e foi tomada nesta terça-feira. A última edição de VEJA mostrou as condições insalubres e ilegais em que os animais eram abatidos no local. O ministro, que é dono de 3.000 cabeças de gado na região de Vazante, utilizava o local para abater animais de seu rebanho.
O dono do local, Rogério Martins da Fonseca, admitiu que os animais eram abatidos com a utilização de uma marreta. Ele também não apresentou a documentação necessária para o funcionamento do abatedouro, que permanecerá fechado até que a situação seja regularizada.
Em 2006, Rogério chegou a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em que se comprometeu a regularizar a situação do estabelecimento. Mas não cumpriu o acordo negociado com o promotor José Geraldo Rocha.
O dono do abatedouro é amigo do ministro há mais de duas décadas, e confirmou a VEJA que Andrade é seu parceiro. “O último gado que comprei do ministro foi em dezembro. Foram 22 reses", disse o empresário. Em nota, Antônio Andrade negou que seja parceiro comercial do abatedouro clandestino; disse que negocia seus animais apenas com grandes frigoríficos.
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