SÁBADO, 15 DE DEZEMBRO DE 2012
FONTE: JORNAL DO BRASIL
Um caminho para fraudar as eleições
informatizadas brasileiras foi apresentado esta semana, para as mais de 100
pessoas que lotaram o auditório da Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Rio
de Janeiro (SEAERJ), na Glória, Zona Sul do Rio.
Junto a especialista em transmissão
de dados e um delegado de polícia, um jovem hacker de 19 anos, identificado
apenas como Rangel, por questões de segurança, mostrou como fazer um acesso
ilegal à intranet da Justiça Eleitoral no Rio de Janeiro, sob a
responsabilidade técnica da empresa Oi. O método consiste em interceptar os
dados alimentadores do sistema de totalização e, após o retardo do envio desses
dados aos computadores da Justiça Eleitoral, os resultados são modificados,
beneficiando candidatos em detrimento de outros, sem nada ser oficialmente
detectado.
“A gente entra na rede da Justiça
Eleitoral quando os resultados estão sendo transmitidos para a totalização e
depois que 50% dos dados já foram transmitidos, atuamos. Modificamos resultados
mesmo quando a totalização está prestes a ser fechada”, explicou Rangel, ao
detalhar em linhas gerais como atuava para fraudar resultados.
Sob
proteção policial
A revelação ocorreu durante o
seminário “A urna eletrônica é confiável?”, promovido nesta segunda-feira (10)
pelos institutos de estudos políticos das seções fluminense do Partido da
República (PR), o Instituto Republicano; pelo Partido Democrático Trabalhista
(PDT) e a Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini (partido escolado em
fraudes eleitorais após o episódio do Proconsult, recentemente
publicado pelo Jornal do Brasil).
Rangel, que está vivendo sob proteção
policial e já prestou depoimento na Polícia Federal, declarou ainda que não age
sozinho: faz parte de pequeno grupo que – através de acessos privilegiados à
rede de dados da Oi – alterava votações antes que elas fossem oficialmente
computadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
A fraude,
acrescentou, era feita em benefício de políticos com base eleitoral na Região
dos Lagos. Ele citou explicitamente o atual presidente da Assembléia
Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado Paulo Melo (PMDB). Notícia prontamente desmentida
pelo deputado como se pode ler aqui.
A deputada Clarissa Garotinho, que
também fazia parte da mesa, depois de dirigir algumas perguntas a Rangel
- afirmou que se informará mais sobre o assunto e não pretende deixar a
denúncia de Rangel cair no vazio.
POSTAGEM
FEITA PELO SOS SEGURANÇA PÚBLICA
Nenhum comentário:
Postar um comentário