domingo 18 2012

José Rubem Fonseca



José Rubem Fonseca
 
Rubem Fonseca nasceu em Juiz de Fora (MG), em 1925, e mora no Rio de Janeiro desde os oito anos. Formado em Direito, exerceu várias profissões antes de se dedicar inteiramente à literatura, como contista, romancista, ensaísta e roteirista. Seus primeiros livros, Os prisioneiros (1963) e A coleira do cão (1965) são de contos. Os dois bastaram para que Rubem Fonseca fosse consagrado como um dos mais originais prosadores brasileiros. O crítico Wilson Martins escreveu, em 1966, no jornal O Estado de São Paulo: “Sr. Rubem Fonseca vence brilhantemente a prova do segundo livro (...) Se figurarmos os nossos autores de hoje em seus lugares respectivos na escada da glória, nada mais fácil do que perceber que, com Sr. Rubem Fonseca, a literatura brasileira ganhou um dos seus escritores mais importantes”. Depois vieram outras obras-primas, entre as quais Lúcia McCartney, A grande arte, Buffo & Spallanzani e Agosto. Rubem Fonseca reinventou entre nós uma literatura noir, ao mesmo tempo clássica e pop, brutalista e sutil. 
 
“É o mais importante livro de ficção brasileira dos últimos anos.” Esta frase de Sérgio Sant’Anna resume o impacto do lançamento de Lúcia McCartney em 1969. Passados mais de quarenta anos, ainda surpreende a inventividade do autor em contos como “Lúcia McCartney”, sobre uma prostituta da Zona Sul. Misturando erudição e modernidade, Rubem produziu um clássico da literatura contemporânea.
 
Seu primeiro romance, O caso Morel, de 1973, é um marco na literatura policial brasileira. Preso por homicídio, o artista plástico Paul Morel escreve um livro para relembrar sua vida e, principalmente, a morte de Joana, uma das mulheres com quem viveu, motivo de sua prisão. Vilela, escritor e ex-policial que Morel chama para ajudá-lo, se envolve na história e tenta provar a inocência do artista. Depois vieram outros livros de contos e, em 1983, Rubem lançou A grande arte, seu segundo romance. O protagonista é o advogado Mandrake, que busca descobrir quem é o assassino de mulheres que marca, com uma faca, a letra P no rosto das vítimas. 
 
Em Agosto (1990), o autor mistura ficção e realidade para dissecar o atentado frustrado contra o jornalista Carlos Lacerda, opositor do presidente Getúlio Vargas, que causou uma das maiores reviravoltas da história do Brasil. O livro foi um sucesso de público e crítica e deu origem à minissérie homônima, da Rede Globo. Várias obras de Rubem Fonseca já foram adaptadas  para o cinema, o teatro e a televisão.
 
Em O seminarista, seu décimo primeiro romance, de 2009, Rubem mais uma vez mostra sua habilidade em levar o leitor para dentro da narrativa. O matador de aluguel José é um ex-seminarista que vive lembrando frases latinas, gosta de poesia e cinema. Ele recebe os “serviços” de um personagem misterioso chamado Despachante. Disposto a iniciar uma vida nova, aposentado e apaixonado, ele começa a receber dicas de que seria alvo de um antigo cliente. Conciso e intenso, o romance tem final surpreendente.
 
Com mais de vinte e cinco grandes livros publicados, entre romances e contos, Rubem Fonseca é um dos escritores mais influentes da atualidade, vencedor do Prêmio Camões (o mais importante da língua portuguesa, pelo conjunto da obra), do Prêmio Juan Rulfo e do Jabuti (cinco vezes), entre vários outros, nacionais e internacionais.
 
 
OBRAS
 
Contos & Crônicas
Os Prisioneiros ( 176 págs.) – 1963, 2009, Agir
Lúcia McCartney (240 págs.) – 1957, 2009, Agir
O Buraco na parede – 1995 (nova edição no prelo), Agir 
Histórias de amor – 1997 (nova edição no prelo), Agir
A Confraria dos espadas – 1998, 2002, Cia. das Letras
64 Contos de Rubem Fonseca (org. Tomás Eloy Martinez) -  2004 (nova edição no prelo), Agir
Mandrake, a Bíblia e a Bengala – 2005 (nova edição no prelo), Agir
O Romance Morreu – 2007 (nova edição no prelo), Agir
Secreções, excreções e desatinos (184 págs.) -  2001, 2010, Agir 
O Cobrador (240 págs.) – 1979, 2010, Agir
Feliz Ano Novo (152 págs.) – 1975, 2010, Agir 
A Coleira do cão (256 págs.) – 1965, 2010, Agir 
Ela e outras mulheres (224 págs.)  – 2006, 2010, Agir
Axilas e Outras Histórias Indecorosas (214 págs.) – 2011, Nova Fronteira
Contos de Amor – (no prelo), Nova Fronteira
Romance negro e outras histórias (248 págs.) – 1992, 2011, Nova Fronteira
Pequenas criaturas (344 págs.) - 2002, 2011, Nova Fronteira
2009 - Os prisioneiros2009 - Lúcia McCartney1992 - Romance negro e outras histórias1995 - O buraco na parede2010 - Secreções, excreções e desatinos2010 - O cobrador2010 - Feliz ano novo2010 - A coleira do cão2010 - Ela e outras mulheres2011 - Axilas e outras histórias indecorosas
2011 - Romance Negro e Outras HIstorias2011 - Pequenas criaturas
 
 
Romances
Diário de um fescenino – 2003 (nova edição no prelo), Agir
Agosto (368 págs.) – 1990, 2010, Agir
O caso Morel (192 págs.) – 1973, 2010, Agir
Vastas emoções e pensamentos imperfeitos (318 págs.) – 1988, 2010, Agir
A grande arte  (531 págs.) – 1983, 2010, Agir
José (168 págs.) – 2011, Nova Fronteira
O selvagem da ópera (332 págs.) – 1994, 2011, Nova Fronteira
Bufo & Spallanzani (352 págs.) – 1985, 2011, Nova Fronteira
2003 - Diário de um fescenino2010 - Agosto2010 - O caso Morel2010 - Vastas emoções e pensamentos imperfeitos2010 - A grande arte2011 - José2011 - O Selvagem da óperaBufo Spallanzani
 
 
Novelas
E do meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto – 1997 (nova edição no prelo), Agir 
O doente Molière – 2000 (nova edição no prelo), Agir
O Seminarista (184 págs.) - 2009, Agir
1997 - E do meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto2009 - O seminarista
 
 
Antologias
Romance negro e outras histórias – 1992, 2001, Cia. das Letras
Contos reunidos - 1994, 2000, Cia. das Letras
O homem de fevereiro ou março (395 págs.) – 1973, 2010, Nova Fronteira
2001 - Romande negro e outras histórias2010 - O homem de fevereiro ou março
 
 
Participação em Coletâneas
”O agente”, “O pedido”, “O orgulho” e crônicas inéditas “O 5º suspeito” e “Pipoca”.
In: Literatura em minha casa. Volume 2, Crônica e conto, Companhia das Letras, 2003.
 
“Família é uma merda”.
In: Vinte ficções breves. Unesco, 2002.
 
“O cobrador” e “O exterminador”.
In: Os 100 melhores contos de crime e mistério. Ediouro, 2002.
 
“O caso de F.A.” e “A arte de andar nas ruas do Rio de Janeiro”.
In: Lapa do desterro e do desvario. Casa da Palavra, 2001.
 
'A força humana', 'Passeio noturno I', 'Passeio noturno II','Feliz ano novo', 'A confraria dos espadas'
In: Os cem melhores contos brasileiros do século. Organização de Ítalo Moriconi. Objetiva, 2000.
 
'O agente'
In: Trabalhadores do Brasil. Geração Editorial, 1998.
 
'Abril no Rio, em 1970'
In: Onze em campo e um banco de primeira. Relume-Dumará, 1998.

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