domingo 19 2012

Frankfurt 2013: tradução de brasileiros dispara na Alemanha


17/08/2012
 às 8:10 \ Eventos, mercado
Consumidores na 22ª Bienal do Livro de São Paulo (foto de Priscila Castilho/VEJA)
Ser o país homenageado da Feira de Frankfurt, caso do Brasil em 2013, não significa apenas virar notícia em suplementos culturais locais e ter um estande maior naquele que é o principal evento anual do mercado internacional de livros. É também pautar o menu de restaurantes localizados no entorno do encontro, inspirar espetáculos de dança e de música e, é claro, ser lido. Não à toa, a Alemanha acaba de se tornar o país com o maior número de demandas por traduções de títulos brasileiros junto à Fundação Biblioteca Nacional, que concede bolsas de apoio à atividade. Entre julho de 2011, quando a FBN lançou seu novo e mais generoso programa de bolsas, e julho deste ano, foram solicitadas 16 bolsas. E, agora no início de agosto, outras duas.
“No momento,  a informação de que dispomos é de que há um universo de cerca de 30 títulos brasileiros sendo traduzidos ou em estudo para tradução. Efetivamente, a FBN recebeu 18 pedidos de apoio”, diz Rachel Bertol, do Centro Internacional do Livro da FBN. ”Há na Alemanha uma série de projetos de antologias com brasileiros e um movimento forte dos tradutores alemães para traduzir nossos autores, tendo em vista a homenagem de 2013.”
Segundo Rachel, o interesse alemão deu um salto no último ano por causa da Feira de Frankfurt, que este ano acontece entre 10 e 14 de outubro e tem a Nova Zelândia como país homenageado. “Quando se toma o histórico do programa de apoio à tradução, que existe desde 1991, os alemães aparecem em sexto lugar entre os demandadores, com um total 20 bolsas pedidas. Em julho do ano passado, o programa foi relançado com bolsas mais interessantes e com uma previsão de continuidade de investimentos até 2020. E os alemães pularam para o primeiro lugar”, diz.
Mas no geral, tomando o histórico desde 1991, a França ainda é a campeã de demandas, com 38 bolsas. Um número que, diga-se de passagem, é baixo e indica a pequena presença da literatura brasileira no exterior.
Maria Carolina Maia

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