quinta-feira 16 2012

Banquete no STFO 'sarau do mensalão' segue com Cazuza e Pessoa(VEJA)


"Vede um homem desses que andam perseguidos de pleitos ou acusados de crimes, e olhai quantos o estão comendo. Come-o o meirinho, come-o o carcereiro, come-o o escrivão, come-o o solicitador, come-o o advogado, come-o a testemunha, come-o o julgador, e ainda não está sentenciado e já está comido".
Pierpaolo Bottini, advogado do ex-deputado Professor Luizinho (PT-SP), ao encerrar sua argumentação citando um sermão do Padre Antônio Vieira.

Sete anos de pastor


“Sete anos de pastor Jacob servia. Labão, pai de Raquel, serrana bela; Mas não servia ao pai, servia a ela”.
João dos Santos Gomes Filho, advogado do ex-deputado petista Paulo Rocha, ao declamar um trecho do poema Sete anos de pastor, de Luis Vaz de Camões, para depois concluir: “Não represento Raquel, mas Paulo Rocha”. 

Duas verdades


“'Sou Malesherbes, advogado do rei. Trago-lhes duas verdades, a verdade e a minha cabeça. Podem dispor da minha cabeça, mas não sem antes ouvir a verdade'".
João dos Santos Gomes Filho, advogado do ex-deputado petista Paulo Rocha, ao anunciar que iria parafrasear "o maior de todos os advogados, do rei Luiz XVI”.

Viva Cazuza

“Senhor procurador, 'sua piscina está cheia de ratos, suas ideias não correspondem aos fatos'”.
Luís Maximiliano Leal Telesca Mota, advogado de Anita Leocádia, ex-assessora do então deputado Paulo Rocha, ao encerrar sua fala com um trecho da música O tempo não para, de Cazuza.

Um pouco mais

“Há sem dúvida quem ame o infinito, há sem dúvida quem deseje o impossível, há sem dúvida quem não queira nada. Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles: porque eu amo infinitamente o finito, porque eu desejo impossivelmente o possível, porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, ou até se não puder ser...”
Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, advogado de Zilmar Fernandes, sócia do publicitário Duda Mendonça, ao terminar sua sustentação oral com um trecho do poema O que há, de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa.

O oculto aparente

“É necessário que, diante de uma situação de extrema dificuldade, nós tenhamos a capacidade de enxergar o oculto naquilo que nos é aparente”.
Wellington Alves Valente, advogado do ex-deputado federal João Magno, ao avisar que não iria “usar de música nem poesia”, mas que buscaria “inspiração nas palavras do rabino Nilton Bonder”.

Pagando o preço

"Parar. Parar não paro. Esquecer. Esquecer não esqueço. Se caráter custa caro pago o preço. Pago embora seja raro. Mas homem não tem avesso e o peso da pedra eu comparo à força do arremesso. Um rio, só se for claro. Correr sim, mas sem tropeço. Mas se tropeçar não paro não paro nem mereço. E que ninguém me dê amparo nem me pergunte se padeço. Não sou nem serei avaro se caráter custa caro pago o preço".
Itapuã Prestes Messias, advogado de Emerson Palmieri, ex-tesoureiro informal do PTB, ao recitar o poeta Sidónio Muralha.




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