Física
Físicos do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear descobriram nova partícula subatômica que se encaixa na teoria que explica o surgimento da matéria
Modelo gráfico do CERN representa a colisão de partículas que pode ter revelado a existência do bóson de Higgs(AFP/CERN)
Após quase meio século de pesquisas, a última peça que faltava no modelo padrão da física pode ter sido finalmente encontrada. Cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN) descobriram uma nova partícula subatômica que eles acreditam ser o obscuro bóson de Higgs, peça crucial para compreender a formação do universo – na teoria, o bóson de Higgs confere massa às demais partículas e explica o surgimento da matéria.
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BÓSON DE HIGGS
O bóson de Higgs é uma partícula subatômica prevista há quase 50 anos. Após décadas de procura, os físicos ainda não conseguiram nenhuma prova de que ela exista. O Higgs é importante porque a existência dele provaria que existe um campo invisível que permeia o universo. Sem o campo, ou algo parecido, nada do que conhecemos existiria. Os cientistas não esperam detectar o campo -- em vez disso, eles esperam encontrar uma pequena deformação nele, chamada bóson de Higgs.
O bóson de Higgs é uma partícula subatômica prevista há quase 50 anos. Após décadas de procura, os físicos ainda não conseguiram nenhuma prova de que ela exista. O Higgs é importante porque a existência dele provaria que existe um campo invisível que permeia o universo. Sem o campo, ou algo parecido, nada do que conhecemos existiria. Os cientistas não esperam detectar o campo -- em vez disso, eles esperam encontrar uma pequena deformação nele, chamada bóson de Higgs.
LHC
O Grande Colisor de Hádrons (do inglês Large Hadron Collider, LHC) é o maior acelerador de partículas do mundo, com 27 quilômetros de circunferência. Ele pertence ao CERN, o centro europeu de pesquisas nucleares e está instalado na fronteira franco-suíça. Em seu interior, partículas são aceleradas até 99,9% da velocidade da luz. Os experimentos ajudam a responder questões sobre a criação do universo, a natureza da matéria e fenômenos exóticos observados no espaço.
O Grande Colisor de Hádrons (do inglês Large Hadron Collider, LHC) é o maior acelerador de partículas do mundo, com 27 quilômetros de circunferência. Ele pertence ao CERN, o centro europeu de pesquisas nucleares e está instalado na fronteira franco-suíça. Em seu interior, partículas são aceleradas até 99,9% da velocidade da luz. Os experimentos ajudam a responder questões sobre a criação do universo, a natureza da matéria e fenômenos exóticos observados no espaço.
ELÉTRON-VOLT (eV)
O elétron-volt (eV) é uma unidade de medida que representa a quantidade de energia que um elétron ganha ao ser acelerado com a ajuda de 1 volt, no vácuo. A massa das partículas pode ser expressa em termos de elétron-volt. A relação se dá pela equação de Albert Einstein em que a energia é igual à massa vezes a velocidade da luz ao quadrado. O GeV é a medida padrão para a massa das partículas subatômicas. Um GeV é equivalente a massa aproximada de um próton.
O elétron-volt (eV) é uma unidade de medida que representa a quantidade de energia que um elétron ganha ao ser acelerado com a ajuda de 1 volt, no vácuo. A massa das partículas pode ser expressa em termos de elétron-volt. A relação se dá pela equação de Albert Einstein em que a energia é igual à massa vezes a velocidade da luz ao quadrado. O GeV é a medida padrão para a massa das partículas subatômicas. Um GeV é equivalente a massa aproximada de um próton.
A descoberta foi confirmada nesta quarta-feira em eventos realizados em Londres, na Grã-Bretanha, e Genebra, na Suíça."Posso confirmar que uma partícula consistente com a teoria do bóson de Higgs foi descoberta", disse John Womersley, diretor-executivo do Conselho de Instalações de Ciência e Tecnologia britânico.
"É um resultado preliminar, mas nós consideramos que é muito forte e sólido", afirmou Joe Incandela, porta-voz de uma das duas equipes do CERN que procuram a partícula de Higgs, no auditório do centro de pesquisas, perto de Genebra.
A descoberta foi detalhada por Fabiola Gianotti, porta-voz do outro grupo do CERN que buscam o bosón de Higgs: "Observamos em nossos dados sinais claros de uma nova partícula, ao nível de 5 sigmas, em uma região de massa ao redor de 126 gigaelétron-volts (GeV)", disse durante a apresentação dos resultados deste experimento. Gianotti destacou que o "excelente funcionamento" do Grande Colisor de Hádrons (LHC, maior acelerador de partículas do mundo) e "o esforço de muita gente nos permitiu chegar a esta emocionante etapa".
O anúncio feito nesta quarta pelo Centro Europeu de Pesquisa Nuclear confirma osindícios encontrados pelo laboratório americano Fermilab (Fermi National Accelerator Laboratory) recentemente. Na última segunda, o porta-voz do laboratório, Rob Lober, declarou que os cientistas americanos tinham novas informações que "apontavam fortemente para a existência do bóson de Higgs". Segundo ele, a confirmação da descoberta dependia apenas dos resultados dos experimentos do Grande Colisor de Hádrons, que foram divulgados agora.
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