segunda-feira 30 2012

O que significou o beijo lésbico na abertura dos Jogos Olímpicos de Londres




Cena do beijo lésbico na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres (Reprodução)
Foram poucos segundos, um átimo, mas o suficiente para causar comoção nas redes sociais do Brasil. Um beijo na boca entre duas mulheres, projetado no meio de outras clássicas cenas de amor, durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, nesta sexta-feira , 27, mostrou o que muita gente quer continuar proibindo os outros de verem: a homossexualidade existe como manifestação de amor.
Percebe-se que a tal polêmica sobre o beijo gay na TV brasileira não tem nada de inócua. Mesmo estando, talvez, muito no terreno das ideologias do que no campo estético, é um claro sinal da mudança das mentalidades.
Mas voltando ao beijo olímpico, o que nos interessa que os ingleses com sua anarquia e ironia, acabaram promovendo uma imagem positiva dos gays que acabou sendo transmitida para muitos países que ainda consideram a homossexualidade um crime ou ainda para o nosso querido Brasil, com um alto índice de agressões homofóbicas e um total descaso com esta situação.
No caso “brasilis”, o mais interessante é que foi a Record, a emissora dos bispos como é conhecida, ligada a um segmento de religiosos intolerantes em relação à homossexualidade que teve que transmitir  ao vivo a anarquia inglesa.
Aliás, foi uma abertura sincronizada com a ideia de civilização, que os britânicos  tanto prezam. O casal de um dos blocos mais pop da cerimônia olímpica era negro – aliás no mesmo que surgiu o beijo gay -, cadeirantes dançavam no meio dos dançarinos e até as junkies protagonistas do seriado Absolutely Fabulous, as  atrizes Jennifer Saunders e Joanna Lumley apareceram. Elas protagonizaram mais um exemplo do chamado humor inglês ao acender um cigarro com a tocha olímpica.
Enfim, foi o exemplo que uma sociedade realmente democrática é inclusiva,  a civilização é sinal de respeito às diversidades de sua população.
Dilma Rousseff na plateia do Estádio Olímpico de Stratford deve ter visto tudo isto. Ela, que tem vetado  sistematicamente políticas de afirmação para os gays, colocado questões importantes para o debate das mulheres como o aborto de lado ou pouco feito para os movimentos sociais, veja o caso de sua omissão criminosa em Pinheirinho, deve entender que um país desenvolvido não é só eliminar a miséria econômica, mas principalmente a educacional e espitirual.
A presidente declarou que fará uma abertura melhor que a de Londres, então é bom ela correr, não só para as obras de infraestruturas e construções, isto é de menos. Os ingleses fizeram uma festa incrível e mostraram o que é civilização, humanismo e tolerância em sua abertura e isto não se paga com os PACs da vida ou com uma macumba para turistas com escola de samba e um punhado de mulatas.
É bom Dilma, que para uma abertura ser melhor que a de Londres, isto é, mais humana, é preciso que se faça um avanço real aos direitos das minorias e para uma verdadeira ideia de civilização afirmativa diversa que ainda estamos longe de sermos.
http://blogay.blogfolha.uol.com.br/2012/07/28/o-que-significou-o-beijo-lesbico-na-abertura-dos-jogos-olimpicos-de-londres/

Ameno-Era

domingo 29 2012

Roberto Feith lembra como era a cobertura jornalística sem a internet


Jornalista comenta as dificuldades da profissão há 33 anos atrás, quando fez a cobertura da invasão soviética ao Afeganistão.



Quando o assunto é ser corresponde internacional, a opinião é unânime: não é um trabalho nada fácil, que o diga o jornalista Roberto Feith.
Trinta e três anos depois, Feith relembra os desafios da época em que fez a cobertura da invasão soviética ao Afeganistão, onde passou por situações de risco, como por exemplo, ter sido alvo de tiros junto com sua equipe de reportagem.
“Nós encontramos um acampamento enorme de tropas soviéticas à beira da estrada. Paramos o carro e eu pedi ao Zé Urso, o nosso câmera, para discretamente filmar, mostrar, aquele acampamento. Mas eu acho que o pessoal percebeu o que estava acontecendo e quando menos esperávamos começamos a levar tiro”, contou o jornalista.
Roberto Feith ainda lembra que hoje, com o auxílio das novas tecnologias, e as inúmeras ferramentas digitais, o exercício da profissão ficou mais fácil, e o processo descomplicado, em comparação ao que ele e seus companheiros de equipe passaram em 1979, na fronteira do Afeganistão com o Paquistão.
“Essas matérias ainda eram feitas na época do filme. Nós íamos para o aeroporto de Cabulpedíamos a uma alma caridosa, alguém que fosse com a nossa cara de alguma maneira, para levar a lata com o filme, onde estava a matéria, para entregar a uma pessoa em Nova Déli que estivesse segurando um cartaz com o nome de uma agência de notícias, que prestasse serviço para TV Globo. Essa pessoa mandava de avião para Londres, onde ele era revelado e editado”, narrou Feith.
Com a chegada da internet, há 20 anos, a maneira de se noticiar os fatos foi sendo modificada. Em média a notícia demorava de 24 a 36 horas para ser veiculada, depois da cobertura. De acordo com Rocco Cotroneo, correspondente no Brasil do jornal italiano Corriera della Serra, atualmente essa realidade é bem diferente.
“Trinta e seis horas é uma eternidade. Então, se não tem um (material) depois da notícia, os bastidores, uma novidade, a notícia acaba”, disse.

Roberto Feith: "O jogo da pirataria"






O seguinte -- excelente -- artigo de Roberto Feith foi publicado ontem na seção "Opinião" de O Globo:


O Globo, 27 de fevereiro de 2012

O jogo da pirataria

ROBERTO FEITH Desinformação pode ser imoral, mas funciona. Este fato ficou evidente na recente ofensiva de Google, Yahoo, You-Tube e outros gigantes agregadores de conteúdo contra projetos de lei que combatem a pirataria digital nos Estados Unidos, Espanha e outros países europeus.

A desinformação, neste caso, está em dizer que estes projetos de lei representam uma ameaça à liberdade de expressão. Isto equivale a um político corrupto no Brasil protestar que a lei da Ficha Limpa seria uma ameaça às liberdades civis.

Metáforas à parte, há três aspectos da campanha coordenada dos gigantes da internet contra as leis antipirataria que merecem uma reflexão:

A primeira é o estranho paradoxo de as mesmas empresas repetidamente flagradas secretamente violando a privacidade dos seus milhões de usuários assumirem o papel de paladinos da liberdade.

A segunda são as declarações indignadas destas corporações de que leis antipirataria equivalem à “censura”, expressão que evoca a atuação repressiva dos regimes ditatoriais do Irã e da China na internet. Mas desde quando é “censura” a ação de um juiz de direito numa sociedade democrática, tomada após ouvir os argumentos das partes e considerar as evidências do caso?

E a terceira, e mais instigante, é o fato singelo de que, na campanha dos gigantes da internet contra as leis antipirataria, nunca é mencionado que algumas destas mesmas empresas indiretamente faturam centenas de milhões de dólares com a pirataria.

É isto mesmo. Google, Yahoo e outros agregadores se apropriam indiretamente do trabalho de atores, diretores, jornalistas, compositores, cantores, produtores, escritores e editores para faturar com publicidade.

Esta afirmativa pode parecer extrema. Afinal, será que Sergey Brin e Larry Page, os jovens bilionários que criaram o Google com o genial slogan “do no evil”, seriam capazes de tamanha desfaçatez?

Esta é a deixa para a entrada em cena de um personagem que surgiu do anonimato nas últimas semanas: Kim Dotcom, criador do site de armazenamento e distribuição de conteúdo, especialmente conteúdo pirata, Megaupload.

Dotcom foi preso em janeiro na sua mansão na Nova Zelândia. Com seus helicópteros, coleção de carros de luxo e dezenas de milhões de dólares, ele representa o lado escondido da distribuição gratuita do trabalho de terceiros pela internet.

Ao contrário do estereótipo difundido por alguns, a distribuição ilegal via internet não é obra de jovens libertários compartilhando arquivos com amigos — isto é tão somente um proverbial boi de piranha. A pirataria na realidade é fruto do trabalho de Kim Dotcom e outros como ele, que vendem espaço publicitário aproveitando o tráfego de internautas gerado pelas descargas ilegais; assim, protegidos por uma suposta defesa da liberdade de expressão, ficam milionários explorando o trabalho de uns e a ingenuidade de outros.

E onde figuram Sergey Brin e Larry Page neste cenário? Google não oferece diretamente filmes e livros piratas. Mas o Megaupload não tem funcionários vendendo publicidade mundo afora. A publicidade veiculada no Megaupload e outros sites de descarga ilegal é distribuída pelas plataformas de mídia oferecidas pelos grandes agregadores da internet, tais como a Google Adwords. Para cada milhão de dólares dos anunciantes faturado pelo Megaupload, outros tantos são depositados nas contas dos agregadores. Para escritores, compositores, atores, diretores, músicos — zero.

O Megaupload não é o único site que fatura com o tráfego ilegal. Existem dezenas de outros. Mais de 90% das descargas piratas de livros brasileiros se originam no site americano 4shared, que, em parceria com os agregadores, fatura alto se apropriando do trabalho de escritores brasileiros.

O uso demagógico da defesa da liberdade de expressão atrasou a aprovação das leis antipirataria nos parlamentos dos Estados Unidos e da Europa. Mas, inevitavelmente, estas leis serão aprovadas porque são fundamentais para a continuidade da produção intelectual, cultural, científica e jornalística. E, sim, para preservar a genuína diversidade e liberdade de expressão.

A sociedade e o legislativo brasileiro não podem ignorar esta questão. Se cederem à pressão da desinformação em prol da impunidade dos piratas, a produção cultural e científica nacional vai definhar e crescerá o consumo no Brasil da produção cultural, jornalística e científica estrangeira, devidamente protegida pela lei nos seus países de origem.

Se este triste destino ocorrer, periga o Kim Dotcom se mudar para cá se conseguir se
livrar das acusações a que responde na Justiça da Nova Zelândia.

ROBERTO FEITH é jornalista e editor de livros.

Pecuária ocupa maior parte de áreas desmatadas na Amazônia Legal



Percentual de ocupação chega a 62%, segundo Governo Federal.
Em Mato Grosso, percentual chega a 68%, enquanto agricultura 16%.

Leandro J. NascimentoDo G1 MT

O principal uso das áreas desmatadas na Amazônia Legal em Mato Grosso até o ano de 2008 foi para pastagem. Na unidade federada, 68% do perímetro desflorestado dentro deste bioma foram ocupados pela pecuária. A conclusão é do TerraClass, sistema baseado em estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os números apresentados nesta terça-feira (13) em Cuiabá, têm como base de dados o mapeamento do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (PRODES).
Até 2008, o sistema identificou nesta unidade uma área de 903.3 mil quilômetros quadrados distribuída em diferentes biomas. Só na região da Amazônia Legal o estado possui mais de 500 mil quilômetros quadrados.  O TerraClass mostrou a dinâmica de ocupação do bioma amazônico em todos os nove estados da Amazônia Legal e conclui que em âmbito nacional, 62% das terras desmatadas na floresta destinaram-se aos pastos entre os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. As áreas correspondem a pastos limpos, pastos sujos e pastagens abandonadas.
Cláudio Almeida, chefe do Inpe Amazônia e um dos coordenadores do TerraClass, explica que o sistema utiliza como base de dados números referentes a 2008 e não é possível mensurar como ficou ordenada a distribuição das atividades em áreas desflorestadas deste ano em diante.
"As realidades dentro da Amazônia Legal são distintas e era preciso entender como ocorria a ocupação. Com isso, vamos identificar a dinâmica de uso das áreas na Amazônia. Analisando essa série, saberemos como ela está", disse Almeida, ao G1.
Outros 9% (17.9 mil km²) das áreas do bioma ocuparam-se com pasto sujo, onde também existe o processo produtivo, predomínio de vegetação gramínea associado à presença de vegetação arbustiva. Em outros 6% (11.2 mil km²) foram identificadas a regeneração com pasto. Nela, após o corte raso da vegetação natural e o desenvolvimento de alguma atividade agropastoril encontram-se em processo de regeneração da vegetação nativa.O TerraClass separou em 11 as chamadas 'classes temáticas', onde estão as atividades que foram identificadas nas áreas desflorestadas. Em Mato Grosso, dos 68% ocupados por pastagens, em 53% foram por pastos limpos (107.4 mil km²). Ou seja, onde estão os territórios de pastagem em processo produtivo com predomínio de vegetação e cobertura de espécies gramíneas entre 90% e 100%.
Já a agricultura anual ocupou 16% (30.9 mil km²) da área que foi desflorestada até 2008 em Mato Grosso. Mas conforme o coordenador, não é possível afirmar se o setor que ocupa a área desmatada foi o real responsável pelo desmatamento na localidade. Conforme Almeida, somente um estudo mais detalhado pode dar condições ao Governo Federal para entender a dinâmica.

Para o setor produtivo de Mato Grosso, não se pode associar o desmatamento das áreas pelo segmento. Superintendente da Associação dos Criadores Estado (Acrimat), Luciano Vacari é enfático ao afirmar ser necessário entender de que maneira ocorreu o desflorestamento nas áreas e quais foram seus responsáveis.
Ele considera o avanço da pecuária dentro do bioma amazônico como natural, mas quando ocorre maneira 'legal', amparado pela legislação. "Temos que separar o grileiro de terra e o assentado do pecuarista. Este abre a área e a desenvolve. O grileiro não tem compromisso. Se haver o desmate legal, dentro da lei, qual o problema?", indagou Vacari.
Distribuição Brasil
Em âmbito nacional, 34.927,24 km² foram ocupados pela agricultura anual nas áreas desflorestadas até 2008 na Amazônia Legal. A maior utilização foi identificada em Mato Grosso, com seus 30.952 km².
Observando somente a presença de pasto limpo neste bioma no país, 335.714,94 km² foram mapeados. Aos números que segundo o governo indicam a presença da pecuária nas terras desflorestadas estão também os 62.823,75 km² de pasto sujo; 48.027,37 km² com regeneração de pasto e 594,19 km² com pasto em solo exposto.
Alexandre Camargo Coutinho, pesquisador da Embrapa, defende que os números aos quais o sistema chegou vão balizar o Governo Federal na definição de estratégias para investimentos em ações de preservação da floresta bem como na utilização das áreas com potencial de exploração.
Regeneração
No Brasil, o TerraClass constatou ainda 150.815 km² de matas secundárias ou que ainda permanecem intactas. De acordo com o governo, o tamanho representa sete vezes a área do estado do Sergipe.
O Pará possui a maior vegetação secundária. São 57.624,78 km², seguido por Mato Grosso, onde até 2008 o sistema apontou 27.987,69 km².

sábado 28 2012

Roberto Feith, que além de comandar a Objetiva, é o presidente do conselho da DLD |


Por Maria Fernandes Rodrigues & André de Lima | Publicado originalmente emPublishNews | 22/03/2011
Roberto Feith, que além de comandar a Objetiva, é o presidente do conselho da DLD | Fotógrafo: Divulgação/Bruno Veiga
Anunciada em março e criada em agosto de 2010, a Distribuidora de Livros Digitais [DLD] está prestes a iniciar sua operação de distribuição de e-books. Os seis sócios são os mesmos desde sua criação – Objetiva, Record, Sextante, Rocco, Planeta e L&PM – e o início das operações se dará inicialmente com as lojas de e-books da Saraiva e Cultura. A empresa, dirigida por Roberto Vaz Moreira, vinha trabalhando discretamente e em silêncio, sendo comum ouvir no mercado comentários que duvidavam do desenvolvimento e mesmo do início das operações da DLD. Nesta entrevista exclusiva, Roberto Feith, que além de comandar a Objetiva é presidente do conselho da DLD, desmistifica esta visão e mostra que a DLD está a todo vapor ao falar abertamente dos planos, expectativas e cronograma de lançamento da distribuidora digital.
PublishNews: Quando a DLD começa a operar?
Roberto Feith: A DLD concluiu a customização do seu software e está na fase final dos testes operacionais com Saraiva e Cultura. Ela começa a operar com estes dois parceiros até o dia 4 de abril. Além disto, concluiu acordos com mais duas empresas de comércio virtual. Estes dois projetos, desenvolvidos por grupos empresariais nacionais, vão estrear até o final do primeiro semestre. Além disto, a distribuidora está em conversações com outros potenciais parceiros, brasileiros e internacionais.
PN: Quantos e-books ela vai oferecer quando começar sua operação?
RF: Estreamos com 350 títulos, sendo que a maioria deles, livros de grande giro. As editoras participantes da DLD estão comprometidas com o aumento contínuo deste acervo. Ele vai crescer semana a semana. A meta é chegar ao final de 2011 com 1500 títulos.
PN: Os livros distribuídos pela DLD terão DRM [Digital Rights Management]?
RF: Com DRM, para proteção dos autores, leitores e editores.
PN: Como a DLD hoje está estruturada? Qual o tamanho da equipe
RF:A DLD foi criada em agosto de 2010 e estruturada para utilizar de forma integrada a tecnologia mais avançada possível. As próprias editoras clientes realizam o upload dos livros digitas e dos respectivos metadados. Elas também podem acessar em tempo real, e com diversos recortes, as informações relativas às vendas. As livrarias podem fazer o mesmo. Deste modo, parte da operação fica a cargo dos próprios clientes, editoras e livrarias. O software da plataforma está integrado ao sistema de gestão, de modo que funções como o faturamento e prestações de conta também são automatizadas.
Para tocar esta estrutura, temos uma equipe enxuta, de quatro pessoas. Serviços como contabilidade e apoio jurídico são terceirizados. Outras pessoas trabalharam no projeto, prestando consultoria em diferentes etapas, como, por exemplo, na elaboração do Plano de Negócios, e este tipo de consultoria continuará a ser utilizada sempre que oportuno.
Foram também realizadas algumas sessões de treinamento para as equipes técnicas das editoras clientes, especialmente no que concerne a conversão de arquivos para o formato EPub, utilizado pela plataforma.
PN: Quais são as habilidades necessárias para se trabalhar com o livro digital?
RF: As habilidades necessárias para trabalhar com o livro digital são as mesmas do que nos outros formatos; conhecimento, visão e criatividade, tal como no livro impresso, falado, gravado, micro filmado ou em qualquer outro suporte.
PN: Como a DLD imagina o mercado dos livros digitais em 5 anos?
RF: Difícil prever com exatidão. Existem muitas variáveis e algumas delas provavelmente ainda não deram o ar da graça. Ainda assim, elaboramosum Plano de Negócios para a DLD com as informações disponíveis. Este plano prevê que até 2015 a venda de dispositivos de leitura no Brasil vai ultrapassar um milhão de aparelhos por ano; a venda de livros digitais vai superar oito milhões de exemplares por ano e isto vai representar cerca de 7% do mercado. Se estas previsões estiverem erradas, será porque foram conservadoras.
PN: Quais são os desafios?
RF: O maior desafio tem sido compreender todas as transformações em curso – em termos tecnológicos, nos hábitos do consumidor e na cadeia de valor do livro – e as suas respectivas implicações e, desta reflexão, elaborar uma estratégia eficaz de atuação. A DLD é um dos resultados desta reflexão.
Por Maria Fernandes Rodrigues & André de Lima | Publicado originalmente em PublishNews 

Roberto feith



Foto de: Marco Rodrigues

Não é qualquer motivo que tira Roberto Irineu de casa, de jeito nenhum! Muito bem instalado na Gávea, Zona Sul do Rio, o presidente das Organizações Globo (e sua mulher, Karen), raramente é visto em eventos sociais, seja do tipo que for. Tem que haver uma razão muito forte para fazê-lo dar as caras em algum lugar. Foi o que aconteceu nessa quinta-feira (25/08), quando Irineu compareceu ao lançamento de “Meu capítulo na TV Globo” (editora Topbooks), de Joe Wallach. No caso, o que levou o empresário àquela fila na Livraria da Travessa, em Ipanema, foram laços muito fortes – de amizade e, de certa forma, até de gratidão. Ele sabe que era o que faria seu pai, o jornalista Roberto Marinho. O autor, de 86 anos, é personagem importantíssimo na história das suas empresas, tanto quanto na vida do Dr. Roberto.
No livro, Wallach conta bastidores da Rede Globo, sua trajetória cheia de afetos (qualquer um percebe nas entrelinhas) na emissora que ajudou a fazer virar a grande potência que é hoje, junto aoBoni de Oliveira e ao Walter Clark. Ali, viam-se grandes amigos de Joe, além do Boni, comoLucinha e João AraújoJorge AdibAlice MariaMário Lúcio VazWalter SampaioOctávio Florisbal, para falar apenas da turma da emissora. Em se tratando de Rio de Janeiro, Wallach é queridíssimo entre seus contemporâneos. Muitos não o viam há anos. Foi clima de saudade – encontros emocionados.

ROBERTO FEITH, por Luiz Schwarcz


Marcelo Nogare

Roberto Feith
Desde que Roberto Feith, há 20 anos, deixou de aparecer na tela da TV – em que desempenhava com brilho o papel de jornalista e correspondente no exterior –, curiosamente seu trabalho de editor, nos bastidores, lhe conferiu, com justiça, mais destaque e colocou sua editora Objetiva no topo do cenário editorial brasileiro e internacional. Neste ano, ao consolidar sua associação com o forte grupo espanhol Santillana, acrescentou selos importantes para sua editora, entre eles o Alfaguara, no qual edita livros de alta qualidade literária. O mais importante é que fez isso tornando a Alfaguara brasileira, e não o contrário. Contratou João Ubaldo Ribeiro e João Cabral de Melo Neto e se prepara para lançar jovens escritores, que se unirão honrosamente aos clássicos. Com dinamismo em várias áreas editoriais, inúmeras incursões na lista de mais vendidos, a Objetiva de Roberto Feith dá trabalho a seus concorrentes e proporciona cada vez mais alternativas de prazer ao leitor brasileiro.
Luiz Schwarczpresidente da editora Companhia das Letras
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI18817-15273,00.html

Ray Lema- Programa African Pop- creditos da equipe 1989

FANTÁSTICO (1979) - explode a Revolução Islâmica no Irã

Sarah Menezes fatura ouro inédito para o Brasil no judô feminino, categoria 48kg


JUDÔ


Judô passa a ser o esporte brasileiro com mais medalhas na história olímpica brasileira

AFP PHOTO / ADRIAN DENNIS
Sarah coloca o seu nome na história do judô e do esporte brasileiro em Jogos Olímpicos


GUSTAVO MARCONDES
ENVIADO ESPECIAL

Londres – O judô brasileiro começou a participação nestes Jogos Olímpicos de forma espetacular. Após Felipe Kitadai ter conquistado o bronze na categoria ligeiro (até 60kg) no masculino, Sarah Menezes assegurou a primeira medalha de ouro para o país em Londres. Na final da categoria até 48 kg, contra a romena Alina Dumitru, que havia eliminado na semifinal a favorita japonesa Tomoko Fokumi, a piauiense de 22 anos aplicou um wasari e um yuko, fechando uma participação espetacular nos tatames do Excel Center.


Com o resultado de Sarah Menezes e Felipe Katadai, o judô passa a ser o esporte brasileiro com mais medalhas na história olímpica brasileira, passando à frente da vela e do vôlei (quadra e praia juntos), que somam 16, agora com 17. É a única modalidade que traz conquistas há oito Jogos seguidos: Los Angeles-1984, Seul-1988, Barcelona-1992, Atlanta-1996, Sydney-2000, Atenas-2004, Pequim-2008 e, agora, Londres-2012.

Esse foi a primeira medalha de ouro de uma mulher no judô olímpico do país. Em Pequim, há quatro anos, a brasiliense Ketleyn Quadros havia sido a primeira a conquistar uma medalha no esporte – o bronze na categoria até 57kg.
AFP PHOTO / FRANCK FIFE
Sarah flutuante com ouro inédito


A medalha em Londres confirma a trajetória de sucesso da piauiense, que é a terceira no ranking mundial da categoria. Ela é a única brasileira a ter se tornado bicampeã mundial sub-20, além de ter conseguido também dois bronzes em mundiais (2010 e 2011). Nos Jogos de Pequim, há quatro anos, quando competiu com apenas 18 anos, Sarah tinha sido eliminada na primeira luta.

Na primeira luta do dia, Sarah venceu a vietnamita Ngoc Tu Van por dois yukos. Apesar de o placar não ter sido com a folga esperada, a brasileira dominou o combate e passou poucos perigos. A primeira pontuação veio logo no começo da luta, enquanto uma punição após duas advertências (shido) à rival rendeu a vantagem final. Contra a francesa Letícia Payet, a luta foi mais apertada. Apesar de agressiva, a brasileira só conseguiu um yuko a 20 segundos do fim para assegurar a classificação.

Susto

Nas quartas de final, o cenário foi parecido, mas muito mais dramático. Sarah começou atacando a chinesa e conseguiu provocar duas punições à rival por falta de combatividade, o que lhe deu a vantagem de um yuko. A brasileira se defendia bem dos ataques, mas nos últimos segundo, Wu quase encaixou um golpe que viraria luta – seria um wazari.

A técnica brasileira Rosicleia Campos chegou a levar as mãos à cabeça, enquanto os juízes faziam uma conferência para tomar a decisão sobre a validade do golpe. Os segundos de tensão, porém, se transformaram em alívio quando a brasileira foi declarada a vencedora.

A primeira medalha brasileira em Londres foi garantida em mais uma luta tensa, na semifinal foi contra a belga Charline Van Snick. E a história se repetiu. Mesmo com mais iniciativa em todo o combate, Sarah só venceu graças a um yuko, aplicado quando faltavam dois minutos e quarenta segundos. No minuto final, a belga, que terminou com o bronze, chegou a tentar um golpe de todas as formas, mas Sarah segurou a passagem inédita à final.

PERFIL

Sarah Gabrielle Cabral de Menezes

Nascimento: 26/3/90, Teresina, PI

Altura: 1,54m

Peso: 48kg

Principais títulos: 3ª colocada no Mundial Sênior de Paris (2011); 3ª colocada no Mundial Sênior de Tóquio (2010); Bicampeã Mundial Sub 20 (2008/2009); Vice-campeã do Grand Slam do Rio de Janeiro (2011); 3ª colocada World Masters (2011/2012); 3ª colocada nos Jogos Pan-Americano de Guadalajara (2011)

Categoria: Ligeiro (48kg)

Clube: Academia de Judô Expedito Falcão/PI

Kumikata: Destra

Principal Golpe: Ippon-seoi-nage e Kouchigari

Ranking Mundial: 3o (2o com descartes)

Participação Olímpica anterior: 2008 (48kg, sem colocação)

Pontuações do Judô

Shido: Advertência que não gera pontos ao adversário, mas que, se repetido, equivale a um yuko.

Yuko: Golpe mais simples do judô, que garante a pontuação mínima. É anotado quando oponente cai de lado.

Wazari: Segunda pontuação do judô, caracteriza-se quando o rival é derrubado parcialmente de costas ou imobilizado entre 20 e 24 segundos. Dois wazaris significam o fim do combate.

Ippon: Golpe perfeito, o ippon é conferido quando um judoca derruba o adversário de costas no chão por completo ou o imobiliza por 25 segundos, finalizando a luta.

Roberto Feith ''Nada substitui o poder dos livros''


Sonia Racy - O Estado de S.Paulo
Encontros com o Estadão
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Ele sempre quis escrever. Entretanto, os caminhos da vida levaram esse carioca a estudar em Nova York e a fazer carreira na TV Globo como correspondente internacional até chegar à direção da televisão na Europa. De volta ao Rio, Roberto Feith cometeu a "loucura" de comprar o controle de uma pequena editora, a Objetiva. Para desespero da concorrência, deu certo. E seis anos atrás, o Grupo Prisa-Santillana comprou o controle acionário da empresa mantendo o ex-jornalista a frente do negócio no Brasil.
Semana passada, em conversa por telefone, de seu escritório no machadiano bairro do Cosme Velho, no Rio, Feith comemorou mais um feito. A Objetiva assinou contrato para editar, a partir do ano que vem, nada menos que 27 títulos do poeta e escritor Mário Quintana.
Aqui vão trechos da entrevista:
Editar livros é bom negócio?
Pode ser um bom negócio, mas o mar está turbulento. Tem de ficar atento porque qualquer equívoco custa caro. Uma metáfora que me ocorre é a da dança das cadeiras. A quantidade de editoras é crescente, mas, quando a música parar, as empresas que não estiverem estruturadas vão sobrar.
Por que os livros são tão caros no Brasil?
Olha, recebemos um agente internacional recentemente e ele ficou revoltado com a tarifa do taxi, com os preços dos hotéis e dos restaurantes. Maiores do que em qualquer cidade americana. E o livro não é diferente de outros produtos. Por outro lado, quero deixar claro: levantamentos da Fipe mostram que os preços médios dos livros no Brasil estão caindo. Principalmente por causa da publicação de edições de bolso e da entrada de novas editoras no mercado, que aumentou a concorrência
O mercado editorial brasileiro tem aumentado proporcionalmente à população?
Não, não segue o mesmo ritmo. A curva de evolução do mercado editorial se mantém colada à curva do poder aquisitivo das classes médias e baixas. É o que mostram pesquisas tanto do Sindicato dos Editores quanto da Câmara Brasileira do Livro. O ritmo de subida ou descida é praticamente o mesmo.
Se tivesse condição financeira, o brasileiro leria mais?
A gente fala muito da necessidade de alfabetizar, do contingente de pessoas recém-alfabetizadas como perspectiva de crescimento do mercado. Só que, antes de atingir esse segmento, existe o nicho dos alfabetizados que têm o hábito da leitura, mas que não consomem tantos livros porque os salários não permitem. É um contingente significativo, que tem influenciado o crescimento do mercado nos últimos anos.
As novas tecnologias têm influenciado no hábito da leitura?
Elas são uma maravilha. Eu tenho usado bastante, porque viajo constantemente e preciso ler muitos originais. O Brasil ainda não sentiu o impacto da chegada do livro digital, porque ainda não tivemos a disseminação dos dispositivos digitais. Há muitos iPads, mas eles têm um monte de funções, e a leitura é apenas uma delas. Já os aparelhos que foram desenvolvidos só para leitura, como o Kindle, não estão presentes no País de forma significativa. Quando isso acontecer, o livro digital decolará.
Quanto custa para o consumidor baixar um livro no Kindle? E quanto fica com o editor?
De modo geral, as editoras vão cobrar pela versão digital de 30% a 40% menos do que pela versão em papel. A evolução do mercado digital no Brasil ainda é muito limitada. A editora que lança um título em formato digital tem de investir também em uma versão impressa. Nos EUA, o mercado digital está ameaçando a sobrevivência das livrarias. Aqui, o impacto será mais muito lento.
O livro de papel vai acabar?
Por enquanto não. Temos um universo muito grande de pessoas que só agora está entrando no mercado da cultura. Isso deve garantir mais um período de crescimento das livrarias nacionais.
Como as editoras buscam novos talentos?
Temos "batedores" em Londres, nos EUA e em Paris. Eles buscam títulos que possam atrair leitores, identificam novos autores. No Brasil, o contato com as agências literárias continua sendo importante. Isso faz parte da rotina, mas não é suficiente. A intuição não pode ser desprezada. O faro e a subjetividade podem definir o sucesso ou o fracasso de uma editora.
Você teve uma carreira como jornalista. O que fez com que se voltasse para os livros?
Depois que me formei em História e Economia, queria ser jornalista, pensava em escrever. Aí surgiu um emprego na TV Globo, em Nova York. Viajei o mundo inteiro, conheci a sociedade de diversos cantos do planeta. Nesse tempo todo, o apelo pela palavra escrita permaneceu. Quando surgiu a oportunidade de comprar uma pequena editora, chamada Objetiva, o impulso falou mais alto. Todo mundo dizia, na época, que eu era maluco por trocar a TV por uma mídia ligada ao passado. Mas liberdade é poder fazer o que a gente gosta. Acho que fiz muito bem.
Como você compara o conteúdo dos livros com o conhecimento gerado pela televisão?
No caso da ficção, o livro te permite uma viagem mais profunda e mais completa. Dificilmente o audiovisual ou a internet poderá oferecer o mesmo. Mergulhar plenamente no livro agrega conhecimento. É uma experiência sedutora, insubstituível.
Como você vê a produção intelectual brasileira?
Enquanto no resto do mundo a sociedade se move para proteger e estimular a criação intelectual, aqui tem gente querendo fazer o movimento contrário. As pessoas não trabalham de graça. Ninguém passa anos escrevendo um livro sem remuneração. Se autores brasileiros não forem estimulados, nossos alunos terão de usar cada vez mais publicações criadas no exterior, onde a produção intelectual é resguardada.
Por que iniciativas como a Flip são importante para o País?
A Flip e as Bienais do Livro têm um efeito multiplicador enorme. A valorização dos autores e de seus trabalhos é indiscutível. No caso da Flip, em que se procura trazer para o Brasil autores estrangeiros de qualidade, isso se torna uma forma importante de disseminação da cultura, do talento, do conhecimento.
Como a literatura brasileira é vista lá fora?
Está muito aquém da visibilidade do País como um todo. Eu vivi fora do Brasil nas décadas de 70, 80 e 90. Desde então, venho viajando a trabalho e acho que é indiscutível o crescimento do interesse global pelo Brasil. Mas isso não tem eco na literatura.
O que o Brasil tem de fazer para aproveitar essa oportunidade?
Os editores têm de apresentar as obras de autores brasileiros para seus parceiros internacionais. O governo triplicou a verba para a tradução. Acho muito bom. É uma possibilidade real que se tem para acelerar o processo. Nossa editora produz uma revista literária, a Granta, que nasceu na Inglaterra e agora está fazendo uma versão brasileira. Na edição nacional, que será apresentada no ano que vem, vamos abrir espaço para os jovens talentos brasileiros.

Colaboração
Débora Bergamasco debora.bergamasco@grupoestado.com.br
Marilia Neustein marilia.neustein@grupoestado.com.br
Paula Bonelli paula.bonelli@grupoestado.com.br 

sexta-feira 27 2012

AGU entra na Justiça contra 210 candidatos


Política

Estão na mira "Jô Soares do INSS", "Marcos Valério da UnB", "Ivete da Funasa" e muitos outros identificados depois de um pente-fino em dados do TSE

Urna eletrônica
Urna eletrônica (Nelson Junior)
A Advocacia Geral da União vai entrar na Justiça contra 210 candidatos nas eleições deste ano que recorrem a uma antiga e marota estratégia para fisgar o eleitor: associar seus nomes aos de autarquias e fundações federais, em geral provedoras de benefícios ao cidadão comum. Estão na mira "Jô Soares do INSS", "Marcos Valério da UnB", "Ivete da Funasa", "Garrincha do Dnit", "Tequinha do Incra" e muitos outros identificados depois de um pente-fino em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nas ações, que começam a ser ajuizadas nesta segunda-feira, a AGU pede que os registros sejam alterados e os casos comunicados ao Ministério Público para que avalie a possibilidade de haver crime eleitoral. A justificativa é que artigos da Constituição, do Código Civil e da Lei de Propriedade Industrial protegem nomes, siglas e marcas das pessoas jurídicas, inclusive órgãos do governo. Sendo assim, não podem ser apropriados para servir a interesses particulares.
Para a AGU, a situação cria distorções no processo eleitoral. É que, ao se vincular aos órgãos federais, o candidato venderia a falsa expectativa de que, eleito, poderá ajudar o cidadão na administração pública. Além disso, criaria desigualdade em relação aos concorrentes, ao sugerir, pelo nome, ter acesso mais fácil à estrutura do governo.
"É uma apropriação da força e do poder das marcas do estado. Gera a impressão de que o candidato pertence à máquina oficial. Parcela do eleitorado pode entender que, futuramente, ele poderá lhe trazer alguma vantagem", diz o procurador geral federal da AGU, Marcelo de Siqueira Freitas, dizendo que a situação é um resquício do clientelismo na política brasileira. 
(Com Agência Estado)

Supremo libera divulgação dos salários de servidores


Justiça

Decisão do ministro Carlos Ayres Britto atende pedido da AGU para suspender liminar que proibia publicação dos rendimentos antes do fim do processo

Escultura A Justiça, de Alfredo Ceschiatti, no STF
Escultura A Justiça, de Alfredo Ceschiatti, no STF (Orlando Brito)
O Supremo Tribunal Federal (STF) liberou na noite desta terça-feira a divulgação do salário dos servidores públicos federais na internet. A decisão, assinada pelo presidente do STF, Carlos Ayres Britto, atende pedido da Advocacia Geral da União (AGU), que solicitava a suspensão de uma liminar que proibia a divulgação dos rendimentos dos funcionários da União até que a Justiça julgasse o assunto. 
Com a decisão do STF, publicada no site do tribunal no final da noite desta terça, os vencimentos poderão ser divulgados até o julgamento definitivo do processo. O governo federal conseguiu liberar o acesso às informações salariais dos servidores após o juiz federal Francisco Neves, da 22ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal, ter concedido na última quarta-feira uma liminar que proibia a divulgação dos rendimentos – a mesma decisão foi mantida pelo desembargador Mário César Ribeiro, presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, nesta segunda.
Em seu pedido, a  Advocacia Geral da União alegou que o próprio STF já havia considerado legítima a divulgação dos salários dos servidores municipais de São Paulo na internet. Segundo a AGU, o Portal da Transparência – usado pelo governo para divulgar as informações – tem por obejtivo "a socialização dos dados relativos aos gastos públicos, em salutar respeito ao estado de direito democrático".
Baseado na Lei de Acesso à Informação, o governo federal considera que a publicação dos salários não viola a intimidade dos servidores, pois os rendimentos são decorrentes da natureza pública do cargo e possibilitam a fiscalização das contas públicas. "Trata-se de prática que se repete em vários países, como Argentina, Canadá, Israel, Hungria, Peru, Chile e Estados Unidos", argumentou a AGU, que ainda alegou "grave lesão à ordem pública" caso a liminar fosse mantida.
(Com Agência Estado)

Em memorial, Dirceu culpa Delúbio e diz que mensalão era caixa dois


Mensalão

Apontado como chefe da quadrilha do mensalão, ex-ministro diz que esquema para pagar dívidas de campanha foi armado pelo ex-tesoureiro do PT

Laryssa Borges
O ex-ministro e deputado cassado José Dirceu (PT-SP) participa de evento comemorativo dos 30 anos do PT, na Assembleia Legislativa de São Paulo, em 2010
O ex-ministro e deputado cassado José Dirceu (J.F. Diório/Agência Estado)
Na reta final para o julgamento do mais grave escândalo político do governo Lula, o ex-ministro José Dirceu apresentou um memorial para tentar convencer os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que o mensalão não passou de um esquema de caixa dois de campanha. Em pouco mais de dez páginas, o ex-chefe da Casa Civil culpa o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, por arrecadar recursos não contabilizados.

“Nunca houve o chamado mensalão. O que de fato existiu foi a prática de caixa dois para cumprimento de acordo eleitoral, conduta irregular prontamente assumida por Delúbio Soares e o PT sobre a relação com partidos aliados em 2004”, diz a defesa de Dirceu.

“Quem cuidou exclusivamente dos repasses para quitar as dívidas de campanhas foi a Secretaria de Finanças do PT, como confirmou o então secretário Delúbio Soares”, completa a defesa. “O governo nunca interveio e nem tinha conhecimento desse acordo financeiro-eleitoral”, resume.
No memorial, o principal réu do mensalão, apontado pela Procuradoria-Geral da República como o chefe da quadrilha, ataca o o deputado cassado Roberto Jefferson (PTB), delator do esquema, e atribui irregularidades a “desafetos” para evitar que fossem apuradas denúncias de corrupção nos Correios.
Em maio de 2005, VEJA revelou um vídeo em que o então diretor dos Correios, Maurício Marinho, aparece cobrando propina para direcionar o resultado de uma licitação da estatal. O funcionário dizia agir em nome de Roberto Jefferson.

“Acuado por denúncias que envolviam pessoas de sua confiança nos Correios, o então deputado federal Roberto Jefferson tentou desviar o foco das investigações atacando desafetos”, afirma o documento de defesa do ex-ministro da Casa Civil.

“Roberto Jefferson criou a fantasia do chamado mensalão, uma criação de alguém que se afundava e tentou se agarrar em algum argumento para se defender”, diz.

Dirceu já havia utilizado suas alegações finais encaminhadas ao STF para afirmar ser uma espécie de "bode expiatório". Para ele, o Ministério Público Federal quer condená-lo pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha apenas para que ele sirva de “exemplo” à classe política. O julgamento do mensalão começará no dia 2 de agosto.

Marilyn Monroe gostava de meninos e meninas, diz biógrafo


Gente

No livro 'Marilyn: The Passion and the Paradox', Lois Banner revela que a musa do cinema americano teve casos amorosos com mulheres

Marilyn Monroe por Alfred Eisenstaedt
Marilyn Monroe por Alfred Eisenstaedt (Reprodução/detalhe de foto de Alfred Eisenstaedt)
Além de Marlon Brando, Frank Sinatra e os irmãos Kennedy, a vida amorosa de Marilyn Monroe também foi preenchida por paixões do sexo feminino. A atração da atriz por mulheres é contada na biografia Marilyn: The Passion and the Paradox (Marilyn: A Paixão e o Paradoxo, em tradução livre), de Lois Banner.

A publicação foi lançada recentemente para marcar os 50 anos da morte da musa do cinema americano, no próximo dia 5 de agosto. Em trecho da biografia publicado no jornal britânico The Guardian, o autor também revela algumas atitudes de Marilyn como uma espécie de proto feminista. 

quarta-feira 25 2012

Amy Winehouse - Back To Black (Ao Vivo)

Ação antioxidante da máscara de mamão rejuvenesce a pele


Rico em vitaminas A e C, mamão combate marcas do tempo e hidrata a pele Foto: Shutterstock
Rico em vitaminas A e C, mamão combate marcas do tempo e hidrata a pele

Máscara natural pode ser aplicada diariamente na pele, em substituição a creme com vitamina C Foto: Shutterstock
Máscara natural pode ser aplicada diariamente na pele, em substituição a creme com vitamina C

Vitamina C encontrada no mamão é usada como antioxidante em produtos de beleza com função anti-idade Foto: Shutterstock
Vitamina C encontrada no mamão é usada como antioxidante em produtos de beleza com função anti-idade
Máscara da fruta aumenta a resistência aos danos provocados pelo sol
Graças à sua ação adstringente, máscara de mamão diminui a acne


Células-tronco da maçã verde combatem o envelhecimento




Maçã verde suíça é a principal matéria-prima de cremes rejuvenescedores que acabam de chegar ao Brasil
Foto: Shutterstock / Terra
lMuito já se falou sobre os benefícios das frutas para a saúde e o bom funcionamento do organismo. No entanto, o que pouca gente sabe é que a maçã verde é uma ótima alternativa para deixar a pele mais bonita.

Com propriedades para lá de peculiares, a maçã da espécie Uttwiler Spätlaube, que é encontrada na região dos Alpes suíços, serviu de base para a extração de uma substância que tem alta capacidade de autorregeneração, resistência aos efeitos externos e longevidade.

Tanto é que, após desvendar os poderes da fruta, estudiosos extraíram as células-tronco da maçã e desenvolveram um ativo especial para o tratamento da pele. "As células-tronco da fruta incorporadas aos cosméticos podem estimular a formação de colágeno e oferecer também maior hidratação, vitalidade e brilho à pele", informa Adriano Almeida, dermatologista e diretor do Instituto de Dermatologia e Estética (IDE).

Cremes à base de maçã
A partir da descoberta dos cientistas, o princípio ativo da maçã verde suíça começou a ser comercializado no mundo todo. No Brasil, a novidade chegou recentemente e já pode ser encontrada em farmácias de manipulação e clínicas estéticas.

O creme, batizado com o nome de "PhytoCell Tec", é extraído das células-tronco da maçã suíça e possui antioxidantes naturais que ajudam na proteção da epiderme contra a ação de agentes externos, como a poluição, os radicais livres e o estresse, além de darem naturalmente mais firmeza e sustentação à pele do rosto.

"Ao aplicar o creme na pele, as células-tronco da maçã contidas no creme protegem as células-tronco da epiderme, tornando-as responsáveis por promover e manter o rejuvenescimento da pele, reduzindo e prevenindo a formação de rugas", explica Helena Damianovici, esteticista ortomolecular e cosmetóloga da Clínica Distrito da Beleza, de São Paulo, onde é possível encontrar o produto.

O creme é indicado também para clarear manchas da pele, causadas principalmente pelo cigarro. O produto pode ser encontrado em forma de pó, que é dez vezes mais concentrado do que a forma líquida. O preço médio do frasco com 60ml é de R$ 90 a R$ 120. Já na versão máscara, o valor do produto é de R$ 250.

Sem contraindicação 
Outra vantagem do produto é que o princípio ativo não apresenta riscos de alergias e reações adversas, como costuma acontecer com os cosméticos convencionais. "O creme é hipoalergênico e pode ser usado como hidratante, antes do filtro solar", conclui Helena.

Agência Hélice,
Especial para o Terra