Por ramalhino
Do Tribuna Hoje
Collor vai para o ataque 20 anos após o impeachment
O ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) partiu para o ataque nesta quarta-feira assim que assumiu como membro da CPI que vai investigar o elo do bicheiro Carlos Cachoeira com políticos.
Antes no banco dos réus, quando sofreu o processo de impeachment e renunciou à Presidência, agora Collor assume o papel de juiz e disse hoje que vai combater a “vileza política” e não vai deixar que a CPI seja “um campo fértil de desrespeito aos direitos constitucionais dos homens públicos e de qualquer cidadão brasileiro”.
Ex-presidente deixou cargo em 1992 após denúncias de corrupção em seu governo e Cássio Cunha Lima foi alvo da Lei da Ficha Limpa
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que também faz parte da comissão, teve em 2009 seu mandato de governador cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob a acusação de ter distribuído R$ 3,5 milhões em cheques de um programa social da Paraíba. Chegou a ser barrado no Senado depois de eleito em 2010, mas assumiu o cargo depois que o Supremo Tribunal Federal considerou que a Lei da Ficha Limpa não valeria para o último pleito.
Nesta sexta-feira, o senador Vital do Rêgo (PMDB) afirmou que foi indicado pelo seu partido para presidir a CPI que investigará as ligações entre o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com servidores públicos e privados. Ele aceitou o convite feito oficialmente na tarde de quinta pelo senador Renan Calheiros.
Com a maior bancada no Senado, cabia ao PMDB a prerrogativa de indicar o presidente da comissão, assim como cabe ao PT a escolha do nome para a relatoria, devido à maioria na Câmara dos Deputados.
As lideranças do Senado confirmam alguns de seus integrantes. Além de Cássio Cunha Lima, o bloco da minoria já apontou os nomes de Alvaro Dias (PSDB-PR), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), e Jayme Campos (DEM-MT). Vicentinho Alves (PR-TO) é o outro senador que junto a Collor representará o bloco União e Força.
Também foram indicados Ciro Nogueira (PP-PI), Pedro Taques (PDT-MT), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), sendo que esses três últimos devem entrar como suplentes em vagas cedidas pela minoria. A indefinição maior fica por conta do PT, já que o líder do partido, senador Walter Pinheiro (BA) ainda não apresentou os nomes.
Segundo a presidenta interina do Congresso Nacional, a deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), os líderes tem até às 19h30 de terça-feira para definir seus integrantes.
A CPMI do Cachoeira foi criada na manhã de quinta-feira em sessão conjunta do Congresso Nacional. Ela contará com 16 deputados e 16 senadores e será instalada na próxima semana, provavelmente na terça-feira. São 15 membros de partidos maiores e um de legenas menores de cada uma das casas que, pelo tamanho das bancadas, não teriam vaga na comissão.
O foco de investigação da CPI são as relações entre Cachoeira, políticos e empresários. O bicheiro é alvo da Operação Monte Carlo que investiga o jogo ilegal no País e está preso desde fevereiro. Esta semana, ele foi transferido do Presídio de Mossoró, no Rio Grande do Norte, para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
Com Agência Senado
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2012-04-20/cpi-do-cachoeira-tera-collor-e-fichasuja-entre-integrantes.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário