sexta-feira 27 2013

Decadence avec elegance: nova comédia de Woody Allen, 'Blue Jasmine' diverte com Cate Blanchett

  (Foto: Divulgação)

Tudo em Jasmine soa falso. Ela finge que não sabia das falcatruas do ex-marido milionário, não convence quando tenta ser legal com a irmã pobretona e inventa mentiras fabulosas para descolar um namorado rico. Só uma coisa segue verdadeira e original em sua vida: o guarda-roupa.

Dificilmente existiu e existirá mulher mais elegante entre os personagens inquietos de Woody Allen que a protagonista de Blue Jasmine, sua nova comédia dramática que estreia em novembro no Brasil. Cate Blanchett, num papel que pode lhe levar ao Oscar, vive a ex-socialite nova-iorquina à beira de um ataque de nervos que perde tudo após seu marido (Alec Baldwin) ser preso por crimes financeiros. Ela vai morar com a irmã (Sally Hawkins) num modesto apartamento em São Francisco e chega com um jogo completo de malas Louis Vuitton, que não pode revender porque trazem seu nome gravado. Dentro, uma coleção impecável que Blanchett irá desfilar pelos próximos cem minutos de filme. 

Estão lá vestidos Fendi, Carolina Herrera e Oscar de la Renta, bolsas Hermès, sapatos
Roger Vivier e joias com diamantes que valem mais que o orçamento inteiro do filme para o figurino. As peças aparecem nos flashbacks de sua vida de rica em Nova York e também nas cenas do presente, em São Francisco. Jasmine não desiste dos modelitos nem mesmo quando arranja um emprego de secretária num escritório de dentista.

O fato de a atriz de 44 anos ser queridinha de estilistas poderosos ajudou no trabalho da figurinista Suzy Benzinger, que viu as portas do mundo fashion se abrirem como mágica. Dois dias depois de ligar para Karl Lagerfeld, ele mandou duas jaquetas customizadas e um bilhete: “Para Cate, faço qualquer coisa”, contou Benzinger. Uma delas era uma Chanel clássica branca estilo bouclé, usada logo no início do filme, quando Jasmine fala (e bebe) sem parar com uma passageira no avião, em direção à sua nova vida de pobre em São Francisco. Pobretona, mas sem perder a elegância! (FERNANDA EZABELLA

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