sexta-feira 12 2015

Hamlet de Shakespeare e o mundo como palco - Leandro Karnal (íntegra) HD



Adoro este palestrante. Vou continuar admirando o homem que ele é. Mas não concordo quando ele diz que somos BIPOLARES por não querer ouvir mentiras, afirmações de que tudo está sob controle, que esta gravíssima crise que estamos passando, não é culpa da presidente e de seus aliados.... Realmente, pedir para escutar esta gente, é pedir demais!!!

MP pede condenação da cúpula da Mendes Junior


Procuradores pedem também o pagamento de 237,6 milhões de reais. Em uma ação paralela de improbidade administrativa, a Justiça já bloqueou outros 137,5 milhões de reais do grupo

Sérgio Cunha Mendes (ao centro) fica calado em audiência da CPI da Petrobras
Sérgio Cunha Mendes (ao centro) fica calado em audiência da CPI da Petrobras(Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados/VEJA)
Os procuradores que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato apresentaram ao juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, pedido de condenação dos principais executivos da construtora Mendes Junior por crimes como corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e uso de documento falso. A denúncia apresentada pelo Ministério Público descreve a atuação criminosa de dirigentes da empreiteira, uma das participantes do chamado Clube do Bilhão, na fraude de contratos e aditivos nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), das refinarias de Paulínia (Replan), Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária (PR), e Gabriel Passos (Regap), entre Betim e Ibirité (MG), e dos terminais aquaviários Barra do Riacho, de Ilha Comprida e Ilha Redonda.
Para o Ministério Público, os executivos da Mendes Junior, incluindo o vice-presidente Sergio Cunha Mendes, o diretor de Óleo e Gás Rogério Cunha de Oliveira e o ex-vice-presidente corporativo Ângelo Alves Mendes, devem ser condenados a penas não inferiores a 30 anos de prisão. E mais: o MP pede o pagamento de 237,64 milhões de reais, sendo 30,34 milhões de reais referentes ao valor projetado de propina pago pela construtora e 207,29 milhões de reais como compensação pelo dano imposto à Petrobras. A Justiça Federal do Paraná já havia determinado o bloqueio de 137,5 milhões de reais do Grupo Mendes Junior na tentativa de reaver, por meio de uma série de ações civis públicas de improbidade administrativa, os cerca de 6 bilhões de reais retirados dos cofres da estatal.
Além da alta cúpula da empreiteira, o MP pediu a condenação, entre outros, do doleiro Alberto Youssef, do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Enivaldo Quadrado, já condenado por lavagem de dinheiro no julgamento do mensalão. Como os dois primeiros fizeram um acordo de delação premiada, aceitando colaborar com as investigações da Justiça, o juiz Sergio Moro deve declará-los culpados, mas não deve aplicar a eles a pena de reclusão.
Nos autos da Operação Lava Jato, a Mendes Junior chegou a admitir que repassou, de 2011 a 2012, cerca de 8 milhões de reais para as contas das empresas de fachada GFD Investimentos e Empreiteira Rigidez, controladas pelo doleiro Alberto Youssef, embora tenha alegado que sofreu "extorsão" e foi "obrigada" a pagar a propina sob pena de ficar fora da disputa por contratos com a Petrobras. Em depoimento à polícia, o diretor de Óleo e Gás da Mendes Júnior, Rogério Oliveira, por sua vez, afirmou que Youssef exigiu um porcentual de 2,2% a 2,4% de propina por três aditivos feitos pela Petrobras em contrato com a Mendes Júnior sobre a obra do Terminal Aquaviário de Barra do Riacho e por um aditivo na Refinaria de Paulínia. A Mendes Júnior também fechou um contrato de 2,7 milhões de reais, pelo consórcio formado por Mendes Júnior, MPE e SOG, com uma empresa do doleiro, para disfarçar o pagamento de suborno, como revelou o site de VEJA.
"Sergio Mendes e Rogério Cunha, na condição de gestores da Mendes Junior, eram responsáveis pela tomada de decisões no seio da empresa, incluindo a promessa e oferta de vantagens indevidas, na qual atuavam diretamente, e a coordenação do branqueamento dos respectivos valores. Como Vice-Presidente Corporativo da Mendes Junior, Ângelo Mendes era responsável por representar a empresa em grande parte dos contratos por ela firmados, seja com a Petrobras, seja com as empresas controladas por Youssef, possibilitando, assim, o oferecimento e a promessa de vantagens indevidas aos funcionários do alto escalão da Petrobras, bem como o branqueamento desses valores", narra o MP ao pedir a condenação dos executivos.
Além de rejeitar a possibilidade de os executivos terem sido extorquidos, a acusação diz que havia uma deliberada intenção da cúpula da construtora de atuar no esquema do petrolão. "Os criminosos agiram com amplo espectro de livre-arbítrio. Não se trata de criminalidade de rua, influenciada pelo abuso de drogas ou pela falta de condições de emprego, ou famélica, decorrente da miséria econômica. São réus abastados que ultrapassaram linhas morais sem qualquer tipo de adulteração de estado psíquico ou pressão, de caráter corporal, social ou psicológica", diz o MP.

Apetite do Amor

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Eles se conheceram na minha frente. Foram apresentados num jantar na casa de amigos em comum. A conexão foi imediata. Não é exagero: olhei uma vez e estavam conversando. Quando olhei de novo, foi por conta do volume das gargalhadas. Se alguém tinha dúvida de que eles logo seriam um casal, quando sentamos para jantar, deixou te ter. Éramos dez pessoas. Oito numa conversa sobre economia e os dois de “tititi” como se estivessem sozinhos. Pareciam ser velhos e queridíssimos amigos. Havia intimidade, alegria, mas não jogo de sedução.
Malu é uma mulher coerente, sabe o valor que tem e não baixa a guarda para qualquer um. Somos amigas há anos e já acompanhei alguns romances dela, mas nunca vi tamanha cumplicidade. Eu estava ao mesmo tempo participando da conversa do grupo e saboreando a festa deles.
Na hora da sobremesa, já se comunicavam com o olhar. Quase caí pra trás quando ela dividiu o brigadeiro com o bonitão. Voluntariamente, partiu metade e colocou no prato do moço. Pode parecer banal, mas quem conhece Malu entende minha surpresa. Ela é uma formiga, chega a qualquer restaurante já pensando na sobremesa. É capaz de tirar os sapatos para dar a um estranho que precise, mas perde o bom humor se alguém se aproxima ao prato de doce dela.
No dia seguinte, marcamos de almoçar juntas. Eu estava pronta para seguir o script. Imaginei que ela fosse chegar dando pulinhos de alegria e batendo palmas de excitação. Imaginei que, em seguida, contaria os detalhes da conversa e a certeza de que nasceram um para o outro. Depois, me caberia cumprir o papel de proteger a amiga que amo.  Ensaiei mentalmente formas de dizer para Malu ir com calma sem parecer “a estraga prazer”. Quando ela chegou, o discurso estava no gatilho.
Mas Malu é surpreendente. Não seguiu o script. Mostrou que é sempre nova. Aprendeu a viver as experiências à medida que aparecem, sem seguir modelos, guiada pelo balanço entre alma e coração. Chegou sorridente, satisfeita e serena, não boba e embriagada de paixão como eu esperava. Fez o relato de um encontro que parece ser bem especial. Aí fui eu quem caiu no papel da adolescente boba. Perguntei quando vai vê-lo novamente, como vai conduzir a história e Malu, mais uma vez, deu um baile de coerência. Não vou nem explicar. Vou transcrever porque a colocação é irretocável.  Ela disse: “Vou com apetite suficiente para me fazer feliz. Não para me fazer enjoar. Vou com parcimônia e amor próprio”.
Acredito mesmo que isso pode virar amor. Pelo tempo que durar – dois meses, três anos, a vida toda - deve ser amor de verdade. Acredito que as relações entre pessoas que conhecem a si mesmas, e se amam antes de amar o outro, têm tudo para dar certo.

*Natália Leite é jornalista, mestre em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília, curiosa e otimista incurável. Escreve quinzenalmente sobre os erros, acertos e dúvidas que nos fazem mulheres.

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