sexta-feira 06 2013

Fotos raras dos Beatles são leiloadas por 93 mil reais

Música

As imagens foram feitas por um fotógrafo amador durante o histórico show da banda no Shea Stadium, em Nova York, em 1965

Os Beatles em Liverpool nos anos 1960
Os Beatles em Liverpool nos anos 1960 (Reprodução)
No ano em que se comemoram 50 anos de lançamento do disco Please Please Me, o primeiro dos Beatles, fotos tiradas em um dos maiores shows da banda foram leiloadas a 30.680 libras, ou aproximadamente 93.000 reais. As 61 imagens em preto e branco foram feitas pelo fotógrafo amador Marc Weinstein durante o show de 1965 no Shea Stadium, em Nova York. Era, até então, a maior apresentação de uma banda pop, com plateia de 55.000 pessoas.
Weinstein fingiu ter uma credencial de imprensa para ter acesso ao palco e foi o único que conseguiu fotos do show inteiro, já que o outro fotógrafo que estava no local ficou sem filme no meio da apresentação. “Eu me misturei às pessoas, fingi que pertencia àquele lugar”, disse o amador ao site da BBC. Na época, a banda de Liverpool estava no auge da Beatlemania, com concertos lotados de fãs histéricas. Elas gritavam tanto que mal era possível ouvir a música.
De acordo com a BBC, que entrou em contato com o leiloeiro Paul Fairweather, o comprador das imagens é um colecionador de objetos dos Beatles da América do Sul, mas que atualmente mora em Washington, nos Estados Unidos. O valor das fotos tinha sido previamente estimado entre 15.000 e 20.000 libras, ou entre 45.000 e 61.000 reais, aproximadamente.
Outra coleção de slides coloridos da banda também foi vendida por um preço alto: 27.140 libras (82.000 reais), com o valor estimado entre 10.000 e 15.000 libras (30.000 e 45.0000 reais).

The Beatles- Here Comes The Sun



A trajetória dos Beatles


Anos iniciais


No verão de 1956, John Lennon forma a banda The Quarrymen com colegas de escola. Em julho de 1957, ele conhece Paul McCartney durante um show e o convida para fazer parte do grupo. Em fevereiro de 1958, George Harrison assiste a um show da banda por convite de Paul, seu amigo de escola, e entra para o grupo um mês depois. Em agosto de 1960, eles passam a se chamar The Beatles (beetle = besouro) por sugestão de Stuart Sutcliffe, amigo de John e então baixista do grupo, em homenagem a Buddy Holly and the Crickets (grilos). Começam temporada de shows em Hamburgo e no Cavern Club, em Liverpool, que duraria dois anos e seria essencial para a banda ganhar experiência em cima do palco – e fãs. Em 1961, por sugestão da noiva de Sutcliffe, a alemã Astrid Kirchherr, cortam o cabelo “tigelinha”.
Durante um dos shows no Cavern, a banda conhece Brian Epstein, dono de uma loja local de discos e colunista musical, que insistiu durante meses para que a banda o contratasse como empresário, o que aconteceu em janeiro de 1962. Em maio daquele ano, após serem rejeitados pela gravadora Decca, que acreditava que “o rock já era”, assinam contrato com a Parlophone. O produtor da gravadora, George Martin, reclama do baterista do grupo, Pete Best, e os Beatles contratam Ringo Starr, que então tocava em uma banda chamada Rory Storm and the Hurricanes – apesar disso, o produtor prefere contratar um baterista experiente, Andy White, para a gravação de Love Me Do – o primeiro single da banda – deixando Starr apenas no tamborim, em 6 de junho de 1962. Lançada em outubro de 1962, a música não fez grande sucesso, mas sua sucessora, Please Please Me, entrou para o topo das listas de mais tocadas no Reino Unido.
Em fevereiro de 1963, a banda entra em estúdio novamente em Abbey Road para gravar o álbum Please Please Me em apenas 9 horas e 45 minutos, em três sessões divididas ao longo do mesmo dia. A gravação foi apressada mais por falta de dinheiro da gravadora para pagar o estúdio do que por pressa – as três sessões custaram, na época, o que hoje equivale a cerca de 10.000 libras (30.000 reais). She Loves You, quarto single do grupo, lançado em agosto de 1963, vende mais rápido do que qualquer outra gravação já feita no Reino Unido na época. Em novembro daquele ano, a polícia britânica usa jatos de água para dispersar fãs histéricas em um show em Plymouth. Era o início da Beatlemania.

Sucesso nos EUA e novas influências

Se no Reino Unido os Beatles já despontam, em outros lugares do mundo ainda são quase desconhecidos. Mas para tentar resolver a questão, em dezembro de 1963, o empresário Brian Epstein convence a gravadora americana Capitol Records a lançar o single de I Want to Hold Your Hand, além de 50.000 dólares para fazer o marketing da banda nos Estados Unidos. O DJ Carrol James, da rádio WWDC, de Washington, também contribui para a conquista da América pelos Beatles e coloca a música para tocar na rádio. O esforço-tarefa dá certo e, no começo do ano seguinte, I Want to Hold Your Hand já é um hit e está no topo da lista da Billboard.
Era só o começo da jornada nos EUA. Em 7 de fevereiro, a banda deixa a cidade de Londres com fãs acenando para o avião e chega em Nova York recebida com igual entusiasmo pelos americanos. Nos dias 9 e 16, as apresentações dos Beatles no programa de televisão de Ed Sullivan são vistas por mais de 70 milhões de pessoas. Dos televisores para as salas de cinema, o grupo tem seu primeiro filme,Os Reis do Ié-Ié-Ié (A Hard Day’s Night), dirigido por Richard Lester e lançado em julho com a trilha sonora, o álbum A Hard Day’s Night. O diretor ainda faria Help!, o segundo longa da banda, em julho de 1965, que tem a música Yesterday em sua trilha sonora, a canção mais regravada de todos os tempos.
Em agosto de 1964, no Delmonico Hotel em Nova York, os Beatles conhecem o músico Bob Dylan por intermédio do jornalista americano Al Aronowitz, do New York Post. Dylan está então em evidência como o autor de canções como Blowin’ in the Wind e Masters of War, que se tornariam hinos a favor da liberdade e contra a Guerra do Vietnã, deflagrada em 1955. Durante o encontro informal, além de apresentar a banda à maconha, Dylan conquista a simpatia de John Lennon, inspirado pelo músico a escrever letras mais maduras, além do famoso iê-iê-iê.
A experiência dos Beatles com as drogas não se limita à maconha e, no início de 1965, durante um jantar entre amigos, o dentista John Riley coloca LSD no café de Lennon e George Harrison, a primeira, das muitas vezes, que os músicos usariam a substância. Em outubro, ao final da terceira turnê americana da banda, os rapazes conhecem Elvis Presley em sua casa, na Califórnia. Apesar de se encontrar com os Beatles apenas uma vez, o ícone do rock seria outra grande influência na música do grupo de Liverpool.

Mudança de rumo

Em dezembro, é lançado o sexto álbum de estúdio dos Beatles, Rubber Soul, conhecido como o momento crucial de amadurecimento da banda. As canções se tornam mais complexas, com letras poéticas e filosóficas como a de In My Life (Há lugares de que vou me lembrar/ por toda a vida, embora alguns tenham mudado/ alguns para sempre, não para melhor,/ alguns se foram, outros permanecem). Eles deixam de ser considerados rapazes que só sabem cantar o amor adolescente para figurar ao lado de Bob Dylan como os representantes de uma geração.
Mas a mudança não vem apenas nas letras das músicas: o som dos Beatles também apresenta ares de novidade com a cítara da canção Norwegian Wood (This Bird Has Flown) um acréscimo valioso de Harrison às clássicas guitarras e baixos da música pop. Em 1966, o beatle conhece Ravi Shankar, indiano mestre da cítara que acaba se tornando seu guru e professor do instrumento.
Uma controvérsia entraria na trajetória da banda em agosto de 1966, quando a revista americanaDatebook, destinada ao público adolescente, publica uma entrevista que John Lennon havia concedido ao jornal britânico London Evening Standard em março do mesmo ano. Durante a conversa com a jornalista Maureen Cleave, Lennon declara que o cristianismo iria desaparecer. “O cristianismo vai sumir e encolher. Não é necessário discutir, estou certo e isso vai ser provado. Nós [os Beatles] somos mais populares do que Jesus agora”, diz. Para azar da banda, a publicação acontece apenas duas semanas antes de os músicos começarem uma turnê pelos Estados Unidos. John Lennon é ameaçado de morte antes de pedir desculpas em uma coletiva de imprensa, em Chicago.

A fama é dura

A euforia das fãs durante os shows, quem diria, se transforma em empecilho para os Beatles em agosto de 1966. Cansados de competir com os gritos nas apresentações – a banda chega a ter de comprar amplificadores mais potentes para que a música pudesse ser ouvida – eles se cansam da rotina e encerram a turnê no dia 29, em São Francisco. A alternativa para o tédio é apenas uma: entrar em estúdio novamente.
As experimentações, iniciadas quando George Harrison inclui a cítara em Norwegian Wood e ampliadas no disco Revolver, de 1966, ressurgem no novo álbum, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, frequentemente chamado apenas de Sgt. Pepper's. Com vontade de inovar em tudo, os músicos gravam canções com influências psicodélicas e clássicas e contam até mesmo com a participação de uma orquestra em A Day in the Life.
Quatro meses e 75.000 dólares depois, o álbum está pronto para ser lançado. Quando isso acontece, em junho de 1967, o disco vende oito milhões de cópias e fica quinze semanas em primeiro lugar na lista dos mais vendidos. A glória não para por aí e Sgt. Pepper's é considerado, em 2003, o melhor álbum da história pela revista Rolling Stone. Em 25 de junho, a banda apresenta o novo single All You Need Is Love no programa de televisão Our World, o primeiro a ter transmissão global ao vivo, que reúne artistas de dezenove países. A audiência é de 350 milhões de pessoas e a canção logo se transforma em um hino hippie. 

Baque

Em agosto de 1967, o empresário da banda, Brian Epstein, morre de overdose acidental por excesso de pílulas para dormir em seu apartamento em Londres. Já sob a liderança de Paul McCartney, em dezembro do mesmo ano os Beatles fazem o filme Magical Mystery Tour, transmitido pela BBC, e cuja trilha sonora não difere muito das experimentações anteriores de Sgt. Pepper’sYellow Submarine, filme animado com os garotos como personagens, é considerado visualmente inovador para a época. Sem Epstein como mentor, a banda "elege" como guru o indiano Maharishi Mahesh Yogi, que depois percebem se tratar de um aproveitador, como todos os Beatles declararam mais tarde. 
Cresciam as tensões na banda, devido a diferenças criativas -- foi nessa mesma época que Lennon foi criticado pelos colegas por levar a então namorada, Yoko Ono, para as gravações, quando a política da banda era de não envolver namoradas nas coisas da banda. Desse cenário, veio The Beatles (1968), conhecido como White Album (álbum branco). Embora hoje seja considerado um dos grandes discos da banda, na época a crítica não foi favorável.
Em julho de 1969, Lennon lançou a sua primeira música solo, Give Peace a Chance. Dois meses depois, ele anuncia sua saída da banda para os colegas, e só não o faz publicamente para não atrapalhar as gravações do disco Abbey Road, que seria lançado dias depois -- o anúncio público só foi feito em abril de 1970, um mês antes do lançamento de Let It Be, o último álbum do grupo, que na verdade havia sido gravado antes de Abbey Road. A banda acabou oficialmente no dia 29 de dezembro de 1974.

Lançado há 50 anos, primeiro disco dos Beatles ajudou a salvar o rock

Música

'Please Please Me', primeiro álbum do quarteto de Liverpool, virou cinquentão na última sexta-feira. E, embora ingênuo, foi de suma importância para a música

Carol Nogueira e Meire Kusumoto
Capa do disco Please Please Me
Capa do disco Please Please Me (Divulgação)
Nesta sexta-feira, o álbum Please Please Me, estreia dos Beatles em disco, completou 50 anos. Longe de ser a obra-prima do grupo inglês, algo que só seria atingido quatro anos depois, comSgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, o trabalho foi importante na época, pois deu gás ao rock and roll, estilo que até então se acreditava ser apenas uma modinha, como tantas outras surgidas nos anos 40 e 50. E, claro, deu origem àquela que, ainda hoje, é tida como uma das grandes bandas de todos os tempos.

Não foi fácil convencer uma gravadora a apostar no som do quarteto, formado no fim da década de 50 em Liverpool por John Lennon. Na época, acreditava-se que o mercado estava saturado de estrelas do rock, como Elvis Presley. Mas não era o pensamento do empresário do grupo, Brian Epstein, que os convenceu a contratá-lo após ver um show da banda no hoje famoso Cavern Club, na cidade-natal dos garotos. Empenhado em fazê-los bem-sucedidos, Epstein conseguiu um contrato com a gravadora Parlophone – antes, o grupo chegou a ser rejeitado pela Decca, que alegou que o rock “estava com os dias contados”.

Até chegarem ao lançamento de Please Please Me, a banda gastou tanto suor em shows que a gravação do disco foi o mais fácil. Afinal, traz o mesmo repertório que eles tocavam há meses em shows em Liverpool e em Hamburgo, na Alemanha, onde fizeram residência de dois anos. Repertório este que trazia canções bobinhas tocadas por várias bandas na época, como Twist and Shout, composta por Phil Medley e Bert Russell. Além das covers que a banda fazia em shows, o disco traz oito composições Lennon/Mccartney, parceria que é hoje a mais famosa da história da música pop.

Estouro – O produtor contratado pela gravadora, George Martin, sabia que isso seria suficiente para gerar interesse nos garotos, e o primeiro álbum do grupo foi completado em 9 horas e 45 minutos, em três sessões, em um único dia. Além de ter pressa em lançar o disco e lucrar com a banda, a gravadora também temia o alto preço cobrado pelo estúdio – mais tarde, Martin disse em entrevistas que as três sessões custaram o que hoje equivale a 10.000 libras (cerca de 30.000 reais).
O sucesso não foi instantâneo. O primeiro single, Love Me Do, lançado pela banda em outubro de 1962, não foi para o topo das paradas britânicas, mas o segundo single, Please Please Me, que saiu em janeiro de 1963, foi um estouro, assim como o terceiro, From Me To You, que veio três meses depois. She Loves You, o quarto single, lançado em agosto, foi o mais emblemático, pois sinalizou que a banda estava vivendo algo inédito ao atingir a marca de vendas mais rápidas do que qualquer outra gravação feita no Reino Unido – algo que seria confirmado alguns meses depois, quando a polícia começaria a usar jatos de água para dispersar as fãs completamente histéricas do grupo, tão enlouquecidas que pareciam maníacas, daí, Beatlemania.

Era apenas o começo de uma história de sucessos que ficariam em primeiro lugar nas listas por semanas consecutivas – algo que ocorre até hoje com a banda, basta lembrar do sucesso que fez o disco Beatles #1, lançado em 2000, que ficou nas listas de mais vendidos de praticamente todos os países do mundo na época. Quando Please Please Me chegou ao topo das paradas, ficou lá por 30 semanas, e sabe qual disco o tirou da posição? With the Beatles, segundo álbum do grupo, lançado em novembro de 1963.

Os besouros - Em 1956, então com 15 anos, Lennon, que havia aprendido a arranhar o banjo com a mãe, Julia, juntou alguns amigos da escola em que estudava na época, a Quarry Bank High School, para formar a banda The Quarrymen. Mas o nome não durou muito e o grupo logo começou a explorar alternativas. Em inglês, “beetle” (assim mesmo, com dois “e”) é besouro, referência que os garotos escolheram para homenagear a banda de Buddy Holly, um dos pioneiros do rock and roll, The Crickets (grilos). Foram de The Beatals (um trocadilho com a palavra “beat”, batida em inglês) para The Silver Beetles, depois The Silver Beatles até que enfim ficaram só com The Beatles.

Nos anos seguintes, Paul McCartney e George Harrison entrariam para a trupe após assistirem a shows da banda. Outro rapaz, Stuart Sutcliffe, a quem Lennon havia conhecido na faculdade de arte da cidade, tornou-se baixista do grupo (função mais tarde ocupada por McCartney, na época guitarrista). Sutcliffe morreu poucos anos depois, mas é considerado até hoje o “quinto Beatle”, de tanta influência que teve na história do grupo – ele sugeriu o nome e o corte de cabelo dos garotos e há quem acredite que Sutcliffe e Lennon tiveram um relacionamento amoroso.

Já Ringo Starr, que na época da formação dos Beatles tocava na banda Rory Storm and the Hurricanes, entrou para o grupo após o produtor George Martin reclamar do então baterista que tocava com Lennon e McCartney, Pete Best. Apesar disso, Starr também não agradou muito a Martin, que preferiu contratar um baterista experiente, Andy White, para a gravação de Love Me Do – o primeiro single da banda.

The Beatles -- I've Just Seen a Face



The Beatles - Michelle



Michelle

Michelle, minha bela
Essas são palavras que vão bem juntas
Minha Michelle
Michelle, minha bela
São palavras que ficam muito bem juntas
Muito bem juntas

Eu amo você, eu amo você, eu amo você
Isso é tudo que eu quero dizer
Até eu encontrar um caminho
Eu direi as únicas palavras que eu sei que você entenderá

Michelle, minha bela
São palavras que ficam muito bem juntas
Muito bem juntas

Eu preciso, eu preciso, eu preciso
Eu preciso fazer você enxergar
O que você significa para mim
Até eu conseguir, espero que você entenderá o que eu quero dizer
Eu amo você

Eu quero você, eu quero você, eu quero você
Eu acho que você sabe disso agora
Eu vou te alcançar de alguma maneira
Até eu conseguir, eu estou dizendo a você para que entenda

Michelle, minha bela
São palavras que ficam muito bem juntas
Muito bem juntas

E eu direi as únicas palavras que eu sei que você entenderá

Minha Michelle

Michelle

Michelle ma belle
These are words that go together well
My michelle
Michelle ma belle
Sont les mots qui vont tres bien ensemble
Tres bien ensemble

I love you, I love you, I love you
That's all I want to say
Until I find a way
I'll say the only words I know that you'll understand

Michelle ma belle
Sont les mots qui vont tres bien ensemble
Tres bien ensemble

I need to, I need to, I need to
I need to make you see
Oh what you mean to me
Until I do I'm hoping you will know what I mean
I love you

I want you, I want you, I want you
I think you know by now
I'll get to you somehow
Until I do I'm telling you so you'll understand

Michelle ma belle
Sont les mots qui vont tres bien ensemble
Tres bien ensemble

And I will say the only words I know that you'll understand
My Michelle

Lennon: 'Gravar último álbum dos Beatles foi inferno'

Música

Entrevista com o músico gravada em 1970 está entre objetos relacionados à banda que serão leiloados este mês; confira trecho da conversa

John Lennon iniciou sua carreria com os Beatles em Liverpool, nos anos 60.
John Lennon iniciou sua carreria com os Beatles em Liverpool, nos anos 60.
Gravar Let It Be, o 12º e último álbum dos Beatles, foi um "inferno", revelou John Lennon em entrevista gravada em 1970 que será leiloada este mês. A banda acabava de terminar as gravações, em 1969, mas ainda não havia rompido, quando Lennon e sua mulher, Yoko Ono, se sentaram em Toronto com Howard Smith, crítico musical da revista Village Voice. A entrevista durou cerca de uma hora.
"Há apenas tensão. É tenso cada vez que a luz vermelha (no estúdio de gravação) se acende. Estamos atravessando o inferno. É uma tortura sempre que produzimos algo", revelou Lennon. "Os Beatles não têm nenhuma magia que você não tenha. Sofremos um inferno quando fazemos algo e temos de lutar com cada um de nós. Imagine trabalhar com os Beatles? É duro", desabafou.
Lançado em maio de 1970 e classificado pela revista Rolling Stone como um dos 500 melhores álbuns de todos os tempos, Let it Be foi gravado em Londres para complementar um filme de mesmo nome. A canção do título e The Long and Winding Road entraram para a história como duas das mais memoráveis músicas da banda britânica.
Para Lennon, porém, assassinado em Nova York em 1980, Let it Be foi um "álbum estranho", que refletiu como os atritos haviam crescido entre ele e seus companheiros de grupo - Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr. "Nunca terminamos o álbum, realmente. Não queríamos fazê-lo. Era Paul quem nos empurrava para isso", afirmou.
'Sincera' - A casa de leilões RR Auction anunciou que a entrevista de uma hora de duração, gravada em duas fitas, permaneceu esquecida por quase quatro décadas em uma caixa guardada nos fundos do apartamento de Smith, em Nova York. "É uma entrevista sincera e honesta de um dos músicos e ativistas mais reverenciados de todos os tempos", disse o vice-presidente de RR Auction, Bobby Livingston, nesta quinta-feira.
A gravação integra a lista da RR Auction de mais de 100 objetos relacionados aos Beatles, que por sua vez faz parte do leilão "Maravilhas da Música Moderna". A lista estará disponível on-line entre 19 e 26 de setembro no site www.rrauction.com.
Um trecho da entrevista original pode ser ouvido abaixo:

(Com agência France-Presse)

Dilma diz que Obama explicará espionagem em 5 dias

Resposta

Segundo presidente da República, o presidente dos EUA, Barack Obama, assumiu responsabilidade direta e pessoal pela investigação do monitoramento das comunicações brasileiras


Presidente Dilma Rousseff durante reunião na cúpula do G20, em Strelna perto de São Petersburgo, Rússia
Presidente Dilma Rousseff durante reunião na cúpula do G20, em Strelna perto de São Petersburgo, Rússia - Alexander Vilf/Reuters
A presidente da República, Dilma Rousseff, disse nesta sexta-feira que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, explicará as denúncias de espionagem contra as comunicações presidenciais do Brasil em cinco dias. A presidente reuniu-se com Obama nesta quinta-feira em São Petersburgo, na Rússia, após a cúpula do G20. Dilma ainda mantém incerteza sobre a sua visita de Estado aos EUA, até então programada para outubro.
"O presidente Obama se comprometeu a responder ao governo brasileiro até quarta-feira o que ocorreu", disse Dilma em entrevista coletiva. "Obama assumiu responsabilidade direta e pessoal pela investigação das denúncias de espionagem."
Dilma afirmou que visita a Washington, sede do governo americano, será definida apenas após a resposta de Obama. "A minha viagem a Washington depende das condições políticas a serem criadas pelo presidente Obama", disse.
Nações Unidas - Dilma voltou a dizer que pretende acionar a Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a espionagem internacional: "Irei à ONU propor uma nova governança contra invasão de privacidade". Ela havia cogitado procurar respaldo da ONU quando documentos secretos da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) vazados pelo ex-agente Edward Snowden revelaram a espionagem sobre e-mails e telefonemas em geral no país e a existência de uma base da agência em Brasília - negada pela embaixada dos EUA.
Dilma também afirmou que o Brasil não dará respaldo a uma ação militar do governo Obama na guerra civil da Síria, motivada pelo suposto uso de armas químicas. Para a presidente, deve haver aval do conselho de segurança da ONU. "O Brasil não reconhece uma ação militar na Síria sem a aprovação da ONU", disse.   
Os presidentes Barack Obama e Dilma Rousseff conversam antes do início da reunião do G20 em São Petersburgo, nesta quinta-feira (05)
Os presidentes Barack Obama e Dilma Rousseff conversam antes do início da reunião do G20 em São Petersburgo, nesta quinta-feira (05) - Pablo Martinez Monsivais/AFP
Presidente Dilma Rousseff durante reunião na cúpula do G20, em Strelna perto de São Petersburgo, Rússia
Presidente Dilma Rousseff durante reunião na cúpula do G20, em Strelna perto de São Petersburgo, Rússia - Sergei Karpukhin/Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama fala durante seu encontro com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe na cúpula do G20, em São Petersburgo, na Rússia
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama fala durante seu encontro com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe na cúpula do G20, em São Petersburgo, na Rússia - Kevin Lamarque/Reuters
Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama durante reunião na cúpula do G20, em Strelna perto de São Petersburgo, Rússia
Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama durante reunião na cúpula do G20, em Strelna perto de São Petersburgo, Rússia - Pablo Martinez Monsivais/Reuters
Angela Merkel durante reunião na cúpula do G20, em Strelna perto de São Petersburgo, Rússia
Angela Merkel durante reunião na cúpula do G20, em Strelna perto de São Petersburgo, Rússia - Guido Bergmann/Reuters
Primeiro Ministro indiano Manmohan Singh durante reunião na cúpula do G20, em Strelna perto de São Petersburgo, Rússia
Primeiro Ministro indiano Manmohan Singh durante reunião na cúpula do G20, em Strelna perto de São Petersburgo, Rússia - Alexander Vilf/Reuters
Presidente da Rússia, Vladimir Putin recebe presidente Dilma Rousseff antes de uma reunião de líderes do BRICS na cúpula do G20, em Strelna perto de São Petersburgo, na Rússia
Presidente da Rússia, Vladimir Putin recebe presidente Dilma Rousseff antes de uma reunião de líderes do BRICS na cúpula do G20, em Strelna perto de São Petersburgo, na Rússia - Alexei Kudenko/Reuters
Presidente Dilma Rousseff participa de uma reunião com membros do G20 em Strelna, perto de São Petersburgo, na Rússia
Presidente Dilma Rousseff participa de uma reunião com membros do G20 em Strelna, perto de São Petersburgo, na Rússia - Sergei Karpukhin/Reuters

Obama se reúne com Dilma em meio a crise

Por Andrei Netto (enviado especial/São Petesburgo) e Cláudia Trevisan (correspondente/Washington), estadao.com.br
Conversa reservada na Rússia ocorre após suspeita de espionagem por parte dos EUA




A presidente Dilma Rousseff e seu colega americano, Barack Obama, encontraram-se a sós nesta quinta-feira, 5, após a abertura da reunião de cúpula do G20, o grupo de maiores economias do mundo, em São Petersburgo (Rússia). O teor da conversa não foi divulgado pelos governos. Antes, porém, assessores da Casa Branca haviam dito que os Estados Unidos buscariam diálogo com o Brasil após a suspeita de que a Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) monitorou as comunicações de autoridades do País, incluindo Dilma.
"Vamos trabalhar com os brasileiros para que eles tenham uma melhor compreensão do que fazemos e do que não fazemos", afirmou Ben Rhodes, vice-conselheiro de Segurança Nacional do governo Obama para a área de comunicações estratégicas. "Assim podemos entender as suas preocupações", completou.
Em conversa com jornalistas no avião presidencial a caminho de São Petersburgo, Rhodes disse que os EUA reconhecem a importância dessa questão para os brasileiros. Nesta quinta-feira, Dilma cancelou a ida a Washington da equipe que faria a preparação de sua viagem aos EUA, marcada para outubro.
Para o assessor de Obama, o foco agora é mostrar aos brasileiros a "natureza" das ações de inteligência americanas. "Fazemos nossa inteligência exatamente como qualquer outro país ao redor do mundo", garantiu Rhodes.
'Terrorismo'. Na abertura do G-20, o escândalo provocado pelas suspeitas de monitoramento de e-mails, navegação de internet e ligações telefônicas de Dilma pelo NSA gerou controvérsia internacional, após o porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, comparar a espionagem americana a atos de "terrorismo". A declaração não foi chancelada pelos outros governos do Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
O assessor de imprensa da Rússia, Dmitri Peskov, avaliou que os Brics "expressaram descontentamento" com o fato de a espionagem digital ter sido usada para espionar assuntos internos dos integrantes do grupo – e isso. no mesmo momento em que os presidentes e primeiros-ministros estavam reunidos em cúpula no Palácio Constantino. "Os líderes dos Brics consideram que esse tipo de ação é similar a terrorismo."
Peskov fez a declaração ao relatar o encontro entre Dilma e os colegas do bloco, antes da abertura oficial do G-20. Em seguida, questionado por jornalistas brasileiros, o porta-voz russo reiterou que o caso de espionagem americana é "uma ameaça à liberdade da internet".
Ao tomar conhecimento das declarações da assessoria de Putin, o Brasil não confirmou a informação. A presidente Dilma Rousseff, segundo seu porta-voz Thomas Traumann, "fez um breve relato aos chefes de Estado sobre o episódio da espionagem americana". Logo depois da intervenção, a reunião foi encerrada, os líderes fizeram a foto oficial e foram para a abertura do G-20.
Nos bastidores, o governo brasileiro se mostrou surpreso com as palavras empregadas por Peskov. "O Brasil citou o assunto e não houve debate. Foi só um relato seco", disse ao Estado um membro da delegação. "É muito estranho esse tom."
Em nota oficial sobre o encontro dos Brics, o governo indiano não elencou o tema "espionagem" entre os objetos de debate da reunião multilateral.
Também em briefing, Sato Kuni, diretora-geral de Imprensa e Diplomacia Pública do Ministério das Relações Exteriores do Japão, confirmou que Dilma abordara o assunto pelo menos mais uma vez durante o dia, em reunião bilateral com 2o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, no fim da manhã.
"Dilma mencionou a necessidade de um acordo multilateral para a segurança na internet", disse a diretora. Questionada se isso era uma resposta ao caso de espionagem envolvendo os Estados Unidos e o Brasil, Sato não viu relação entre os casos. "Não foi particularmente uma resposta a nenhuma situação, porque este acordo está na agenda internacional já há um bom tempo."

Os números que assustam o governo no 7 de setembro


O 7 de setembro vem aí
Com a proximidade do 7 de setembro, pesquisas que chegaram ao governo nesta semana mostram que 63% dos brasileiros acreditam que as manifestações de rua vão crescer e ganhar força nos próximos dias.
Os dados, colhidos pelo Ipsos Public Affairs, também revelam que, apesar do vandalismo promovido pelos Black Blocs, as manifestações têm ampla simpatia na sociedade, com 88% de aprovação popular.
O levantamento do Ipsos, realizado nas cinco regiões do país, com brasileiros das classes A, B e C, mostra ainda que 63% dos entrevistados acreditam que o Brasil está no rumo errado, contra 24% que acreditam que o país está sendo conduzido no rumo certo – 14% não opinaram.
No auge dos protestos, em junho, a parcela pessimista com a condução do país correspondia a 59% dos entrevistados. Já os otimistas eram 28%. Dilma Rousseff que se prepare.
Por Lauro Jardim
http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/brasil/os-numeros-que-assustam-o-governo-no-7-de-setembro/

Pearl Jam The End (tradução / legendado) PT



Amo Amo Amo Muito!!

Contas de Genoino


Pedido de aposentadoria
José Genoino sabe fazer contas: no processo em que pede aposentadoria por invalidez, Genoino se compromete a abrir mão de receber 20 000 reais por mês para ficar com o benefício integral, ou seja, 26 000 reais. Claro, quanto mais, melhor. Por que ele pode escolher?
Até 1997, os parlamentares podiam aderir a um plano-mamata de previdência, exclusivo para as excelências. Pelo hoje extinto Instituto de Previdência do Congressista (IPC), o sujeito contribuía enquanto fosse parlamentar e se aposentava com o valor equivalente ao tempo em que cumpriu mandato.
Por exemplo, se o parlamentar fosse eleito duas vezes, poderia colocar o boi na sombra recebendo o equivalente a oito trinta avos do valor integral. Para Genoino, com quatorze anos de contribuição pelas regras antigas, a conta fecharia em aproximadamente 20 000 reais, que ele passaria a receber quando deixasse a Câmara.
Em 1997, a mamata acabou e entrou em vigor o Plano de Seguridade Social do Congressista (PSSC), muito mais rigoroso e bem semelhante ao regime vigente para qualquer trabalhador brasileiro inscrito na Previdência. Embora menos generosa, a nova regra prevê em caso de sinistro, como a invalidez, que o parlamentar se aposente com remuneração integral.
O que fez Genoino? Abriu mão do que tinha direito no regime antigo para se beneficiar da melhor parte das regras atuais, no caso dele, se aposentar com seus 26 000 reais provenientes dos cofres públicos – caso seu pedido seja deferido pela Câmara.
Por Lauro Jardim
http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/congresso/entenda-quais-as-conta-as-genoino-fez-para-tentar-se-aposentar-com-salario-integral/

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