domingo 15 2013

SEAN LENNON - You've Got To Hide Your Love Away



Chuck Berry Concert, London 1972



Chuck Berry - Rock and Roll Music - Toronto, Canada - 1969 (full concert)



Chuck Berry live at the Roxy 1982



Chuck Berry & Keith Richard - Roll Over Beethoven - 60' Birthday (1986)



CHUCK BERRY, ERIC CLAPTON, KEITH RICHARDS, ETTA JAMES - Rock 'n' Roll Music



Chuck Berry & Julian Lennon - Johnny B Goode (1986)





Chuck Berry & John Lennon_Johny B Goode



Chuck Berry - You Can't Catch Me (Rock Rock Rock 1956)



Chuck Berry - You Can't Catch Me (Rock Rock Rock 1956)



Chuck Berry - Johnny B-Goode



Johnny B. Goode by Chuck Berry - Tradução (Legendado em Português)



Incrível Chuck Berry!!!

Chuck Berry - Johnny B. Goode live



Bon Jovi - Mrs Robinson



Simon And Garfunkel MRS Robinson legendado



O politeísmo de um Deus só

Artigo: Reinaldo Azevedo
veja.com
"Os homens estavam acostumados a se relacionar
com deuses, no plural. Foi a própria Igreja quem
estimulou esse caminho de mediação entre o homem
e a crença cristã por meio da 'santidade'. Ou seja,
emprestou ao seu monoteísmo uma característica
politeísta, para angariar um maior número de adeptos"
Os santos católicos – e coloquemos de lado, aqui, o que é matéria de fé para nos atermos à conformação das mentalidades religiosas – exercem um papel semelhante àquele desempenhado pelos deuses no paganismo clássico. Há até mesmo um "Olimpo" católico, em que vigora uma rígida hierarquia. Eles são produtos e instrumentos de uma permanente adaptação do cristianismo às culturas com as quais foi se relacionando e disputando a hegemonia. Nesse processo, o catolicismo tentou preservar um núcleo doutrinário que está longe de ser plenamente compreendido sem o amparo de uma complexa cultura filosófica. E nisso não se distingue de nenhuma outra religião: todas elas tiveram e têm seus sacerdotes e seus intérpretes.
A Igreja Católica conta hoje com 33 Doutores, seus "deuses" maiores, todos eles santos, que se tornaram notáveis graças a sua entrega à vida religiosa e por sua produção doutrinária. Destes, quatro ocupam um lugar especial: Santo Agostinho (354-430), Santo Ambrósio (340-397), São Jerônimo (347-420) e São Gregório Magno (540-604). Eu reivindicaria um quinto: Santo Tomás de Aquino (1225-1274), um gigante da teologia e da filosofia. Se um dia você quiser ao menos uma explicação plausível, inteligente, culta, que concilia a fé e a razão, a crença e a ciência, leia o que for possível ler da Suma Teológica, de Santo Tomás. Esse catolicismo dos Doutores foi fundamental para consolidar o aparelho da Igreja – sem o qual não haveria o resto –, mas ele só conta parte da história.
As quatro "divindades" de primeira grandeza, não por acaso, se dedicaram, de alguma forma, a sustentar a existência da Santíssima Trindade, manifestações distintas – Pai, Filho e Espírito Santo – de um só Deus e feitas da mesma substância. Observe: essa questão não está posta nos Evangelhos. Jesus Cristo não se atreveu a explicá-la. Ela foi adquirindo importância capital na Igreja à medida que esta se expandia e se confundia com o próprio poder secular, terreno – paralelamente ao qual, se bem se lembra, havia nascido: o Messias não queria saber dos assuntos que eram de César; o reino de seu Pai não era deste mundo.
Mas o da Igreja Católica era. E sua teologia pode ser acusada de tudo, menos de ser simples ou simplista. Tanto quanto um grego ou romano comuns conheciam pouco da cosmogonia pagã, um cristão do povo pouco entendia desse Deus a um só tempo tripartido e uno, matéria de acalorados debates teológicos. Ele não bastava para responder a todas as angústias humanas. Observe que o monoteísmo havia encontrado a sua tradução mais acabada – o judaísmo – num povo minoritário e dominado. E nada ocupado em seduzir outras culturas. Os homens estavam acostumados a se relacionar com deuses, no plural. Foi a própria Igreja, desde o seu primeiro mártir – Santo Estêvão –, quem estimulou esse caminho da mediação entre o homem e a crença cristã por meio da "santidade". Ou seja, emprestou ao seu monoteísmo uma característica politeísta, para angariar um maior número de adeptos.
Cada dia no ano, por exemplo, é dedicado a um santo – e, às vezes, a mais de um. Contam-se, pois, mais de 365 "divindades" que servem de intermediárias entre a vontade de Deus e os desejos dos homens. A exemplo de frei Galvão, são inúmeros os casos em que o culto popular precede o reconhecimento oficial da Igreja. Padre Cícero, por exemplo, cuja intercessão miraculosa não é reconhecida, tem, não obstante, seu culto tolerado. Quando o aparelho resiste ao fato consumado, a população erige seus próprios deuses. O sentido da santidade é conferir um lugar especial aos cristãos que viveram plenamente o Evangelho e, por essa razão, foram distinguidos com a capacidade de operar um evento miraculoso, antes só a Deus, em qualquer uma de suas formas, reservado.
Não foi, por exemplo, a Igreja a fazer de São Judas Tadeu, um dos apóstolos, o "Santo das causas difíceis" – "impossíveis", em algumas versões. Foram os fiéis. Nada em sua biografia justifica o epíteto. Santo Antônio é conhecido por dois cultos populares: o pão distribuído pelos crentes aos pobres, e isso se explica por sua vida dedicada à caridade, mas também por ser o santo casamenteiro, o que se deve inteiramente à tradição não teológica. Na iconografia popular, Santa Luzia, que protege contra doenças oculares, traz os olhos arrancados num prato. Uma das orações a ela dedicadas refere-se ao episódio, provavelmente falso.
A semelhança entre os santos católicos e o politeísmo greco-romano se dá em meio a diferenças nada desprezíveis. Os deuses pagãos eram exemplos das virtudes do homem, mas também de seus defeitos: mostravam-se egoístas, ciumentos, violentos e injustos. Já os católicos são encarnações da renúncia e do sacrifício. Os pagãos expõem os limites humanos; os católicos buscam ultrapassá-los. Os primeiros decidem entre eles o destino dos mortais e fazem valer a sua sentença; os outros são um exemplo de retidão, um norte ético.
Falou-se aqui de semelhanças e se evidenciam diferenças? Nos dois casos, visões de mundo complexas – tanto a pagã como a católica – encontram nessas "divindades" canais de expressão para se comunicar com o homem comum e lhe fazer duas ofertas sem as quais não existe uma religião: uma idéia de totalidade ("o mundo é assim") e a superação da morte. Aqui uma observação rápida: "superar a morte" pode compreender tanto a promessa da imortalidade da alma – ou a vida eterna – quanto a educação para um fim decoroso, integrando-se a uma espécie de cosmos universal.
Estudiosos que se dedicaram a comparar religiões diversas encontram nelas elementos comuns que a história sempre pode explicar. Quer um exemplo corriqueiro? A luta essencial do homem, até agora, se deu contra a ditadura da natureza, e é preciso garantir o pão para que se tenha espírito. Toda religião tem, por exemplo, alguma forma de celebrar a colheita. Tanto quanto na natureza, no mundo da cultura nada se perde. Tudo se transforma – ou se transmuda.
Para o crente, só a revelação interessa. Para quem vê nas religiões também um elemento da cultura, elas constituem uma das teorias do conhecimento. "Primus in orbe deos fecit timor": "Foi o medo que primeiro fez os deuses", escreveu o poeta latino Estácio (45-96). Ele não foi o único antigo a duvidar das divindades e da imortalidade da alma. A militância anti-religiosa é tão antiga quanto a religião. O mais antigo erro que o pensamento cético costuma cometer é justamente este: supor que as religiões existem para explicar o que o homem não pode compreender racionalmente.
As religiões seriam, assim, uma construção negativa, entranhada na ignorância, que tenderia a desaparecer, ou a resistir como aberração, à medida que avançasse o pensamento científico. O caso é bem outro. Elas se ocupam do que na vida é corriqueiro, regular, não dos eventos excepcionais. Quase todas elas, é fato, são dotadas de alguma escatologia, do evento finalista, que remete ao fim dos tempos. Mas isso costuma ficar fora do culto cotidiano. Não serve para organizar a vida.
Quando Bento XVI formalizar a santidade de frei Galvão, o intérprete privilegiado dos Doutores estará abrindo, de novo, as portas da Igreja àquela humanidade intercessora que dá vida à doutrina. Pode não provar a existência de Deus, mas prova a existência da história. E é ela que importa aqui. Os marxistas quiseram a religião como "o ópio do povo", ao que lhes respondeu, ainda que com outras palavras, o intelectual francês Raymond Aron (1905-1983): "Certo, mas nenhuma outra doutrina criou no homem, como o marxismo, tal ilusão da onipotência. Por isso, ele é o ópio dos intelectuais". As ambições de Deus são mais modestas...

As Origens do Sexo – Uma História da Primeira Revolução Sexual

Lançamento 14 setembro
(Tradução de Rafael Mantovani, Biblioteca Azul, 688 páginas, 74,90 reais) Westminster, Inglaterra, 1612. Um homem e uma mulher, solteiros, são açoitados e banidos da cidade por terem feito sexo e tido um filho sem se casar. É com essa história que o professor e pesquisador da Universidade de Oxford Faramerz Dabhoiwala abre seu livro As Origens do Sexo – Uma História da Primeira Revolução Sexual, que chega nesta semana às livrarias brasileiras. Dabhoiwala, que pesquisou o tema por vinte anos para compor a obra, mostra como o Iluminismo, no século XVIII, modificou a moral de então e foi responsável pela primeira revolução sexual, cujos elementos perduram até hoje. O livro foi bem recebido no exterior, chamado de “persuasivo” pelo jornalSunday Times e “intrigante e erudito” pelo Times.

The Beatles - Ob-La-Di, Ob-La-Da



'Mesas de ping-pong não retêm talentos no Vale do Silício'

Entrevista: Rebecca Cantieri

Ambientes de trabalho descontraídos fazem a fama de empresas como Google e Facebook. Mas, segundo a especialista de RH americana, o trunfo das companhias inovadoras é ouvir, valorizar e impulsionar os bons profissionais

Lecticia Maggi
Rebecca Cantieri: "Ninguém escolhe uma empresa porque ela tem um ambiente legal, mas porque acredita que ali será capaz de fazer a diferença" (Divulgação)
Poltronas e pufes coloridos, mesas de sinuca e ping-pong, máquinas de guloseimas e até escorregadores conectando um andar ao outro se tornaram marcas de ambientes de trabalho de empresas como Google, Facebook e demais companhias inovadoras. O retrato é divertido. Mas não é isso que garante a satisfação e o alto desempenho de funcionários — especialmente os jovens. Essa é constatação da americana Rebecca Cantieri, de 39 anos, vice-presidente de RH da companhia de pesquisas on-line SurveyMonkey, que estuda a gestão de profissionais nas empresas do Vale do Silício, coração californiano da inovação. "O Vale é, sem dúvida, um dos lugares mais inovadores do mundo. Sobretudo pelas práticas de recursos humanos mantidas pelas empresas", diz Rebecca, que trabalhou durante onze anos no departamento de recrutamento do Yahoo. Para reter os melhores, garante ela, as organizações devem "promover a aproximação entre os profissionais, especialmente entre chefes e subordinados, ouvir os funcionários, valorizá-los e, por fim, manter um clima positivo no ambiente de trabalho". Na semana passada, a americana esteve em São Paulo para apresentar os resultados de uma pesquisa que ouviu 500 brasileiros com idades entre 18 e 65 anos em todos os estados. Chamou a atenção da especialista o grau a determinação dos profissionais locais em deixar a posição que ocupam atualmente. "Um em cada três entrevistados disse estar disposto a pedir demissão em algum momento dos próximos seis meses. Entre aqueles que têm 25 anos, a taxa é ainda maior: metade quer deixar a organização em que trabalha." Na entrevista a seguir, a americana comenta a pesquisa e, a partir da experiência no Vale, fala das expectaticas dos jovens profissionais e dos desafios das empresas.
É comum associarmos empresas do Vale do Silício a escritórios ultramodernos, sem divisórias, onde as mesas de trabalho se misturam a redes de balanço e mesas de ping-pong. Qual é de fato a importância de um ambiente como esse na vida das empresas e de seus funcionários? Nós nos lembramos sempre dessas características desses escritórios porque são os que mais chamam nossa atenção. Contudo, as equipes de recursos humanos não devem desperdiçar energia pensando em inovações nesse sentido. Mesas de ping-pong, salas de descompressão e redes de balanço são itens supérfluos que não definem a cultura de uma empresa. Eles podem até ajudar a atrair candidatos, mas no final de um dia de trabalho o que verdadeiramente conta para felicidade e motivação de um profissional é a relação que ele estabelece com a chefia e o apoio que ele recebe de seus superiores hierárquicos no desenvolvimento de sua carreira. Nenhum grande talento escolhe uma empresa porque ela tem um ambiente legal, mas sim porque acredita que ali ele será capaz de fazer a diferença. Para comprovar isso basta visitar empresas do Vale do Silício que mantêm escritórios considerados menos criativos do que o do Google, mas que são tão bem-sucedidas quanto esse gigante. A Apple é um ótimo exemplo.
De que forma? Comparemos Apple e Facebook. O Facebook é conhecido por ser uma empresa jovem, despojada e que proporciona muita autonomia a seus funcionários. Eles têm horários flexíveis e, desde que atinjam o objetivo acordado, podem decidir onde e como querem trabalhar. A empresa tem uma cultura considerada progressista e um escritório incrível, com áreas abertas, confortáveis e guloseimas distribuídas à vontade. Já a Apple mantém uma cultura muito mais tradicional, hierarquizada, onde as grandes decisões são tomadas em um nível muito alto de gestão. Toda a energia dos profissionais é voltada para o desenvolvimento de produtos criativos, com designs inovadores, o que, contudo, contrasta com o escritório bastante convencional da companhia. A SAP e a Oracle, desenvolvedoras de software de gestão, seguem o mesmo modelo e são, por isso, consideradas conservadoras. Todas, no entanto, adotam estratégias comuns para engajar e motivar os funcionários, fazendo com que os melhores queiram permanecer.
Que estratégias são essas? Acabamos de concluir uma pesquisa em que investigamos isso junto às equipes de RH de companhias do Vale do Silício. Os resultados podem ser sintetizados em quatro fundamentos: promover a aproximação entre os profissionais, especialmente entre chefes e subordinados, ouvir os funcionários, valorizá-los e, por fim, manter um clima positivo no ambiente de trabalho. Os profissionais, especialmente os da geração Y (nascidos entre 1980 e 1990), querem crescer rapidamente na carreira e, por isso, buscam feedback constante de seus superiores para saber como melhorar a própria performance. Além disso, valorizam organizações que demonstram clareza ao traçar objetivos, ou seja, empresas que explicitem o que é esperado, quais os desafios e metas. Em um ambiente altamente competitivo como o do Vale do Silício, atrair, engajar, desenvolver e principalmente reter os melhores talentos são desafios constantes.
Como os jovens enxergam seus chefes? A relação entre chefes e subordinados é a mais importante dentro de uma empresa. Os gerentes, por exemplo, funcionam como uma espécie de condutor da carreira de seus subordinados: é deles a responsabilidade de definir metas claras e ajudar seus funcionários a atingi-las. Diversas pesquisas mostram que os profissionais, especialmente os mais jovens, têm necessidade de se sentir valorizados pelas organizações e, em algum grau, protegidos por ela. Eles também querem ser liderados por pessoas capazes de auxiliá-los no desenvolvimento pleno de habilidades e competências, ou seja, capazes de ajudá-los a progredir. Em geral, quando um profissional decide deixar uma organização é porque está tendo uma experiência ruim com o chefe. Eles querem se livrar dos chefes, não das empresas.
Qual o peso do salário nesse processo? É evidente que é importante. No entanto, é interessante destacar que para jovens de até 25 anos de idade esta não é principal questão. É compreensível, já que a maior parte deles ainda não tem filhos e nem grandes responsabilidades financeiras. Portanto, estão inteiramente focados na carreira, em identificar o que realmente gostam de fazer e se destacar na área escolhida.
Qual sua avaliação da pesquisa realizada no Brasil acerca da satisfação dos profissionais locais no trabalho? O nível de insatisfação está altíssimo: 76% dos entrevistados disseram que não são recompensados financeiramente por seu trabalho e outros 39%, que não se sentem valorizados. Os números não surpreendem, porque são similares aos medidos nos Estados Unidos. Lá, 70% dos 150.000 profissionais ouvidos mostraram uma visão negativa do próprio emprego. O que nos chamou a atenção no Brasil é que um em cada três entrevistados disse estar disposto a pedir demissão em algum momento dos próximos seis meses. Entre aqueles que têm 25 anos, a taxa é ainda maior: metade quer deixar a organização em que trabalha.
O que as empresas podem fazer para reverter esse cenário? É imprescindível estabelecer uma relação mais próxima com os funcionários, medir o nível de engajamento e satisfação deles, além, é claro, de saber o que eles não gostam na organização. Em resumo: é preciso ouvi-los. Na SurveyMonkey, temos mais de 200 colaboradores e anualmente realizamos uma pesquisa de clima organizacional. O resultado deste ano foi surpreendente: parte dos funcionários pediu melhorias na comunicação interna: querem saber mais sobre os planos, projetos e mudanças. Ninguém falou de remuneração. Todas as reivindicações foram bastante razoáveis e agora estamos trabalhando para atendê-las. Isso é um jeito de mostrar que nos importamos e valorizamos a nossa equipe. Quando o assunto é reter talentos, temos uma pequena lista de ações extremamente eficazes: fornecer um aconselhamento de carreiras, manter gerentes capazes de escolher pessoas certas para funções certas e promover os que demonstram capacidade de lidar com a diversidade e com adversidades. O Vale é, sem dúvida, um dos lugares mais inovadores do mundo. Sobretudo pelas práticas de RH desenvolvidas pelas empresas.

Profissionais querem bons salários — e felicidade

Carreira

Estudo que ouviu funcionários em cargos de gerência de grandes empresas em dez países mostra que remuneração é quarta razão de satisfação no trabalho

Lecticia Maggi
Salário não garante satisfação, aponta pesquisa
Salário não garante satisfação, aponta pesquisa (Thinkstock)
Uma empresa que deseja atrair e reter talentos precisa oferecer boa remuneração. Dinheiro, contudo, não garante a satisfação dos funcionários. É o que revela pesquisa inédita da companhia de seleção e recrutamento Robert Walters com 9.173 profissionais de cargos de média e alta gerência em dez países — entre eles, o Brasil. À frente dos altos salários, aparecem como principais motivadores: ter e superar desafios, manter equilíbrio entre carreira e vida privada e alcançar postos de responsabilidade e destaque. "Um bom salário não deixou, é claro, de ser um fator importante na vida profissional", diz Frédéric Ronflard, diretor da Robert Walters. "Mas há uma tendência de valorização de outros aspectos. Os entrevistados têm consciência, por exemplo, de que vencimentos altos são acompanhados por muita pressão, o que pode reduzir a qualidade de vida. E isso é hoje incompatível com o que almejam para suas vidas."
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"Em 2010, deixei para trás uma empresa no interior de São Paulo e um salário de 20.000 reais. Assumi um posto em uma companhia em Uberlândia, ganhando 25% a menos. Com a mudança, queria estar mais perto da minha família e ter uma vida mais tranquila. Sei que em uma cidade como São Paulo, onde já trabalhei, poderia ganhar mais, mas não suportaria perder horas do dia parado no trânsito." 

Clésio da Silva, de 36 anos, contador

Além de brasileiros, foram ouvidos na pesquisa profissionais da Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Holanda, Irlanda, Luxemburgo, Suíça e Estados Unidos. Quase metade integra a chamada geração X, que compreende pessoas com idades entre 34 e 45 anos de idade. Um em cada seis trabalha em uma organização de grande porte, com mais de 250 funcionários. Apenas 16% dos participantes apontaram salário e benefícios como razão de motivação no trabalho. Ser defrontado com desafios, como metas de desempenho, aparece em primeiro lugar (29%), seguido por atingir equilíbrio entre carreira e vida privada (25%) e ganhar postos de destaque e responsabilidade (23%) — o que pode se traduzir em ganho financeiro.
No caso do Brasil, harmonia entre trabalho e descanso é razão de mais satisfação. Esse foi considerado o maior motivador profissional por 36,6% dos 773 entrevistados que trabalham no país. O percentual é mais do que o dobro do relativo aos profissionais que elegeram a remuneração como motor de satisfação. Metade dos ouvidos afirmou que deixaria a empresa assim que percebesse que ela não oferece boas perspectivas. A cifra é simular nos demais países.
O dinheiro é um motivador que funciona apenas no curto prazo. Essa é a visão de Leonardo de Souza, diretor da companhia de seleção de executivos Michael Page. "Os profissionais têm necessidade de se sentir úteis e de perceber que seu esforço produz impactos, seja nos resultados da organização, seja em sua vida privada", diz. Ao receber um aumento, o profissional se adapta rapidamente ao novo padrão financeiro e, em pouco, deixa de perceber o bônus recebido. "É por isso que ele precisa, por exemplo, de novos desafios e equlíbrio entre trabalho e lazer", diz Souza. Uma pesquisa da Michael Page ilustra a situação: quase 40% dos 7.500 entrevistados já haviam aceito um corte nos vencimentos em troca de uma mudança de área para atuar em projetos mais estimulantes.
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"Trabalhava como consultor na área de sistemas até que, em 2012, surgiu a oportunidade de ingressar na equipe de finanças do Banco Deutsche. A remuneração era 30% menor, mas isso não me desanimou. Aceitei porque queria atuar em uma nova área e aprender mais."

Hugo Utida, de 29 anos, cientista da computação 

Rodrigo Soares, diretor da Hays, outra companhia de seleção de executivos, afirma que nove em cada dez candidatos recrutados para postos de gerência questionam, no ato da seleção, o plano de carreira da organização em questão. "Eles querem saber quais são os passos para atingir o patamar seguinte da carreira", diz Soares. "As companhias que não oferecem um planejamento definido acabam perdendo bons candidatos para a concorrência."
Na lista de itens que cooperam para a felicidade no trabalho, além dos já apurados pelo estudo da Robert Walters, aparece identificação com o empregador. Pesquisa realizada pela companhia de seleção DMRH que ouviu mais de 4.000 executivos mostrou que um em cada cinco entrevistados considera que a empresa ideal é aquela que possui valores e crenças similares aos seus. Novamente, é um indicador de que dinheiro não é tudo. "Esses profissionais passam boa parte do tempo no trabalho. Então, precisam sentir que a atividade que exercem tem algum sentido", diz Sandra Finardi, diretora da DMRH.

Roger Waters - In The Flesh LIVE FULL CONCERT



Roger Waters (of Pink Floyd) - In The Flesh \ Another Brick in The Wall ...



Pink Floyd The Story Of Wish You Were Here (2012) 720p HD 1 of 4



Adolescentes ontem, hoje e amanhã -- Ivan Capelatto cpfl cultura



Com Dirceu na berlinda, Palocci tem nova vitória

Por FAUSTO MACEDO, estadao.com.br
veja.com
Investigações sobre os dois homens fortes do governo Lula tomam rumos diferentes



Duas eminências da república do PT, dois destinos. Enquanto José Dirceu, braço político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, experimenta dias de angústia e tensão - condenado a 10 anos e 10 meses de prisão pelo "domínio do fato" do mensalão -, outro aliado do líder petista, o ex-ministro Antonio Palocci Filho, livrou-se da suspeita envolvendo suas atividades como controlador da Projeto Consultoria Financeira e Econômica, que, em 2010, ano da eleição de Dilma Rousseff, ostentou performance espetacular e faturou R$ 20,515 milhões, o dobro do ano anterior - R$ 10,055 milhões.
Com base em relatório do Departamento de Fiscalização da Secretaria Municipal de Finanças, o Ministério Público de São Paulo requereu o arquivamento de investigação sobre sonegação fiscal e crimes tributários atribuídos a Palocci e sua empresa. A verificação fiscal constatou que a Projeto recolheu R$ 1,025 milhão em ISS (Imposto Sobre Serviços) sobre aquela base de cálculo de 2010.
A Justiça acolheu a promoção de arquivamento, subscrita pelo promotor Edmilson Andrade Arraes de Melo, da Promotoria de Repressão a Sonegação Fiscal, e virou uma página que custou a Palocci a importante cadeira da Esplanada.
Em meio à polêmica sobre o desempenho da Projeto, em junho de 2011, o então ministro pediu demissão. Na ocasião, quatro deputados federais representaram à Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo para abertura de investigação contra Palocci por prestação de declaração falsa às autoridades fazendárias, adulteração de documentos referentes às operações tributáveis e sonegação.
"As diligências não detectaram a prática de crimes contra a ordem tributária, eis que a Fazenda Municipal afirmou que, após fiscalização, não encontrou elementos para lavratura de autos de infração", argumentou Arraes, em manifestação de 11 de abril de 2013 ao juiz Eduardo Pereira Santos Junior, do Departamento de Inquéritos e Polícia Judiciária (Dipo).
O rastreamento dos ganhos da Projeto estendeu-se para exercícios anteriores - 2007 (faturamento R$ 2,17 milhões, recolhimento de R$ 108,79 mil em ISS); 2008 (R$ 3,48 milhões, ISS de R$ 174,25 mil); e 2009 (R$ 10,055 milhões, tributo de R$ 502,75 mil).
A análise contábil quanto ao aumento do faturamento em 2010, informou a Secretaria de Finanças, "corroborou as informações prestadas pelo contribuinte, havendo o correto recolhimento do ISS".
Arraes ponderou. "Não tendo havido autuação fiscal, nem a apuração de conduta típica prevista na Lei 8.137/90 (Crimes Contra a Ordem Tributária), constata-se que não há elementos probatórios mínimos para a propositura da ação penal, motivo pelo qual requeiro o arquivamento dos autos."
Ele fez ressalva sobre a hipótese de lavagem de dinheiro. "A evolução de faturamento da empresa do investigado foi notável e fora do comum, especialmente no ano de 2010, evolução esta que não restou ainda bem esclarecida, o que pode indicar eventual prática de crimes previstos no artigo 1.º da Lei 9.613/98 (lavagem de dinheiro)."
O promotor requereu remessa dos autos ao Gedec, grupo da promotoria especializado em apuração de lavagem de ativos. Mas a defesa do ex-ministro, a cargo do escritório José Roberto Batochio Advogados Associados, alegou ao juiz que a suspeita de lavagem já fora "farta e exaustivamente" investigada em âmbito da Procuradoria-Geral da República, que arquivou o procedimento.
Arraes solicitou que fosse tornado sem efeito o último parágrafo de sua manifestação - o trecho sobre deslocamento do caso para o Gedec.

Deputado teve assinatura fraudada em votação dos royalties

Política

Polícia Legislativa concluiu que Zoinho (PR-RJ) não estava em Brasília, apesar de o nome dele constar da lista de presentes; autor da farsa é desconhecido

Gabriel Castro, de Brasília
Deputados no plenário da Câmara durante a votação, que acabou adiada, da divisão dos royalties do petróleo
Votação dos royalties aconteceu há seis meses (Laycer Tomaz/Câmara dos Deputados)
A Polícia Legislativa concluiu que houve fraude na votação dos vetos presidenciais ao projeto que trata da divisão dos royalties do petróleo, há seis meses. A assinatura do deputado Zoinho (PR-RJ) foi forjada, o que significa que alguém votou em nome dele. O deputado provou que, durante a votação, estava no Rio de Janeiro.
Por se tratar de veto presidencial, a votação de 6 de março não ocorreu pelo sistema eletrônico: em vez disso, os parlamentares precisaram assinar o nome em uma lista, pegar uma cédula de papel e se dirigir a uma cabine fechada para finalizar o voto. 
A comprovação da fraude não resolve a dúvida a respeito da autoria do crime. A Polícia Legislativa, que não chegou a uma conclusão sobre os responsáveis pela farsa, encaminhou o caso ao Ministério Público Federal.
Anulação – Há a suspeita de que a fraude tenha sido intencional – uma forma de induzir à anulação da votação. Zoinho é ligado ao deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), um dos que mais se mobilizaram contra o projeto de lei. "Sempre tive a convicção de que aquela votação havia sido fraudada", disse, nesta sexta-feira, Garotinho – que nega, claro, a hipótese de armação para favorecer os estados produtores de petróleo, como o Rio de Janeiro. O líder do PR foi o autor da denúncia de fraude, já no dia seguinte à votação.
Apesar da oposição dos estados produtores, não havia qualquer chance de o projeto ser derrubado, o que tira força da tese de que houve uma fraude para registrar o voto do deputado fluminense. Na Câmara, os vetos foram derrubados com o voto de 84% dos parlamentares.
Zoinho é o mesmo deputado que apareceu recentemente no Fantástico, da TV Globo, admitindo que pratica irregularidades com a verba de gabinete: "Honesto é só Jesus Cristo. Santo aqui em Brasília não existe", disse ele.


A derrubada dos vetos ao projeto significou uma derrota para os estados produtores de petróleo porque alterou o regime de divisão desses valores e retirou parte dos recursos de Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo.

Pesquisadores vão perfurar crosta terrestre para estudar origem de terremotos

Geologia

Perfuração irá ocorrer próxima à costa do Japão, país que é alvo de 20% dos principais terremotos mundiais

Navio Chikyu, vai perfurar a crosta terrestre perto do Japão para estudar terremotos
Navio Chikyu, que vai perfurar a crosta terrestre perto do Japão para estudar terremotos (Toshifumi Kitamura/AFP)
Uma equipe de cientistas iniciou nesta sexta-feira uma expedição para estudar a origem dos terremotos. Com duração de quatro meses, a missão prevê a perfuração da crosta terrestre quilômetros abaixo do fundo do mar, em região próxima à costa do Japão. O país é alvo de 20% dos principais tremores do planeta.

Saiba mais

CROSTA TERRESTRE
Parte mais externa da superfície do planeta, formada por rochas sólidas. É mais fina sob os oceanos, medindo até seis quilômetros, e mais grossa nos continentes, onde pode chegar a 60 quilômetros de espessura.
Os pesquisadores saíram a bordo do navio especializado Chikyu (nome que significa "Terra" em japonês), dotado com equipamentos de satélites e de uma torre de perfuração de 121 metros, que pode escavar 7.000 metros abaixo do fundo do mar. O barco zarpou do porto de Shimizu, no centro do Japão, para retomar o trabalho de perfuração a 80 quilômetros da costa japonesa, que teve início em 2007 e desde então prossegue regularmente sob o Oceano Pacífico.
Os cientistas devem perfurar até a falha geológica de Nankai ("a falha do mar do sul", em japonês), onde a placa do Mar das Filipinas passa sob a Placa Eurasiática. A intensa atividade geológica desta zona pode provocar a longo prazo um terremoto potencialmente devastador, muito maior que o do dia 11 de março de 2011, que ocorreu 1.000 quilômetros a Nordeste desta zona e causou um gigantesco tsunami no Japão.
Para saber mais sobre estes fenômenos, os cientistas querem perfurar até 3.600 metros sob o fundo oceânico durante esta missão. No ano que vem, outra missão no mesmo local deve chegar aos 5.200 metros, onde há fricção entre as placas.
"Pela primeira vez, a perfuração alcançará uma zona sísmica, onde é possível gerar uma energia considerável e provocar movimentos da crosta terrestre ao longo das falhas, provocando tsunamis", explicou Tamano Omata, pesquisador da Agência Japonesa de Ciências e Tecnologias Marinhas e Terrestres.
Os cientistas planejam instalar sensores na crosta e conectá-los a um sistema de análises situado em terra firme para poder estudar como a crosta se move nos instantes que antecedem um terremoto e, assim, fazer previsões melhores sobre tremores e tsunamis.
(Com Agência France-Presse)

Ministros do STF no mensalão: entre o 'palanque' e a 'prestação de contas'

Por Daniel Bramatti, estadao.com.br
veja.com
Advogados, professores e juristas avaliam o debate na Corte sobre influência da opinião pública na análise dos embargos infringentes



Ministros do STF no mensalão: entre o 'palanque' e a 'prestação de contas'
"'Novato'. Barroso suscitou o debate sobre opinião pública"
Nunca ficou tão evidente a preocupação dos ministros do Supremo Tribunal Federal com a opinião pública quanto na mais recente das cinco dezenas de sessões de julgamento do mensalão. Bastante discutida nos bastidores, a questão veio à tona diante das câmeras de televisão graças a um debate entre os ministros Marco Aurélio Melo e Luís Roberto Barroso.
De um lado, Marco Aurélio, contrário a um novo julgamento para parte dos condenados no mensalão e preocupado com a repercussão das decisões do tribunal. De outro, Barroso, favorável a uma nova análise dos crimes e dizendo-se alheio à voz das ruas (veja quadro ao lado).
Na quarta-feira, 18, o voto final sobre a possibilidade de aceitação dos embargos infringentes - cabíveis, segundo o regimento do STF, nos casos de condenação com placar apertado, mas não previsto mais na legislação brasileira desde 1990 - será dado pelo mais antigo ministro da Corte, Celso de Mello. O pano de fundo sobre o debate de quinta é justamente a pressão que recai sobre o decano: desempatar a votação sobre os infringentes, que está em cinco a cinco. Celso de Mello já indicou que é favorável ao recurso, que pode beneficiar condenados como o ex-ministro José Dirceu.
Para especialistas ouvidos pelo Estado, o diálogo de Marco Aurélio com Barroso evidencia que, por mais técnico que seja, o tribunal dá sim ouvidos à opinião pública ao julgar - mas isso está longe de significar que o chamado "clamor das ruas" dite as decisões do colegiado.
"O Poder Judiciário leva em conta a opinião pública, mas num conceito amplo de confiabilidade nas instituições", diz Marcelo Figueiredo, professor de Direito Constitucional na PUC-SP. "A decisão técnica do tribunal terá impacto na sociedade. Os ministros estão temerosos é de como esse resultado vai ser filtrado para a opinião pública, para que não haja um sentimento de impunidade".
Sobre o risco de uma decisão "política", o professor ressalta que o tribunal não está a serviço de interesses de partidos. "O Supremo é político. O direito constitucional tem um conteúdo político. Não político-partidário, mas no sentido de traçar políticas de Estado", diz Figueiredo.
"A opinião pública também entra no caldo de formação da decisão de qualquer julgador", afirma o advogado Roberto Delmanto Júnior, que concorda com a posição de Marco Aurélio. O advogado entende que não se trata de ficar refém do público, mas sim ter o dever diante dele. "Os juízes, como servidores públicos, devem se preocupar com a devida prestação jurisdicional, no que diz respeito ao direito de todos à Justiça.".
Para Luiz Flávio Gomes, ex-juiz criminal, a manifestação de Marco Aurélio foi equivocada. "Ele cometeu um erro crasso, fez um exercício de populismo penal e parecia político em palanque." Para Gomes, Barroso estava correto ao afirmar que o Supremo não deve votar "com a multidão". "Respeitar multidão é argumento político, isso não condiz com um julgamento".
Flávia Pivesan, professora-doutora de Direito Constitucional e Direitos Humanos da PUC-SP, também considera inadequada a discussão sobre opinião pública ocorrida na quinta-feira. "Se você votou em um deputado, em uma plataforma política, há todo sentido em cobrar dele lealdade. Mas isso não se pode exigir do Poder Judiciário, que se afirma em outra legitimação, a guarda das leis e da Constituição", afirma ela.
Por mais que a opinião pública tenha sido levada para o centro do processo, em algo todos os ouvidos pelo Estado concordam: não será esse fator que decidirá o voto de Celso de Mello sobre os embargos infringentes na próxima quarta-feira.
"Nenhuma pressão funcionará com ele, que é um ministro ético e trabalhador", afirma Luiz Flávio Gomes.

Ministério do Trabalho suspende por 30 dias repasses a convênios

Operação Esopo

Pasta é alvo de investigação da Polícia Federal, que desarticulou esquema de desvio de dinheiro

Manoel Dias, ministro do Trabalho
Dias anunciou também que, nesse período, não serão firmados novos convênios (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Estão suspensos por 30 dias os repasses de recursos do Ministério do Trabalho para convênios da pasta. O anúncio foi feito pelo ministro Manoel Dias (PDT) neste sábado, após uma longa reunião com equipes de técnicos, assessores e secretários, em Brasília, segundo informações da Agência Brasil. Nesse período, o ministério também não assinará novas parcerias.
O prazo foi definido para que não sejam realizados novos repasses até ser concluída a checagem da situação de cada convênio cadastrado na pasta. “Vamos verificar [os convênios] um por um e cancelar de imediato os convênios de qualificação firmados e não iniciados”, disse o ministro.
Ainda neste sábado, técnicos e dirigentes do ministério analisaram informações de relatórios gerenciais dos sistemas de acompanhamentos dos convênios da pasta. Os dados oficiais apontam a existência de 408 convênios ativos, que somam investimentos de 836,7 milhões reais – sendo 658,3 milhões referentes a convênios firmados com estados e 178,4 milhões diretamente com entidades privadas sem fins lucrativos ou universidades.
pente-fino nos convênios do Ministério do Trabalho foi determinado após a deflagração da Operação Esopo pela Polícia Federal (PF), que resultou na prisão de 22 pessoas. A ação da PF desarticulou um esquema de desvio de dinheiro público centrado no Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC), com sede em Minas Gerais e atuação em doze estados. Trata-se de uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) que funcionava de fachada para a realização de convênios com o ministério. No entanto, os serviços eram superfaturados ou, em algumas vezes, nem chegavam a ser prestados.


Por causa da operação, o número dois do ministério, o secretário-executivo Paulo Roberto Pinto, e o secretário de Políticas Públicas de Emprego, Sérgio Vidigal, ambos do PDT, pediram para deixar seus cargos. Quando houve a operação, Pinto chegou a ser levado à Polícia Federal para prestar esclarecimentos. 

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