sexta-feira 26 2013

Rico paga menos imposto; lanchas e jatinhos isentos

publicado em 24 de julho de 2013 às 18:07
Quanto o jatinho de Eike Batista pagou de Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)? Zero.
por Luiz Carlos Azenha
Pedro Delarue Tolentino Filho é presidente do Sindifisco, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil.
No 11 de julho, o Sindifisco se juntou a milhares de outros brasileiros que se manifestaram nas ruas, mas com uma pauta bem específica: por imposto justo (clique para conhecer a campanha).
O assunto é de grande atualidade. Os brasileiros tem exigido melhores serviços públicos na saúde, educação, transportes…
Isso custa dinheiro. A pergunta é: quem vai bancar os investimentos?
Hoje, Pedro sabe quem paga a conta. Desproporcionalmente, os mais pobres, que pagam os impostos embutidos nos produtos de consumo diário. E, sim, a classe média, que além de descontar o imposto de Renda na fonte e pagar os impostos do consumo, assume papel desproporcional no financiamento dos programas sociais.
Mas, por quê?
Porque os ricos pagam muito menos impostos do que deveriam. Motivos?
* Por causa de uma interpretação legal (que Pedro explica na entrevista abaixo), jatinhos, helicópteros e lanchas não pagam IPVA, o imposto sobre a propriedade de veículos automotores, embora todos sejam dotados de motores — por sinal, muito mais potentes que aqueles que empurram Fuscas e motocicletas pagantes de IPVA;
* O imposto sobre fortunas, previsto na Constituição de 1988, jamais foi regulamentado;
* Por causa das remessas de dinheiro para refúgios fiscais (o Sindifisco tem atuado contra projetos em andamento no Congresso que oferecem benefícios a quem trouxer o dinheiro de volta, premiando a sonegação);
* Por causa do chamado “planejamento tributário”, nome pomposo que se dá à tarefa de batalhões de advogados que procuram brechas nas leis para reduzir o pagamento de imposto — quando simplesmente não escrevem as leis em nome dos legisladores;
* Porque empresários ficaram isentos de pagar imposto sobre lucros e dividendos distribuídos, pela lei 9.249, de 26 de dezembro de 1995, sancionada durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
* Porque programas como o Refis — Programa de Recuperação Fiscal da própria Receita — acabam funcionando, na opinião do Sindifisco, como incentivo à sonegação.
O presidente do Sindifisco diz que qualquer estimativa sobre o montante sonegado todos os anos no Brasil é chute. Aponta para o cálculo do Sroonegômet, criado pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), que indica que a dívida acumulada a receber, pela Fazenda, é hoje superior a R$ 232 bilhões.
Resumo da entrevista: “No Brasil se tributa muito o consumo e muito pouco a renda e o patrimônio. Como a população em geral entende que o sistema tributário é muito complicado, é muito complexo… o que eu costumo dizer é que para cada milhão de pessoas que não conhecem os seus direitos, tem uma meia dúzia de pessoas que conhecem esses direitos muito bem e têm influência para legislar sobre leis que lhes são favoráveis, em prejuízo da maioria da população”.
Ouçam abaixo a entrevista completa e, querendo ajudar a campanha do Sindifisco, compartilhem. Pedro Delarue começa falando sobre a injustiça de lanchas, helicópteros e jatinhos não pagarem IPVA.
http://www.viomundo.com.br/denuncias/pedro-delarue-rico-paga-menos-imposto-no-brasil-jatinhos-e-lanchas-sao-isentos-e-refis-incentiva-a-sonegacao.html

Projeto prevê inclusão automática de políticos na malha fina da Receita Federal

Por InfoMoney, InfoMoney
Proposta tem a finalidade de submeter as declarações de Imposto de Renda de tais políticos a uma análise mais rigorosa




Projeto prevê inclusão automática de políticos na malha fina da Receita Federal




























SÃO PAULO – A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado deve votar em agosto o PLS 99/2009, que prevê a inclusão automática de políticos com mandato conquistado nas urnas na malha fina da Receita Federal.
De autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), a proposta tem a finalidade de submeter as declarações de Imposto de Renda de tais políticos a uma análise mais rigorosa que o geral, adotado para a maioria dos contribuintes.
Na malha fina, argumenta o senador, conforme publicado pela Agência Senado, a confrontação regular da variação de patrimônio com o nível de renda pode evitar irregularidades que muitas vezes só são descobertas muito tempo depois dos atos de improbidade.
Caso a proposta seja aprovada sem recurso, seguirá diretamente para análise na Câmara dos Deputados.

http://dinheiro.br.msn.com/tributos/story.aspx?cp-documentid=259278685

Veja 5 erros comuns que impedem o crescimento de sua empresa


Especialista em redução de gastos mostra erros mais comuns


Especialista em redução de gastos mostra erros mais comuns (© Getty Images)

Alguns erros que passam despercebidos pela maioria dos empresários podem representar a estagnação do negócio. Certas vezes, o problema está nos colaboradores que impedem o crescimento, outras, porém, o erro está na gestão, que acaba gastando mais que arrecadando.
Para Fernando Macedo, especialista em redução de gastos da Expense Reduction Analysts, existem diversos modos de saber se algo está errado nas contas da empresa, seja por gastos excessivos ou até se algum funcionário está levando “comissão por fora”. Confira a seguir 5 dicas dos erros mais comuns das empresas que impedem seu próprio desenvolvimento

Especialista em redução de gastos mostra erros mais comuns (© Getty Images)

1) Relatórios de despesas camuflados
Desconfie se receber relatórios extremamente resumidos e mal explicados, sem conclusões e com vícios, regras e padrões antigos, sem revisões atuais. Isso pode signficar uma camuflagem de gastos “extras”

Especialista em redução de gastos mostra erros mais comuns (© Getty Images)

2) O famoso “caixinha” da empresa
Quando os funcionários de um departamento querem criar o “caixinha” para despesas extras, fique atento. Segundo Macedo, eventualidades ou emergências devem estar previstas em planejamento. Quando o “caixinha” é criado, normalmente é porque há “preguiça, comodismo ou descaso, despesas a título de ‘disfarçar’ um eventual complemento salarial e até tentativa de encobrir falhas anteriores”

Especialista em redução de gastos mostra erros mais comuns (© Getty Images)

3) Custos “urgentes” ou “excepcionais”
Normalmente, os custos deveriam ser planejados e aprovados previamente. O especialista explica que o que surge como urgente ou excepcional normalmente ocorre pelos seguintes motivos: incompetência de colaboradores, displicência ou ausência de chefia competente ou colaboradores podem estar sendo beneficiados por fornecedores

Especialista em redução de gastos mostra erros mais comuns (© Getty Images)

4) Custos que ninguém sabe explicar
“São aqueles que aparecem todos os meses de forma automática, ao longo de muito tempo, e nunca ninguém tentou mudar?”, resume Macedo. Frases prontas como “sempre foi assim” ou “me mandaram fazer desse jeito” são as mais comuns de colaboradores quando são perguntados sobre a origem desses custos

Especialista em redução de gastos mostra erros mais comuns (© Getty Images)

5) Medo de ter o orçamento reduzido
Parece um absurdo, mas muitos departamentos não revisam orçamentos para reduzir custos, simplesmente por terem medo de mostrar que poderiam ter uma verba menor

http://dinheiro.br.msn.com/fotos/veja-5-erros-comuns-que-impedem-o-crescimento-de-sua-empresa-1#image=6


Estreia de 'Cleópatra' no cinema completa 50 anos

Por estadao.com.br
Filme, que ganhou quatro Oscars, foi protagonizado por Elizabeth Taylor e Richard Burton



Cleópatra, o filme que quase levou a 20th Century Fox à falência e que viu nascer o romance entre Elizabeth Taylor e Richard Burton, completa nesta quarta-feira, 12, 50 anos de sua estreia nos Estados Unidos.
Ganhador de quatro Oscars - direção de arte, fotografia, figurino e efeitos especiais - e indicado a outros cinco - ator (Rex Harrison), montagem, trilha sonora original, som e melhor filme -, o filme contou com um orçamento de US$ 44 milhões, equivalentes a cerca de US$ 330 milhões na atualidade.
No final, a arrecadação na bilheteria mundial deste "espetáculo dos espetáculos", foi de US$ 71 milhões, mas para então a Fox, que com Elizabeth Taylor se tornou o primeiro estúdio a assinar um contrato de US$ 1 milhão com uma estrela de Hollywood, já tinha vivido todo um inferno de adversidades.
A pré-produção começou no verão de 1960, nos estúdios Pinewood, próximo de Londres. O diretor artístico John DeCuir começou a construir os exóticos cenários que tinham encantado os executivos do estúdio meses atrás, mas após a saída do diretor Rouben Mamoulian e da pneumonia de Elizabeth Taylor, que passou por uma traqueostomia, a filmagem se mudou para Roma na busca de um clima que não afetasse a recuperação da atriz.
A filmagem, já com Joseph L. Mankiewicz à frente, mas com as baixas de Peter Finch (Julio César) e Stephen Boyd (Marco Antonio), que tinham outros compromissos em sua agenda, foi retomada nos estúdios Cinecittà, apesar do alto custo da redecoração dos cenários, incluída a reconstrução de Alexandria.
Rex Harrison e Richard Burton assumiram os papéis de Julio Cesar e Marco Antonio e a gravação se estendeu por dois anos e meio. A versão entregue por Mankiewicz era de seis horas, mas o estúdio o obrigou a reduzir a 192 minutos, apesar do pedido do cineasta para que lançassem o filme em duas partes, intituladas como Cesar e Cleópatra e Antonio e Cleópatra.
A Fox se negou categoricamente e tentou aproveitar o impulso midiático gerado pela relação sentimental entre seus protagonistas - acossados constantemente pela imprensa sensacionalista -, embora anos depois tenha lançado uma versão de 243 minutos, a primeira redução que feita originalmente por Mankiewicz.
Elizabeth Taylor usou 65 vestidos diferentes no filme, incluído um, o de sua entrada em Roma, confeccionado com peças de ouro 24 quilates. O orçamento só para o figurino da atriz chegou a US$ 200 mil da época.
A história sobre "a rainha do Nilo" era o sonho do renomado produtor Walter Wanger.
Para encarnar esse ícone feminino, considerado uma das mulheres mais fascinantes da História, Wanger procurava uma intérprete com a mistura perfeita de beleza, inteligência e força.
O produtor soube que a tinha encontrado quando viu Elizabeth em Um Lugar ao Sol, filme de 1951 de George Stevens, apesar da preferência do estúdio por atrizes como Joan Collins e Susan Hayward, enquanto o alvo de Mamoulian era Dorothy Dandridge.
O escândalo originado pelo romance entre Elizabeth Taylor e Richard Burton, que acabou com seus respectivos casamentos, é tão lembrado hoje quanto as joias de Bulgari que a atriz usou em "Cleópatra".
"Eu introduzi Liz no mundo da cerveja. Ela me ensinou o que era Bulgari. A única palavra que sei dizer em italiano é Bulgari", explicou Burton, que lembrava também que o casal não se incomodou com declarações do Vaticano sobre seu romance, inclusive qualificando Elizabeth como uma mãe "inadequada" e uma "vagabunda erótica".
Os atores se casaram em 1964 para se divorciarem uma década depois, casarem de novo em 1975 e divorciarem-se em 1976.
Cinco décadas depois, Angelina Jolie quer reviver o trabalho de Elizabeth Taylor em uma nova aproximação à figura da rainha egípcia, mas por enquanto parece que o projeto, nas mãos da Sony Pictures, já se deparou com a rejeição de diretores como James Cameron, Paul Greengrass, David Fincher e Ang Lee.

A sorte de um amor tranquilo; ou quase


'Antes da Meia-Noite' traz Jesse e Celine finalmente juntos, mas em crise



A sorte de um amor tranquilo; ou quase
"Cena do filme 'Antes da Meia-Noite'"
"Esperava ouvir algo romântico, mas não vai acontecer", diz Celine (Julie Delpy) a Jesse (Ethan Hawke) em uma cena de Antes da Meia-Noite, que chega hoje aos cinemas. "Sabe aquele cara bacana e romântico que você conheceu no trem? Sou eu", rebate Jesse em outro momento do filme, que fecha uma das trilogias mais bem-sucedidas da história das comédias (ou seriam tragicomédias?) românticas.
E assim a ação se desenvolve como em uma típica discussão de relação, a famigerada DR, que dura o filme todo e revela que, após 18 anos (desde que se conheceram em um trem, aos 20 anos, em Antes do Amanhecer, de 1995), estão finalmente casados e lidam com temas muito mais mundanos, como contas a pagar, carreiras, crise da meia-idade, criação dos filhos. Mas não seriam os outros dois filmes (Antes do Amanhecer e Antes do Anoitecer, de 2004, quando Celine e Jesse, já na casa dos 30, voltam a se encontrar) também DRs intermináveis? "Sim. Talvez por isso eles sejam tão próximos das pessoas. Porque, apesar do romantismo, são um casal tentando aprender a viver", disse Hawke ao Estado no Festival de Berlim, em fevereiro, onde o filme competiu.
Neste terceiro capítulo, descobrimos que eles estão finalmente casados e tiveram duas meninas, gêmeas, com as quais passam as férias na Grécia. Jesse, escritor de sucesso, está em um período sabático. Celine vive às voltas com mudanças na carreira de ambientalista e em dúvida sobre um novo emprego. Ele sugere se mudar para os EUA, onde estará mais perto do filho do primeiro casamento. Ela, que não quer viver na América, entra em crise e profere: "É o começo do fim".
Do fim desta história, não se sabe. Mas do fim de uma espera de anos para se saber o que aconteceu com o casal nos últimos oito anos. "Com todos os prós e contras. Pode-se dizer que este é o menos romântico dos filmes. Acho que seja talvez o mais", disse Hawke. "Eles amadureceram, envelheceram. São um casal que, além do romantismo de outrora, convive com a rotina, crises, dúvidas", completou Julie. "Aliás, ainda que ela, como diz Jesse, 'seja a prefeita da cidade dos loucos', e reclame sem parar, este não é um filme que implica com as mulheres. Pelo contrário. Ele tem muito de nossas vidas, ainda que seja ficção", acrescentou o diretor Richard Linklater que, ao lado de Hawke e Julie, assina a confecção deste roteiro tão realista e, muito por isso, belo.

MCCE quer reforma política sem mudar Constituição

 Por JOSÉ ROBERTO CASTRO E PEDRO VENCESLAU, estadao.com.br
A aposta para viabilizar a reforma política já para 2014 do juiz Márlon Reis, um dos coordenadores do Movimento...



A aposta para viabilizar a reforma política já para 2014 do juiz Márlon Reis, um dos coordenadores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, é um projeto que não exija mudanças na Constituição. Sem alterar a Constituição, em vez de três quintos dos votos, é necessário apenas maioria simples dos votos na Câmara e no Senado, metade mais um.
O objetivo é conseguir 1,5 milhão de assinaturas até o dia 4 de agosto, o que faria com que o projeto de reforma do Movimento Eleições Limpas chegasse ao Congresso Nacional com um tempo razoável para ser aprovado. Para valer em 2014, o projeto de iniciativa popular precisa ser aprovado na Câmara e no Senado até o dia 4 de outubro, um ano antes da eleição.
O número de assinaturas obtidas até o momento é um mistério, já que o movimento não tem como contabilizar o número coletado pelas diversas frentes de divulgação do movimento, como igrejas, OABs e Maçonaria, por exemplo. As assinaturas eletrônicas, colhidas pelo site do movimento somam cerca de 70 mil. "O tempo do Congresso é um tempo político. Se a sociedade mostrar com as assinaturas que esta é uma demanda, é possível aprovar em um tempo menor que esse", afirma.
Projeto
A principais mudanças no projeto apresentado são sobre o sistema eleitoral e o financiamento. No financiamento, a proposta é limitar as doações às pessoas físicas com um limite de até R$ 700. O projeto elimina a contribuição de empresas.
A mudança proposta no sistema eleitoral prevê a eleição de vereadores, deputados estaduais e federais em três etapas. A primeira etapa seria a realização de primárias dentro dos partidos e os candidatos seriam ordenados de acordo com a votação. Em um segundo momento, aconteceria o primeiro turno da eleição com as pessoas votando em partidos, não em candidatos. A proporção de voto recebida por cada partido determina quantas cadeiras ele terá. No segundo turno das eleições, cada partido lança dois candidatos por vaga conquistada, os nomes que disputam esta eleição são os mais bem colocados na primária. O eleitor vota mais uma vez e escolhe os futuros parlamentares.

Capital Inicial - Acústico



Oposição vai ao Ministério Público contra Cabral

 Por LUCIANA NUNES LEAL, estadao.com.br
Em:  09/07/2013
Três deputados estaduais de oposição protocolaram duas representações contra o governador do Rio, Sérgio Cabral...



Três deputados estaduais de oposição protocolaram duas representações contra o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), pelo uso de helicóptero oficial do Estado para fins particulares. Ao Ministério Público Federal (MPF), os parlamentares pedem investigação de crime de peculato (uso, por parte de servidores, de recursos ou bens públicos para proveito próprio). No Ministério Público Estadual (MPE), formalizaram denúncia de improbidade administrativa (conduta inadequada de agente público).
Os deputados Paulo Ramos (PDT) e Marcelo Freixo (PSOL) estiveram na manhã desta terça-feira, 9, na sede do Ministério Público, mas o procurador-geral, Marfan Vieira, não estava. Eles foram recebidos pelo subprocurador-geral de Direitos Humanos e Terceiro Setor, Ertulei Matos. O deputado Luiz Paulo (PSDB) também assina as representações enviadas aos MPs federal e estadual.
Reportagem da revista Veja desta semana revelou que um helicóptero de luxo do governo do Estado é usado nos fins de semana para transportar o governador, a família, babás dos filhos e até o cachorro, Juquinha, para Mangaratiba, no litoral sul, onde Cabral tem casa de veraneio. A reportagem disse ainda que Cabral usa helicópteros oficiais para ir ao trabalho, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, partindo do heliponto da Lagoa, a uma distância de dez quilômetros.
O MPE abriu procedimento na segunda-feira, 08, para apurar possíveis irregularidades, mas os parlamentares argumentaram que a representação "fortalece as investigações". Além disso, no caso de arquivamento da investigação, os deputados, como autores da denúncia, podem recorrer contra a decisão ao Órgão Especial do Ministério Público.
Segundo Freixo, a denúncia de crime de peculato será investigada pelo MPF em Brasília. Por ser governador, Cabral tem foro privilegiado e um possível processo tramitaria no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Os parlamentares pediram informações ao governo do Estado e à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre os voos dos helicópteros oficiais. "É um absurdo que o Estado tenha sete helicópteros a serviço do Executivo. É preciso abrir essa caixa e mostrar onde são usados, por quem, a serviço de quem", disse Freixo.
Os deputados também tentam colher assinaturas para abertura de uma CPI sobre o uso dos helicópteros para fins particulares, mas reconhecem as dificuldades de chegar a 24 assinaturas necessárias diante da ampla base governista. "Existe no Legislativo uma proteção ao Executivo", disse Ramos.
"A sociedade ouviu o Ministério Público e derrubou a PEC 37 (que reduzia o poder de investigação de promotores e procuradores). Agora é hora de o MP ouvir a sociedade e fazer essa investigação", disse Freixo.

Procuradores pressionam Alckmin com abaixo-assinado

Por Fausto Macedo, estadao.com.br
Eles se opõem a projeto que obriga a categoria a defender integrantes do governo envolvidos em casos de improbidade



Inquietos e céticos com o projeto de Lei Orgânica da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) que alegam tramitar "sob segredo" e que poderá transformá-los em defensores de agentes públicos - inclusive acusados por improbidade e corrupção -, 800 procuradores subscreveram abaixo-assinado no qual pedem ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) que submeta o texto ao Conselho Superior da PGE antes de enviá-lo à Assembleia Legislativa.
A mobilização da classe não tem precedentes na história da Procuradoria, órgão essencial para o Estado, o qual representa judicialmente e zela pela constitucionalidade dos atos de governo. Os procuradores em atividade são pouco mais de mil - 80% do efetivo endossou o apelo a Alckmin.
A entrega do extenso abaixo-assinado ocorreu na Casa Civil, em audiência sexta feira passada com o secretário adjunto da pasta, Mendes Junior. É o capítulo mais tenso das relações entre os procuradores e o chefe da instituição, Elival da Silva Ramos, a quem atribuem interesse em manter oculta a redação final do projeto.
O Conselho Superior da PGE é órgão superior da instituição, integrado por 14 procuradores, 5 natos e 9 eleitos pela categoria, estes com mandato de dois anos. O colegiado pode sugerir e opinar sobre alterações na estrutura da PGE e atribuições.
"Nossa maior preocupação é que o projeto, da forma como o conhecemos, deixa vulnerável a Procuradoria, enfraquece o poder de controle sobre os negócios da administração, a nossa análise da legalidade sobre licitações, contratos e convênios", alerta Márcia Semer, presidente da Associação dos Procuradores do Estado, que levou o abaixo assinado à Casa Civil, acompanhada do presidente do Sindicato dos Procuradores, Newton Jorge, e de 8 conselheiros.
O documento a Alckmin diz: "Sabedores de que a transparência e a legalidade são princípios inarredáveis que orientam o seu governo, requeremos seja reenviado o anteprojeto de Lei Orgânica ao Conselho da PGE."
Márcia sustenta que "assombra" seus pares dispositivo que os obriga a terem de fazer a defesa de servidores, efetivos e comissionados, em demandas judiciais. "Não fazemos esse trabalho de defesa de autoridades. Somos advocacia de Estado, não de governo."
Na sessão do dia 5 do Conselho, Silva Ramos repudiou taxativamente a versão de que a instituição servirá de escudo jurídico de corruptos. "Uma coisa absolutamente falsa e maldosa."
A procuradora teme que não tenha mais chance de avaliar o projeto. "Queremos apenas que o texto seja submetido a uma apreciação do Conselho, mas fomos informados de que, a despeito do abaixo-assinado, o governo está decidido a mandar para o Legislativo", diz. "A classe está em polvorosa. Expressamos ao governador toda a nossa contrariedade diante de projeto formatado sem transparência, questionável, que promove concentração exacerbada de poderes nas mãos do procurador-geral."

Procuradoria aciona espólio de Quércia

 Por Fausto Macedo, estadao.com.br
A Procuradoria-Geral de Justiça ingressou com ação de execução contra o espólio do ex-governador de São Paulo Orestes...



A Procuradoria-Geral de Justiça ingressou com ação de execução contra o espólio do ex-governador de São Paulo Orestes Quércia (1987/1990) para reparação de dano ao Tesouro no valor de R$ 1,45 milhão. A medida tem base em sentença que impôs a Quércia condenação por improbidade administrativa.
Em 1988, o Departamento de Estradas e Rodagem (DER) recapeou estradas na zona rural de Pedregulho (SP) e aproveitou para instalar uma cerca de 10 quilômetros de mourões na fazenda Nossa Senhora Aparecida, de propriedade de Quércia, então vice-governador.
Em 1998, a 3.ª Vara da Fazenda Pública da Capital condenou Quércia à devolução do valor gasto pela autarquia, à época calculado em R$ 69.577,20. Entre recursos, apelações e embargos, o caso chegou ao Supremo Tribunal Federal, que deu sentença definitiva. Técnicos da promotoria atualizaram a quantia, acrescida de multa, custas e uma vez o valor da lesão, chegando aos R$ 1.454.692.
Quércia morreu em 2010. A cobrança recai sobre o espólio, representado pelos herdeiros - dois ex-superintendentes do DER terão de desembolsar soma igual. A investigação sobre os mourões foi realizada em 1993 pelo então promotor Márcio Fernando Elias Rosa. Vinte anos depois a execução está a cargo do próprio Elias Rosa, que hoje ocupa a cadeira de procurador-geral, mandatário máximo do Ministério Público Estadual.

Pesquisa questiona eficácia da maconha no tratamento da esclerose múltipla

Esclerose múltipla

Estudo britânico mostrou que o uso do THC — principal componente da cannabis — não trouxe benefício algum no controle da evolução da doença

Cânabis
Alguns estudos sugeriam o uso da cânabis no tratamento da esclerose múltipla (Thinkstock)
Um estudo realizado na Universidade de Plymouth, no Reino Unido, aponta que a maconha não é eficaz no tratamento da esclerose múltipla. De acordo a pesquisa publicada no periódico The Lancet Neurology, o tetrahidrocarbinol (THC), principal componente da erva, não reduz a velocidade da progressão da doença. A conclusão é mais uma evidência em um debate que divide cientistas sobre o possível uso da cannabis no tratamento da esclerose múltipla.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Effect of dronabinol on progression in progressive multiple sclerosis (CUPID): a randomised, placebo-controlled trial

Onde foi divulgada: periódico The Lancet Neurology

Quem fez: John Zajicek, Susan Ball, David Wright, Jane Vickery, Andrew Nunn, David Miller, Mayam Gomez Cano, David McManus, Sharukh Mallik, Jeremy Hobart

Instituição: Universidade de Plymouth, Reino Unido

Dados de amostragem: 500 pessoas com esclerose múltipla

Resultado: Não foi encontrada evidência de que o THC, substância presente na maconha, tenha evitado a progressão da esclerose múltipla.
O levantamento da equipe britânica demorou oito anos para ser realizado, e teve a participação de cerca de 500 pessoas com esclerose múltipla, uma doença autoimune que prejudica o funcionamento dos neurônios. Por três anos, os voluntários foram divididos em dois grupos: um deles recebia cápsulas contendo THC; o outro não ingeriu a substância. Durante todo o período, os responsáveis pelo trabalho acompanharam a evolução da enfermidade em ambos os grupos. 
Ao final, não foram encontradas evidências de que as cápsulas com THC tivessem exercido qualquer impacto na progressão do distúrbio. Segundo eles, algum benefício pode, de fato, ter ocorrido em um pequeno grupo de indivíduos. Mas são necessárias análises mais profundas para entender as reais razões para que isso tenha acontecido.
“Os tratamentos para esclerose múltipla são limitados, focando no sistema imunológico no estado inicial da doença ou focando em aliviar sintomas específicos, como os espasmos musculares, a fadiga ou problemas na vesícula. No momento, não existe um tratamento disponível para reduzir a velocidade da evolução da esclerose múltipla depois que ela se torna progressiva”, diz John Zajicek, integrante da equipe que realizou o estudo.
“Alguns experimentos de laboratório sugeriram que certos derivados de cannabis podem ser neuroprotetores, mas, no geral, nossa pesquisa não tem mostrado resultados favoráveis a esses experimentos.”


Esse não é o primeiro artigo publicado em uma importante revista científica questionando o uso da maconha para a esclerose múltipla. No final de 2012, um estudo publicado no britânico Drug And Therapeutics Bulletin, do grupo British Medical Journal (BMJ), já havia colocado em xeque a eficácia da substância.

1 em 4 erros cirúrgicos se deve a problemas com tecnologia

Cirurgia

Segundo pesquisa, esses problemas incluem, por exemplo, o uso indevido da tecnologia pelo profissional e a falta de equipamento no momento da operação

Consulta pública: na lista de 50 procedimentos disponíveis para voto, constam 36 tipos de cirurgias minimamente invasiva por videolaparoscopia
Cirurgia: problemas com tecnologia e equipamentos correspondem a 20% dos erros maiores registrados em uma sala de operação (Jupiterimages/Thinkstock)
Uma análise publicada nesta quinta-feira no periódico BMJ Quality and Safe sugere que a cada quatro erros médicos que ocorrem durante uma cirurgia, um é provocado por problemas relacionados à tecnologia ou a algum equipamento. A maioria desses problemas se dá por inabilidade do profissional em usar a tecnologia ou o equipamento, pela falta de disponibilidade dos mesmos e por defeitos nas máquinas.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Surgical technology and operating-room safety failures: a systematic review of quantitative studies​

Onde foi divulgada: periódico BMJ Quality and Safe

Quem fez: Ruwan A Weerakkody, Nicholas J Cheshire, Celia Riga, Rachael Lear, Mohammed S Hamady, Krishna Moorthy, Ara W Darzi, Charles Vincent e Colin D Bicknell

Instituição: Imperial College de Londres

Dados de amostragem: 28 pesquisas sobre erros durante cirurgias

Resultado: Aproximadamente um quarto (23,5%) dos erros que ocorrem durante uma cirurgia se deve a problemas relacionados à tecnologia ou a algum equipamento. Por exemplo: uso indevido da tecnologia, indisponibilidade do equipamento ou mau funcionamento deste. Esses problemas também correspondem a 20% de todos os erros maiores em salas de operação.
Estudos anteriores já mostraram que erros médicos atingem até 16% de todos os pacientes que são internados em hospitais.  De acordo com a nova pesquisa, feita por especialistas do Imperial College de Londres, na Grã-Bretanha, são registrados 2,4 erros para cada operação, em média.
As conclusões do levantamento se basearam em 28 pesquisas que já haviam sido publicadas sobre erros e problemas que ocorrem em uma sala de operação. Segundo a análise, um quinto de todos os problemas que ocorrem durante uma cirurgia pode ser considerado como “maior”. E, dos erros maiores, 20% são provocados por problemas relacionados à tecnologia ou a algum equipamento. Problemas de comunicação entre os profissionais e falhas técnicas, por exemplo, são menos prevalentes e correspondem a 8% e 13%, respectivamente, desses erros maiores. 
Segundo os pesquisadores, os maiores problemas ocorrem nas cirurgias mais dependentes de tecnologia. No entanto, os especialistas ressaltam que esses resultados não querem dizer que os médicos devem evitar o uso da tecnologia, já que, na opinião deles, o avanço tecnológico melhorou as chances de sobrevivência dos pacientes ao longo dos anos. 
"O uso crescente da tecnologia em todas as especialidades cirúrgicas também pode aumentar a complexidade do processo cirúrgico e, por isso, representar um aumento da propensão ao erro de falha de equipamento”, escreveram no artigo. No entanto, os autores recomendam que a revisão dos equipamentos médicos passe a ser uma prática rotineira dos profissionais da saúde e entre no Checklist de Segurança em Cirurgias da Organização Mundial da Saúde (OMS) — lista que inclui, por exemplo, dados do paciente, aplicação de anestesia e questões sobre o histórico de saúde do indivíduo.

Novas cédulas de R$ 2 e R$ 5 começam a circular na segunda-feira

Moeda

Além de menores, notas terão quebra-cabeça que só será 'resolvido' ao ser exposto contra a luz

Novas notas de 5 e 2 reais
Cédulas serão menores e terão quebra-cabeça (Divulgação/BC)
Começam a circular no mercado a partir desta segunda-feira as notas de 2 e 5 reais da segunda família de cédulas do real, segundo informações do Banco Central (BC) divulgadas na tarde desta sexta-feira. Há um ano entraram em circulação as novas notas de 10 e 20 reais e, em dezembro de 2010, as de 50 e 100 reais.
Entre os principais dispositivos de segurança das cédulas estão a marca d'água, a marca tátil (impressão em alto-relevo), número escondido, itens fluorescentes, microimpressões e o quebra-cabeça, que é uma novidade: impressão de partes complementares do valor das cédulas, formando uma figura completa apenas quando a cédula é exposta contra a luz.
No caso das cédulas de 2 reais, a cor continua a ser predominantemente azul, mas as dimensões agora são de 121 mm x 65 mm. Segundo o BC, em um dos lados segue a efígie da República como figura principal, o número '2', a marca tátil, as expressões 'República Federativa do Brasil' e 'Deus seja louvado', as legendas '2 reais' e '2010' (ano de aprovação do design da cédula), o quebra-cabeça, o número escondido e o elemento fluorescente. Já no verso, aparece a tartaruga-marinha como figura principal, as expressões 'dois reais' e 'Banco Central do Brasil', o número '2', o quebra-cabeça, as microchancelas (assinaturas impressas) e a dupla numeração da cédula, uma localizada no canto inferior esquerdo e a outra, fluorescente, no canto superior direito.
No caso da nota de 5 reais, a cor que prevalece é o lilás e as dimensões são de 128 mm x 65 mm. Os desenhos são parecidos com os impressos na nota de 2 reais, com a exceção da garça, animal que aparece como figura principal.
(com Estadão Conteúdo)

Legião Urbana - Acústico MTV (Completo com Legenda)



Após protestos, aprovação a governadores cai junto com popularidade de Dilma

 Por Pedro Venceslau, estadao.com.br
Entre 11 administrações avaliadas em pesquisa CNI/Ibope, a de Sérgio Cabral, no Rio, tem pior desempenho e Eduardo Campos, de Pernambuco, tem o melhor



Os números da pesquisa Ibope divulgados ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que as manifestações populares de junho que derrubaram a popularidade da presidente Dilma Rousseff também atingiram em cheio os principais governadores do País, independentemente da coloração partidária ou da relação com o governo federal.
Principal alvo dos movimentos no Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral (PMDB), que tenta viabilizar a candidatura de seu vice, Luiz Pezão, para suceder-lhe no Estado, foi o mais prejudicado entre os 11 governadores incluídos na sondagem.
Apenas 12% dos entrevistados consideraram seu governo ótimo ou bom. E só 25% disseram que sua administração inspira confiança. Reeleito no primeiro turno da eleição de 2010 com 66,08% dos votos válidos, Cabral vive o pior momento de sua carreira no executivo fluminense. Em novembro daquele ano, por exemplo, sua gestão foi avaliada como ótima ou boa por 55% dos entrevistados do Datafolha.
O mesmo instituto mostrou, em pesquisa divulgada no último mês de junho, que ele contava com 25% de aprovação.
Enquanto em outras partes do País os protestos arrefeceram, no Rio eles são praticamente diários. Até a casa do governador, no bairro do Leblon, tem sido alvo de cercos de grupos que pedem sua renúncia.
No Rio, o índice de entrevistados que consideram o governo de Dilma ótimo ou bom é de 19%.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que se articula para disputar o Palácio do Planalto no ano que vem contra Dilma, foi o mais bem avaliado da pesquisa Ibope. Sua gestão foi considerada ótima ou boa por 58% dos entrevistados. Dilma tem aprovação menor do que ele entre os pernambucanos: 41% aprovam a gestão da petista no Planalto.
Apesar de liderar o ranking dos governadores mais bem avaliados no momento, ele está distante do seu melhor desempenho. Na pesquisa do Datafolha divulgada em novembro de 2010 ele contava com 80% de aprovação e parecia imbatível.
O segundo governador mais bem avaliado foi Beto Richa (PSDB), do Paraná. Seu governo foi considerado ótimo ou bom por 41% dos entrevistados.
São Paulo. Chefe do executivo de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que tentará a reeleição, foi o quarto governador mais mal avaliado. Com 26% de citações no item ótimo ou bom, ele só ficou atrás de Tarso Genro (PT), do Rio Grande do Sul (25%), Marconi Perillo (PSDB), de Goiás (21%) e Cabral. Alckmin tinha 52% de aprovação antes do início das manifestações, segundo o Datafolha. O índice caiu para 38% no fim daquele mês de junho. Agora o Ibope aponta 26%.
Um dos alvos preferenciais dos manifestantes mineiros, o governador Antonio Anastasia (PSDB), que não pode se reeleger, apareceu com 36% de ótimo e bom. Se o índice não está tão ruim perto de colegas de outros Estados, a situação é bem pior do que já foi. No Datafolha de novembro de 2010, seu governo tinha boa avaliação de 59% da população mineira.
Anastasia é afilhado político e sucessor do no Estado do senador Aécio Neves, nome do PSDB que deverá disputar a eleição presidencial de 2014.
Na média nacional, 28% dos entrevistados consideram que o governador de seu Estado tem uma gestão ótima ou boa. O índice nacional em relação à gestão Dilma é de 31%.
A pesquisa do Ibope foi realizada entre 9 e 12 de julho, com 7.686 pessoas, em 434 municípios. A margem de erro dos números nacionais é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. No caso dos Estados, a margem cresce para três pontos.

Campos e Aécio Neves tentam isolar PT paulista

Política

Todos Tem Uma Estratégia Para Se Ter Um Lugar Na Esfera Política. Estratégia Para Melhorar As Condições De Completo Abandono Na Saúde, Educação, Segurança... Ninguém Tem.

Diálogo nacional acelerou a aproximação dos tucanos com o PSB, que sinaliza apoio à reeleição de Geraldo Alckmin e tem interesse pela vaga de vice na chapa

Senador Aécio Neves (PSDB/MG) e o governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB/PE)
Neves e Campos são potenciais adversários de Dilma Rousseff nas eleições de 2014 (Sergio Lima/Folha Imagem e Dida Sampaio/Agência Estado)
A aproximação política do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e do senador mineiro Aécio Neves (PSDB), potenciais adversários de Dilma Rousseff na corrida presidencial de 2014, prevê uma tática de isolamento do PT na disputa pelo governo paulista. A dupla trabalha para que seus partidos estejam juntos nos estados onde o cenário local mostra uma conjuntura viável. São Paulo é um dos pilares dessa estratégia.
O diálogo nacional acelerou a aproximação dos tucanos com o PSB no estado de São Paulo. O partido de Campos sinaliza apoio à reeleição do tucano Geraldo Alckmin e mostra interesse pela vaga de vice na chapa. Apesar de integrar o primeiro escalão do governo paulista desde a gestão de Mário Covas, o PSB nunca apoiou o PSDB nas disputas eleitorais. Alckmin dá como certo o apoio do DEM, PTB, PPS, PRB e PSC, e negocia com PP e PR. Como PMDB, PSD, PDT e PV devem lançar candidatos próprios, restam poucas alternativas de aliança para os petistas no estado. O PSB tem 1m10s nas inserções de rádio e TV.
Um dos principais interlocutores de Eduardo Campos no Congresso e presidente do PSB mineiro, deputado Julio Delgado, disse esperar que seu partido e o PSDB estejam juntos em pelo menos três estados estratégicos no ano que vem. "A peculiaridade de Minas Gerais (onde os dois partidos estão juntos) é a mesma de Pernambuco. A gente também tem essa preocupação com São Paulo, que é o estado mais importante nesse contexto", disse o parlamentar nesta quinta-feira.
Aliados de Aécio dizem que o acordo seria bom para o senador, e melhor ainda para Campos, pois fortaleceria um palanque local de oposição a Dilma. No primeiro turno, os dois presidenciáveis fariam campanhas separadas no estado, mas, no segundo, estariam unidos contra a petista.
Vice cobiçada – O presidente do PSB paulista, Márcio França, reuniu-se na semana passada com o deputado Duarte Nogueira, dirigente do PSDB no estado. Ele pediu que os socialistas indicassem o candidato a vice na chapa de Alckmin. França é um interlocutor frequente do governador, faz parte do núcleo político do Palácio dos Bandeirantes e ele mesmo pleiteia essa vaga. O problema é que outras siglas têm a mesma demanda. "O PTB vai reivindicar o cargo de vice. Somos o partido mais consistente da aliança", afirmou o presidente do PTB paulista, o deputado estadual Campos Machado.
Aliado de Alckmin no interior de São Paulo, o prefeito de Campinas, Jonas Donizete (PSB), disse que uma eventual aliança do governador com os socialistas daria um "tempero" que a chapa tucana nunca teve em São Paulo. "O Márcio França agregaria algo novo na candidatura de Alckmin", disse Donizete. Líderes do PSB acreditam que a composição "ganharia a sua parte de esquerda", o que poderia atrair um eleitor mais resistente a votar no PSDB. O PSB paulista, em especial na capital, tem histórico de aliado do PT.
Erundina – Outra alternativa ventilada por setores do PSB é lançar uma candidatura própria ao governo. Isso daria um palanque mais consistente para Eduardo Campos em São Paulo. Dois nomes têm força dentro do partido, caso seja essa a escolha dos dirigentes socialistas: a deputada Luiza Erundina, que deve coordenar a campanha de Campos em São Paulo, ou o próprio Márcio França.
Segundo um membro da executiva estadual do PSB, Erundina, que é egressa do PT e foi prefeita da capital paulista, tem mais "consistência eleitoral" do que França. A cúpula do PSB paulista pretende fazer uma reunião com os diretórios municipais do estado para sentir a reação da aproximação com Alckmin. Caso isso ocorra, o PSB estuda lançar a candidatura em voo solo na disputa pelo governo paulista.
A estratégia do PSB em São Paulo segue à risca o que disse Julio Delgado sobre a costura dos palanques de oposição a Dilma no país. Se houver uma decisão favorável a candidaturas estaduais próprias, PSDB e PSB trabalhariam separadamente no estado, mas respeitando um pacto de não agressão. No entanto, na esfera federal, em eventual segundo turno, as siglas se aliariam de vez, apoiando quem fosse para o embate com a petista. "Acho que temos condição de pensarmos num palanque comum, ou em pacto de não agressão, se tivermos dois palanques", afirmou Delgado. Segundo o deputado mineiro, em algum momento Aécio e Campos se unirão contra a candidatura da presidente.
"A máxima é verdadeira para os dois: tanto o Eduardo quer ter uma boa votação em Pernambuco e no Nordeste. Mas ele sabe que não terá unanimidade, o que vai obrigá-lo a deixar espaço para outra candidatura que não seja da presidente Dilma. Assim também é para Aécio", completou. Delgado assumiu a presidência do PSB em Minas com a missão de viabilizar um palanque no estado, segundo maior colégio eleitoral do país, para Eduardo Campos, se ele for mesmo candidato à presidência. Ele tomou o lugar do ex-ministro Walfrido Mares Guia, amigo pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que declara abertamente apoio à reeleição de Dilma Rousseff.


(Com Estadão Conteúdo)

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ANÁLISE: políticos falharam na resposta às ruas, mostra pesquisa

 Por José Roberto de Toledo, estadao.com.br
As respostas dos políticos aos protestos de rua não satisfizeram os brasileiros. A ação mais bem avaliada, por...



As respostas dos políticos aos protestos de rua não satisfizeram os brasileiros. A ação mais bem avaliada, por comparação, foi a da presidente Dilma Rousseff. Mesmo assim, 46% dos entrevistados pelo Ibope desaprovam a resposta de Dilma às manifestações, e apenas 27% aprovaram. A insatisfação popular aumenta diante da reação de governadores, prefeitos, senadores e deputados, nessa ordem.
Apesar das votações de emergência feitas pelos congressistas, a Câmara dos Deputados e o Senado tiveram a resposta mais mal avaliada pela população: 56% e 55% de desaprovação, respectivamente, contra apenas 14% de pessoas que as aprovaram. Ou seja: quatro reações negativas para cada positiva.
Para a média dos governadores, a desaprovação às suas respostas foi de 48%, contra 20% de aprovação. Para prefeitos, foi 47% a 21%. Mas a média oculta diferenças grandes de Estado para Estado. Em São Paulo e Rio de Janeiro, palco das maiores manifestações, as reações dos governadores foram pior avaliadas que as dos governos de Pernambuco e Ceará, por exemplo.
A nota "vermelha" generalizada dada à reação dos governantes ajuda a explicar por que quase todos eles estão tão mal avaliados pela população. Se as manifestações de rua foram o sinal de alerta, a pesquisa Ibope/CNI é o aviso de que o pior não passou. A insatisfação continua, é ampla, geral e apartidária.
Os perdedores são muitos, se não todos os governantes. Mesmo quem aparece melhor na pesquisa, como o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) e seus 58% de aprovação, já desfrutou de taxas de aprovação mais altas no passado.
Não por acaso, Campos foi um dos governantes que submergiram durante a crise de representação política no País. Talvez por isso tenha perdido menos do que quem deu a cara a bater, como Dilma e os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e do Rio de Janeiro, Sergio Cabral (PMDB).

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