quinta-feira 23 2020

Caminhada: 11 benefícios, como emagrecer e como começar


Ela controla a pressão, diabetes, protege contra demência e ainda emagrece
A caminhada é um dos exercícios mais fáceis de realizar, pois não exige habilidade, é barata, pode ser feita praticamente a qualquer hora do dia, não tem restrição de idade e ainda pode ser executada dentro de casa se você tiver uma esteira.
Na pesquisa Life Insights: Health Report 2017, feita pelo Minha Vida, 49,3% da população faz exercícios aeróbicos regularmente; 21,8% fazem exercícios de vez em quando; e 26,8% não fazem exercícios físicos. Além disso, 59,2% dos participantes procuram andar a pé sempre que possível para ter uma vida mais saudável. Ou seja, ainda tem bastante gente precisando de motivação para pular da cama e se movimentar.
Entre as pessoas que já caminham ou fazem alguma outra atividade aeróbica, os principais motivos são: para envelhecer com mais saúde (78,2%), para se sentir mais disposto (76%) e para se manter em forma (66,5%). Nesse grupo, 53,3% se exercita sem academia de ginástica e 46,7% frequenta a academia. E, claro, 9,6% dos participantes confessaram que pagam a academia, mas nunca vão. Aposto que você conhece alguém assim!
"Para uma pessoa que não pratica nenhum tipo de esporte, uma caminhada de apenas 10 minutos por dia já provoca efeitos perceptíveis ao corpo, depois de apenas uma semana", explica o fisiologista do esporte Paulo Correia, da Unifesp.
Além da melhora do condicionamento físico, as vantagens de caminhar para a saúde do corpo e da mente são muitas, e comprovadas pela ciência. O Minha Vida reuniu 11 benefícios que esse hábito pode fazer para você. Confira aqui e movimente-se!
Benefícios da caminhada
A caminhada é uma ótima forma de começar um novo estilo de vida. Quer saber mais? Veja detalhes sobre os benefícios da caminhada:
1. Melhora a circulação
Um estudo feito pela USP, de Ribeirão Preto, provou que caminhar durante aproximadamente 40 minutos é capaz de reduzir a pressão arterial durante 24 horas após o término do exercício. Isso acontece porque, durante a prática do exercício, o fluxo de sangue aumenta, levando os vasos sanguíneos a se expandirem, diminuindo a pressão.
Além disso, a caminhada faz com que a as válvulas do coração trabalhem mais, melhorando a circulação de hemoglobina a e oxigenação do corpo. "Com o maior bombeamento de sangue para o pulmão, o sangue fica mais rico em oxigênio. Somado a isso, a caminhada também faz as artérias, veias e vasos capilares se dilatarem, tornando o transporte de oxigênio mais eficiente às partes periféricas do organismo, como braços e pernas", explica o fisiologista Paulo Correia.
2. Deixa o pulmão mais eficiente
O pulmão também é bastante beneficiado quando caminhamos. De acordo com Paulo Correia, as trocas gasosas que ocorrem nesse órgão passam a ser mais poderosas quando caminhamos com frequência. Isso faz com que uma quantidade maior de impurezas saia do pulmão, deixando-o mais livre de catarros e poeiras.
"A prática da caminhada, se aconselhada por um médico, pode ajudar também a dilatar os brônquios e prevenir algumas inflamações nas vias aéreas, como bronquite. Em alguns casos mais simples, ela tem o mesmo efeito de um xarope bronco dilatador", explica.
3. Combate a osteoporose
O impacto dos pés com o chão tem efeito benéfico aos ossos. A compressão dos ossos da perna, e a movimentação de todo o esqueleto durante uma caminhada faz com que haja uma maior quantidade estímulos elétricos em nossos ossos, chamados de piezelétrico. Esse estímulo facilita a absorção de cálcio, deixando os ossos mais resistentes e menos propensos a sofrerem com a osteoporose.
Saiba mais: O que acontece quando você caminha 30 minutos todos os dias
"Na fase inicial da perda de massa óssea, a caminhada é uma boa maneira de fortalecer os ossos. Mesmo assim, quando o quadro já é de osteoporose, andar frequentemente pode diminuir o avanço da doença", diz o fisiologista da Unifesp.
4. Afasta a depressão
Durante a caminhada, nosso corpo libera uma quantidade maior de endorfina, hormônio produzido pela hipófise, responsável pela sensação de alegria e relaxamento. Quando uma pessoa começa a praticar exercícios, ela automaticamente produz endorfina.
Depois de um tempo, é preciso praticar ainda mais exercícios para sentir o efeito benéfico do hormônio. "Começar a caminhar é o inicio de um círculo vicioso. Quando mais você caminha, mais endorfina seu organismo produz, o que te dá mais ânimo. Esse relaxamento também faz com que você esteja preparado para passar cada vez mais tempo caminhando", explica Paulo Correia.
5. Aumenta a sensação de bem-estar
Uma breve caminhada em áreas verdes, como parques e jardins, pode melhorar significativamente a saúde mental, trazendo benefícios para o humor e a autoestima, de acordo com um estudo feito pela Universidade de Essex, no Reino Unido.
Comparando dados de 1,2 mil pessoas de diferentes idades, gêneros e status de saúde mental, os pesquisadores descobriram que aqueles que se envolviam em caminhadas ao ar livre - ou modalidades como ciclismo, jardinagem, pesca, canoagem, equitação e agricultura -, apresentavam efeitos positivos em relação ao humor e à autoestima, mesmo que essas atividades fossem praticadas por apenas alguns minutos diários.
"Caminhar diariamente é um ótimo exercício para deixar o corpo em forma, melhorar a saúde e retardar o envelhecimento."
6. Deixa o cérebro mais saudável
Caminhar diariamente é um ótimo exercício para deixar o corpo em forma, melhorar a saúde e retardar o envelhecimento. Entretanto, um novo estudo da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, mostra que esse efeito antienvelhecimento do exercício pode ser possível também em relação ao cérebro, ao aumentar seus circuitos e reduzir os riscos de problemas de memória e de atenção.
"Os estímulos que recebemos quando caminhamos aumento a nossa coordenação e fazem com que nosso cérebro seja capaz de responder a cada vez mais estímulos, sejam eles visuais, táteis, sonoros e olfativos", comenta Paulo Correia.
Outro estudo feito pela Universidade de Pittsburgh afirma que as pessoas que caminham em média 10 km por semana apresentam metade dos riscos de ter uma diminuição no volume cerebral. Isso pode ser um fator decisivo na prevenção de vários tipos de demência, inclusive à doença de Alzheimer, que mata lentamente as células cerebrais.
7. Diminui a sonolência
A caminhada durante o dia faz com que o nosso corpo tenha um pico na produção de substâncias estimulantes, como a adrenalina. Essa substância deixa o corpo mais disposto durante as horas subsequentes ao exercício. Somado a isso, a caminhada melhora a qualidade do sono de noite.
"Como o corpo inteiro passa a gastar energia durante uma caminhada, o nosso organismo adormece mais rapidamente no final do dia. Por isso, poucas pessoas que caminham frequentemente têm insônia e, consequentemente, não tem sonolência no dia seguinte", completa o especialista da Unifesp.
8. Emagrece
Sim, caminhada emagrece! E esse talvez seja o benefício mais famoso da caminhada. "É claro que caminhar emagrece. Se você está acostumado a gastar uma determinada quantidade de energia e começa a caminhar, o seu corpo passa a ter uma maior demanda calórica que causa uma queima de gorduras localizadas", afirma Paulo Correia.
E o papel da caminhada na perda de peso não para por aí. Pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, mostrou que, mesmo horas depois do exercício, a pessoa continua a emagrecer devido à aceleração do metabolismo causada pelo aumento na circulação, respiração e atividade muscular.
A conclusão foi de que os músculos dos atletas convertem constantemente mais energia em calor do que os de indivíduos sedentários. Isso ocorre porque quem faz um treinamento intensivo de resistência, como é o caso da caminhada, tem um metabolismo mais acelerado.
9. Controla a vontade de comer
Um estudo recente feito por pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, sugere que fazer caminhadas pode conter o vício de comer - especialmente chocolate. Durante o estudo, foram avaliadas 25 pessoas que consumiam uma quantidade de pelo menos 100 gramas por dia de chocolate. Os chocólatras tiveram que renunciar ao consumo do doce e foram divididos em dois grupos, sendo que um deles faria uma caminhada diária.
Saiba mais: Sete cuidados para melhorar seu desempenho na caminhada
Os pesquisadores perceberam que não comer o chocolate, juntamente com o estresse provocado pelo dia a dia, aumentava a vontade de consumir o doce. Mas, uma caminhada de 15 minutos em uma esteira proporciona uma redução significativa da vontade pela guloseima.
"Além de ocupar o tempo com outra coisa que não seja a comida, a caminhada libera hormônios, como a endorfina, que relaxam e combatem o estresse, efeito que muitas pessoas buscam compulsivamente na comida", afirma Paulo Correia.
10. Protege contra derrames e infartos
Quem anda mantém a saúde protegida das doenças cardiovasculares. Por ajudar a controlar a pressão sanguínea, caminhar é um fator de proteção contra derrames e infarto. "Os vasos ficam mais elásticos e mais propícios a se dilatarem quando há alguma obstrução. Isso impede que as artérias parem de transportar sangue ou entupam", diz Paulo.
A caminhada também regula os níveis de colesterol no corpo. Ela age tanto na diminuição na produção de gorduras ruins ao organismo, que têm mais facilidade de se acumular nas paredes dos vasos sanguíneos e por isso causar derrames e infartos, como no aumento na produção de HDL, mais conhecido como colesterol bom.
11. Diabetes
A insulina, substância que é responsável pela absorção de glicose pelas células do corpo, é produzida em maior quantidade durante a prática da caminhada, já que a atividade do pâncreas e do fígado são estimuladas durante a caminhada devido à maior circulação de sangue em todos os órgãos.
Outro ponto importante é que o treinamento aeróbico intenso produzido pela caminhada é capaz de reverter a resistência à insulina, um fator importante para o desenvolvimento de diabetes. Assim fica comprovado que os exercícios têm ainda mais benefícios contra o mal do que se pensava anteriormente.
"Quanto maior a quantidade de insulina no sangue, maior a capacidade das células absorverem a glicose. Quando esse açúcar está circulando livremente no sangue, pode causar diabetes", explica o fisiologista da Unifesp.
Caminhada emagrece mais quando intensa
A Power Caminhada, ou Power Walking, nada mais é do que uma caminhada mais rápida e brusca. O conceito veio da Europa, onde as pessoas faziam a caminhada até carregando bastões de esqui, de forma mais brusca e veloz. A modalidade pode ser feita carregando pesos de dois a três quilos, para aumentar a intensidade. Subidas e descidas também podem ser encaradas. Lembre-se de sempre ter o acompanhamento de um profissional para realizar esta modalidade, a fim de evitar lesões e sobrecargas.
Mas, afinal, por que aumentar o ritmo da caminhada? O Power Walking melhora a resistência cardiovascular e o condicionamento físico, trabalha os músculos com maior ênfase e emagrece. Conheça mais sobre essa modalidade de caminhada aqui.
Como começar a caminhar
Dicas para começar a fazer caminhada e corrida
Cuidados na caminhada para quem tem sobrepeso
Realizar o exercício com intensidade baixa e pouco volume
Escolher um tênis com bom amortecimento
Caminhar em terrenos que amortecem o movimento, como a grama
Observe como seu organismo reage ao estímulo da caminhada e se ele está se adaptando aos poucos
Pessoas com diabetes, sobrepeso ou obesidade devem buscar orientação médica antes de iniciar qualquer atividade
Veja mais sobre esses cuidados aqui.
Caminhar pode emagrecer mais do que academia
Um estudo da Escola de Economia de Londres, no Reino Unido, apontou que caminhar de forma acelerada pelo menos 30 minutos por dia é mais eficaz na perda de peso do que malhar ou praticar outros esportes.
A médica Grace Lordan, responsável pelo estudo, analisou os relatórios da Pesquisa Anual de Saúde da Inglaterra dos últimos quatro anos, com o foco em atividades que aumentem o condicionamento físico da população. Assim, ela identificou um padrão entre as pessoas que praticavam caminhada rápida todos os dias por no mínimo meia hora: elas tinham o Índice de Massa Corporal (IMC) menor e a cintura mais fina, sem gorduras localizadas, especialmente entre as mulheres e pessoas acima de 50 anos em geral.
Alongamento antes da caminhada
Logo que pensamos em praticar exercícios, começamos pelo alongamento de braços ou pernas. Por ser algo instintivo, podemos até afirmar que faz parte da cultura da prática. Mas existe atualmente bastante polêmica sobre o alongamento pré-exercício, principalmente por conta de avanços nas pesquisas relacionadas à performance esportiva.
Vantagens de caminhar na rua ou parque
A resistência do vento e pequenas variações no terreno, como subidas, descidas e curvas, exigem mais do seu corpo e colaboram para aumentar em até 15% o gasto calórico
Panturrilhas, coxas e glúteos são mais solicitados quando você anda no asfalto, porque a tendência é inclinar o corpo para a frente e trabalhar mais essas regiões
O ambiente externo e o contato com o verde, se você caminha em um parque ou praça arborizada, são estímulos extras e tornam a atividade mais dinâmica e relaxante
É econômico. Um par de tênis adequado é o suficiente para você começar a malhar.
Vantagens de caminhar na esteira
A maioria dos modelos de esteira conta com sistema de amortecimento, o que minimiza o impacto nas articulações e o perigo de sofrer lesões
Impedimentos climáticos não existem. Faça chuva ou muito frio lá fora, não há pretexto para faltar no treino. Andar longe do vento e da poluição ainda evita irritação nos olhos e nas vias respiratórias e pode incrementar o seu desempenho
Como a máquina realiza parte do movimento ao impulsionar você para a frente, o cansaço demora mais para chegar - o que é útil sobretudo nos treinos longos
Permite controlar velocidade, distância, tempo e até a sua frequência cardíaca durante o exercício. Isso dispensa o uso de acessórios como relógio ou frequencímetro.
Coma bem e hidrate-se na caminhada
Durante o exercício é aconselhável beber 30 ml de água a cada 20 minutos. É importante comer algo leve, como pão com geleia, biscoitos água e sal e sucos, uma hora antes de sair para caminhar. Alimentos à base de leite não devem ser consumidos, pois a digestão da lactose, assim como a sua absorção, é lenta, podendo levar a desconforto estomacal. Depois da atividade, deve-se seguir uma alimentação balanceada e saudável.
Ao pensarmos na prática geral e não relacionada à performance esportiva, não há contra-indicações em praticar alongamentos curtos e sem insistência além dos limites individuais. Em geral, os alongamentos não passam dos 20 segundos nas rotinas de aquecimento. O importante é contar com o bom senso e consultar um educador físico.
Para ficar livre de lesões e praticar exercícios com segurança, aposte sempre em um bom aquecimento que inclua movimentos próximos aos que serão exigidos na prática principal, mas feitos de maneira progressiva. Se você gosta de alongar e se sente bem, inclua-o antes do aquecimento de maneira leve ou faça movimentos que alongue os músculos enquanto aquece. Respeite suas limitações e aposte em treinos de flexibilidade somente com o intuito de ganhar mobilidade articular e preservar a integridade física.

segunda-feira 13 2020

São Paulo tem “super” reabertura econômica. O que volta pelo estado?

Frequência em clubes fica abaixo da permitida em SP | Exame

A flexibilização foi anunciada na última sexta-feira e só foi possível depois que o estado atingiu o que João Doria chamou de 'platô'

Esta semana começa com a maior reabertura de setores da economia de São Paulo desde o início da pandemia de covid-19, em março. Em sete regiões do interior e duas sub-regiões da Grande São Paulo a quarentena fica menos restrita a partir desta segunda-feira, 13. Na capital, parques e academias voltam a funcionar.
A flexibilização foi anunciada na última sexta-feira, 10, pelo governador João Dória (PSDB) e só foi possível depois que o estado atingiu o que ele chamou de ‘platô’, ou seja, uma estabilidade no número de mortes por semana.
Há pelo menos um mês, o número de óbitos em decorrência do coronavírus registrado em São Paulo está em uma média de 1.700 confirmações semanais. Entre a antepenúltima e a penúltima semana, registrou, pela primeira vez, uma leve queda de 3%.
A diminuição no número de internações também contribuiu. Atualmente a taxa de ocupação de leitos de UTI está em uma média de 60%, tanto no estado quando na região metropolitana.


A partir desta segunda-feira, Bauru, Marília, Piracicaba, Presidente Prudente e Sorocaba saem da quarentena mais restrita, a 1 (vermelha), para a 2 (laranja). Com isso, podem reabrir comércio de rua e shoppings, com capacidade de 20% e por 4 horas, caso abra todos os dias.
A Baixada Santista e o Vale do Ribeira tiveram a maior progressão, saíram da fase 1 direto para a fase 3 (amarela). Ficam portanto permitidas a também abrir comércio de rua e shopping, mas com capacidade de 40%. Nesta etapa, bares e restaurantes podem funcionar, além das academias.
Também entraram nesta fase 3 as regiões de Guarulhos, Mogi das Cruzes, Taboão da Serra, Itapecerica da Serra, Osasco e Barueri.
Na última atualização das fases da quarentena, a capital paulista se manteve na amarela 3. Nesta segunda-feira abre o Parque do Ibirapuera e mais 69 parques municipais. A capacidade é limitada a 40% e a entrada é controla. O uso de máscara é obrigatório e ficam proibidas as atividades em grupo.
A prefeitura de São Paulo autorizou ainda a partir desta segunda o retorno das academias. Entre as regras está o funcionamento somente por 6 horas diárias, com 30% da capacidade, horário agendado e permitidas somente atividades individuais.
Vale lembrar que apesar desta ser a maior flexibilização da quarentena no estado, algumas regiões ainda enfrentam problemas no controle da covid-19 e continuam na fase mais restrita, como Campinas, Araçatuba, Franca e Ribeirão Preto.
Nesta super segunda há ainda o início da seleção dos 9 mil voluntários que vão testar a vacina do laboratório chinês Sinovac. Os testes, liderados pelo Instituto Butantan, em São Paulo, vão contar com o apoio de centros de pesquisa no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Os voluntários serão escolhidos entre profissionais de saúde que trabalham diretamente no atendimento de pacientes com a covid-19.

domingo 12 2020

A pandemia do novo coronavírus trouxe uma série de mudanças para empresas e escolas.

Reunião online, videoconferência, home office, carreira, trabalho, trabalhar (Foto:  filadendron via Getty Images)

A pandemia do novo coronavírus trouxe uma série de mudanças para empresas e escolas. Se antes esses ambientes já se preparavam para transformações drásticas por causa da tecnologia, a covid-19 acelerou esse processo. Para ficar no mais óbvio, as companhias aderiram ao home office e as escolas passaram a transmitir aulas ao vivo e online. Mas quais mudanças vieram para ficar e sobreviverão ao mundo pós-pandemia?
Para Luis Rasquilha, CEO da Inova Consulting, é preciso se preparar para um novo normal. "Vivemos um momento delicado, mas ele vai passar e novas tendências vão surgir", disse o executivo durante o EuFest, festival online e gratuito realizado pelo Eureca, com parceria de mídia de Época NEGÓCIOS. Confira o que podemos esperar quando o surto acabar:
1. Mídia Digital
O uso de veículos online será ainda mais acelerado daqui para frente. "As pessoas querem saber o que está acontecendo. As redes sociais, os sites de jornais, revistas, rádio e televisão vão informar. A informação está acima de tudo. Depois, temos de transformá-la em conhecimento", diz Rasquilha. 
2. Conectividade & Infotech
"A tecnologia está ao serviço da educação e dos negócios. Quando o novo normal chegar, vamos perceber que não precisávamos fazer algumas coisas que fazíamos", afirma Rasquilha. Ele cita, por exemplo, reuniões presenciais que poderão ser feitas online ou resolvidas por e-mail.
3. Trabalho e Educação Online
Se antes o home office e as aulas virtuais eram questionados por alguns, isso ficará para trás. "A transformação digital foi imposta. A covid-19 nos obrigou a nos transformar remotamente. Quando a pandemia passar, as empresas irão avaliar se será necessário o colaborador ir para o escritório todos os dias. O grande aprendizado pós-pandemia é quem não fez vai ter de fazer e quem já fez vai ter de incrementar novas tecnologias", afirma Rasquilha. 
4. Encapsulamento 2.0
"Muitos de nós vamos querer ficar em casa depois que a pandemia passar, por uma questão de conforto. Quando a gente se estrutura para trabalhar de casa, temos melhor desempenho e conseguimos entregar mais resultado. E dar atenção à família", diz Rasquilha. No futuro, ele argumenta que poderemos escolher entre assistir à aula presencial ou online, ou ir até o escritório. "As pessoas vão economizar tempo de deslocamento. Vão ter qualidade de vida". 
5. Humanismo e Solidariedade
A pandemia trouxe mais humanização. Segundo Rasquilha, as pessoas passaram a ajudar uns aos outros. E a família passou a ser o ponto mais importante na vida do cidadão. Depois, os amigos e conhecidos. "Nós passamos a ir ao supermercado para os vizinhos", afirma Rasquilha. 
6. Novos serviços
Muitas empresas de bairro passaram a oferecer facilidades para os clientes, como o serviço de entrega. "As farmácias que não entenderem a necessidade do delivery terão problemas ― mesmo que seja um grande grupo de varejo", diz Rasquilha. 
7. Novos modelos de negócios
Muitos negócios vão perder a importância, enquanto outros irão se destacar. "As empresas tradicionais não estão garantidas. Elas precisam se reinventar", afirma. Segundo o executivo, os setores que podem ficar em desvantagem pós-pandemia são: automotivo, combustível, construção, negócios imobiliários, petróleo, turismo e viagem. Já os que podem levar vantagem são: agricultura, bem-estar, e-commerce, educação à distância, energia, entretenimento digital, logística, saúde e medicina. 

terça-feira 07 2020

Cão de 20 anos é o golden retriever mais velho da história

A notícia de que August, ou Augie, como o cachorro do Tennessee é chamado, completou duas décadas viraliza na internet


Com direito a um bolo de cenoura dog-friendly em formato de osso, August, ou Augie, completou 20 anos no dia 24 de abril. Trata-se do golden retriever mais velho da história, de acordo com a associação GoldHeart Golden Retrievers Rescue. Semanas depois do aniversário, a notícia do recorde viralizou na internet.
O cão, na verdade uma fêmea, vive em Oakland, no estado americano do Tennessee. Jennifer e Steve Hetterscheidt, “seus humanos”, a adotaram quando ela tinha 14 anos. Muita gente torce o nariz para a ideia de receber um animal já com tantos anos, mas a dupla se afeiçoou a ela de maneira irremediável. Antes de chegar ao lar atual, a cadela teria tido dois outros nomes.
Há inúmeras notícias de goldens retrievers de 17 ou 18 anos, e até algumas sobre cães da raça com 19 anos. Mas um com duas décadas, ao que parece, só August.
Ela ainda se movimenta sem problemas, apesar de alguma dificuldade para se levantar, e gosta de caminhar diariamente pelo quintal. Com problemas renais, ingere uma dieta especial e suplementos para os rins e as articulações. Que venham mais aniversários.

segunda-feira 06 2020

Caminhada consciente: uma maneira feliz de melhorar toda a sua vida


Caminhada consciente: uma maneira feliz de melhorar toda a sua vida
Quando você tenta ter uma vida saudável, muda completamente a forma como vê tudo ao seu redor.

“Andar: uma escolha de vida e uma escolha adequada”.

Se há algo para o qual não fomos feitos, é ficar em casa o dia todo sem fazer quase nada. Devo admitir que de vez em quando é agradável ficar em casa descansando e movendo-se só o necessário. No entanto, se os dias de repouso passam de poucos para muitos, a verdade é que até alguém sedentário como eu sente falta de algum movimento.

Sou uma pessoa sedentária, devo admitir; ainda assim, gosto de sair para caminhar e respirar ar fresco; é como se o corpo me pedisse isso. Por isso, quando deixo de sair para caminhar, e depois de um tempo retomo minhas caminhadas, sinto que as veias das pernas vão arrebentar. É como se derramasse água quente por elas; além disso, me dá coceira. Tudo isto são sintomas da minha má circulação, que diminui quando tenho atividade física contínua.

Ter uma vida ativa não é o mesmo que ir a uma academia 7 dias por semana. Basta sair para caminhar cada manhã; porém, se deseja tirar verdadeiro proveito deste exercício, você deve conhecer a caminhada consciente.

O que é a caminhada consciente?
De origem budista, esta caminhada é praticada há muito tempo. É uma espécie de meditação que se faz enquanto caminha; simples assim.

Acontece que muitas pessoas não podem praticar meditação enquanto estão sentadas, isso porque precisam estar ativas. Pois bem, esse tipo de caminhada foi feito para eles. É interessante realizar este exercício porque pode ser feito a portas fechadas ou ao ar livre. Além de se adaptar a qualquer lugar, é muito simples de fazer.

Como é a caminhada consciente?
Normalmente, quando se faz uma caminhada como exercício, nós nos concentramos apenas em não pisar algo ou em não tropeçar; no entanto, na caminhada consciente o que se faz é prestar atenção a cada passo que dá, ao mesmo tempo que se vai fazendo respirações profundas.

Como se pode ver, não é uma questão de quanto tempo gasta, onde faz ou a distância que percorre. Na caminhada consciente o que interessa é a atenção que você coloca na atividade e na sua maneira de respirar.

A caminhada consciente implica dar pequenos passos e ir de maneira lenta. Isso irá ajudá-lo a ter uma conexão com você mesmo, observar tudo ao seu redor e se livrar do estresse acumulado.

É recomendável que você não tente cobrir muitos passos em pouco tempo, esse não é o objetivo.

Dê 10 a 15 passos lentos primeiro, depois descanse e respire profundamente até se sentir confortável. Volte o caminho percorrido antes, e ao terminar, volte a dar um pequeno descanso e respire profundamente. Faça este processo por uns 15 minutos.

LEMBRE-SE: enquanto caminha, descanse e respire, tome consciência de todas e cada uma das sensações que o bombardeiam enquanto exerce a meditação. Veja a forma como respira, assim como sente suas pernas, pés, braços e mãos quando os move, enquanto caminha.

Algo que também deve ter presente é observar tudo o que o rodeia (aromas, cores, pessoas, animais, o vento). Dar-se a oportunidade de contemplar cada aspecto do que acontece, isso o torna mais consciente da vida e ajuda a apreciar o que pode vivenciar.


Benefícios
– Liberar o estresse e, portanto, trazer mais saúde.

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– Aprender a prestar mais atenção e a estar mais concentrado.

–Se conectar mais com o que o rodeia, pois estará prestando atenção ao lugar onde está se exercitando.

– Desenvolver a capacidade de ficar calmo. Isso acontece porque, ao prestar atenção ao que você está fazendo, isso o ajuda a sentir e apreciar o que faz.

– Traz autoconhecimento. Ao fazer caminhada consciente você consegue ter mais conhecimento de si mesmo. Isso porque você aprende a entender e a “ouvir” o que o seu corpo quer dizer sobre a sua saúde.

– Vai ajudá-lo a desacelerar, ou seja, você vai aprender a viver sem pressa. Portanto, terá mais paciência para esperar. Aprenderá a tomar decisões com mais calma.

– Deixará de andar curvado e começará a caminhar com mais elegância e mais devagar.

– Aprenderá a meditar de outra maneira.

Em que implica a meditação?
Meditar implica adquirir consciência; ou seja, percepção. O que acontece é que costumamos viver às pressas. Vamos com pressa pela vida sem nos darmos conta de nada; isto nos faz perder detalhes muito valiosos para nós, experiências que nutrem nosso espírito e com as quais poderíamos ser mais felizes.

Quando se pratica meditação, nos conectamos não só com nosso ser, mas com tudo o que nos rodeia. Escutamos, entendemos e compreendemos melhor a vida.

Meditar não significa ficar com a mente em branco esperando mensagens divinas, tipo uma iluminação. Meditar é estar atento a tudo o que você pensa e sente nesses momentos. Pensamentos e sentimentos que certamente estão afetando sua vida nesse exato momento. Na meditação, o que você faz é encará-los e tentar encontrar uma solução, se, claro, for um problema.

Só me resta dizer que quando você decide dar uma oportunidade à caminhada consciente, verá como, em pouco tempo, a sua vida muda de forma radical. Com ela não só melhora sua saúde física, também a mental e a espiritual. Além disso, você consegue viver de forma mais tranquila e sábia. Os benefícios são muitos e são conseguidos em pouco tempo. Espero que considere os benefícios e o implemente em sua vida.

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original Caminata consciente: una feliz forma de mejorar toda tu vida
https://www.familia.com.br/caminhada-consciente-uma-maneira-feliz-de-melhorar-toda-a-sua-vida/


quarta-feira 01 2020

6 técnicas da comédia para melhorar suas reuniões virtuais


É possível fugir das reuniões chatas e inspirar equipes mesmo em encontros virtuais

Reunião online
Alguns anos atrás, lançamos um curso de administração sobre o uso da criatividade como ferramenta inusitada para os negócios: em vez de ouvirem uma palestra normal, os alunos fizeram um workshop sobre improvisação liderado por dois atores.
Não era só apenas se divertir, mas sim era para criar um conjunto de ferramentas que os alunos pudessem usar para encontrar inspiração nas coisas comuns e na camaradagem entre os membros da equipe e, por fim, abrir o caminho para assumir riscos e pensar de forma inovadora nas atividades de negócio.
Mencionamos isso porque, agora que a maioria dos líderes de negócios está em reuniões virtuais intermináveis, muitos sentem que falta algo: o sentimento de inspiração, o desejo de correr riscos ou inovar, a conexão entre as pessoas. Resumindo, as reuniões virtuais muitas vezes sofrem com a falta de improvisação e “colisões” naturais ou encontros de alta energia e inesperados com outras pessoas.
Isso não deve surpreender ninguém. Pesquisas sugerem que as pessoas que interagem on-line estão mais focadas na tarefa ou têm maior probabilidade de colocar a mão na massa.
Não precisa ser assim. Com um pouco de esforço, há formas de levar a espontaneidade, coesão e até mesmo a diversão às reuniões virtuais, seja para apresentações de dados ao CEO, liderar discussões ou apenas procurar se conectar com colegas.
Atuando como psicólogo sócio-organizacional (Thompson) e como improvisador, ator e treinador de comunicações (Scott), unimos nossos talentos para oferecer seis “técnicas” tomadas emprestadas do mundo da comédia de improvisação que permitem aos líderes de negócios injetar esse componente necessário nas reuniões virtuais.
Veja como podem funcionar bem.

1. Deixas

Um dos aspectos mais estranhos das reuniões virtuais é a troca de interlocutores na conversa.
Em uma reunião presencial, as pessoas principalmente contam com uma combinação de deixas não verbais, incluindo movimentos corporais e faciais, e sinais vocais paralinguísticos, como o pigarro, para saber quando interromper. Quando as pessoas se comunicam virtualmente, muitas dessas deixas importantes não estão presentes, o que pode fazer com que a interação fique confusa.
Isso pode levar à “logorréia virtual”, em que as pessoas prologam demais suas falas ou ficam interrompendo as outras. Em ambos os casos, o resultado é que os demais participantes optam por sair da conversa ou se tornam passivos.
Esse constrangimento conversacional pode ser superado por meio de deixas, relacionadas a um princípio fundamental da improvisação: “uma voz de cada vez”. Na elaboração das deixas, são estabelecidos sinais para manter o movimento da conversa de uma pessoa para outra de maneira ordenada. Para reuniões virtuais, imagens, sons ou palavras específicos podem funcionar como um bastão que se passa entre os participantes.
Por exemplo, Marla, a facilitadora de uma reunião virtual semanal para 10 pessoas, percebeu que os participantes continuavam tendo problemas em falar cada um na sua vez e, por isso, decidiu criar uma deixa.
No início, ela havia designado um tema divertido e pessoal, “férias favoritas”, para a reunião, e toda semana um membro diferente da equipe começava compartilhando fotos e contando uma história de férias memoráveis. Isso ajudou a reunião virtual a começar com alta energia.
Em uma reunião, quando os membros da equipe começaram a perder o foco, ela pediu para que parassem e reorganizassem seus pensamentos, para daí digitar qualquer palavra que viesse à cabeça baseada no tema da semana: uma viagem a Paris. Cada membro digitou na caixa de bate-papo uma palavra que se ficou sendo sua “deixa”. A partir daí, quando alguém falava, tinha que terminar usando sua palavra: “Boina” para Lauro, “Riviera” para Nelia, e “croissant” para Fátima.
Usando as deixas como a palavra “câmbio” na linguagem de rádio amadorismo, Marla transformou seu grupo em um comboio de caminhoneiros. Quando Lauro terminava, dizendo “boina”, Marla dizia:
“Obrigada, boina. Croissant?” Captando a deixa, Fátima compartilhava suas ideias, fechando com seu “câmbio” e enviando a deixa de volta para Marla.
Usando essas deixas para sinalizar as tomadas de falas, a conversa do grupo ficou mais concisa, as pessoas prestavam mais atenção e se divertiriam.

2. Ritmos

No palco da improvisação, os atores tocam “o ritmo de uma cena”. Na prática, significa que toda cena eficaz precisa de um começo, meio e fim bem definidos.
Por que será que esperamos que as reuniões virtuais eficazes sejam diferentes?
Nas reuniões presenciais, geralmente há uma troca de cordialidades, ou um “ritual de cortesia”, antes de o facilitador apresentar o objetivo da reunião. Embora esses rituais superficiais parecem não ter propósito algum, eles são a cola que une os membros.
No entanto, as cordialidades ritualizadas são mais difíceis de replicar em reuniões virtuais, uma vez que pessoas vão entrando aleatoriamente, além das restrições de áudio para uso de um por vez dos aplicativos de reunião.
Assim, os líderes podem impor uma técnica de improvisação para delinear os “ritmos de uma reunião”, mantendo-os na linha enquanto proporcionam espaço para o humor e a criatividade.
Como aquecimento para uma sessão de treinamento em grupo virtual, o facilitador pode apresentar o jogo rápido “Fato, Problema, Solução”.
Em “Fato, Problema, Solução”, os participantes são colocados em sequência e a primeira pessoa fala de um local, como “Estamos na praia”. A próxima pessoa conta um problema que poderia ocorrer em tal local: “Sofremos com queimaduras do sol”. O próximo fornece uma solução: “Vamos passar protetor solar”. A quarta pessoa termina dizendo: “E, corta!” O jogo é repetido até que todos tenham tido a chance de fazer o papel de criador do “Fato”, “Problema”, “Solução” e o diretor que encerra a cena.
Este jogo prepara as pessoas para estarem presentes e se concentrarem na tarefa em questão ao “atuar na cena em que estão naquele momento”. Também incentiva as pessoas a serem concisas, voltadas à solução e divertidas.
A estrutura do jogo ajuda a fazer com que toda a equipe se acostume a criar limites internos: evita que as pessoas apresentem outros problemas antes de uma nova ideia tiver sido tratada por completo e permite que as pessoas analisem um problema mais profundamente antes de passar para o modo “solução”.

3. Trabalho com objetos

Quando os membros da equipe não compartilham o mesmo ambiente físico, precisam enfrentar a perda da conexão mútua associada ao “mesmo horário/local diferente”.
Na improvisação, os atores geralmente usam uma técnica (mímica) para criar uma realidade compartilhada no local. Praticamente criam algo do nada fazendo mímica da maioria dos objetos e ideias nas cenas. Esse “trabalho com objetos”, como é conhecido, também pode ser útil em reuniões virtuais, permitindo que os membros da equipe virtual entrem nos ambientes uns dos outros, criando assim empatia e aumentando a noção de perspectiva.
Você pode pedir a um membro da equipe para trazer uma caixa imaginária grande, pesada e embrulhada com um enorme laço vermelho e com um presente dentro para sua reunião virtual.
Evidentemente, não há caixa, laço ou presente, mas ao carregar a caixa imaginária, com braços flexionados e estendidos, e cuidadosamente colocá-la na mesa para que todos possam ver e admirar, o participante proporciona ao restante do grupo a oportunidade de inventar e compartilhar o que acham que tem dentro da caixa, essencialmente inovando na ausência de objetos reais.
Esse trabalho com objetos não precisa necessariamente ser imaginário. Os membros da equipe podem ser comediantes de verdade! Por exemplo, nas reuniões virtuais, podem ser desafiados a combinar uma demonstração com uma atividade de contar histórias.
Em um exemplo, uma das colegas mostrou ao grupo um objeto e o descreveu: um lindo pente de cabelo que ela mantinha ao lado do monitor para retocar os cabelos antes das videoconferências. Cada membro da equipe reconheceu o objeto e ofereceu um uso diferente para o mesmo. Os comentários variaram de “Pente bacana. Poderia ser uma escada minúscula para aranhas” até “Obrigado por nos contar sobre seu pente. Também poderia ser um bigode falso”, além de “Eu realmente gostei do seu pente. Também poderia ser um trampolim para um ratinho”.
Outra vantagem: o trabalho com objetos dá a oportunidade para as pessoas revelarem parte de si mesmas que, de outra forma, talvez não se sentissem à vontade para compartilhar. Embora algumas pessoas tenham boas fronteiras internas e saibam levar seus eus autênticos a todos os aspectos de suas vidas, outras têm muita dificuldade em integrar aquilo que são em casa e o que são no trabalho.

4. Padrões

O cérebro humano está preparado para procurar e se fixar em padrões. Os atores de improviso usam isso em benefício de si mesmo, tendo as técnicas de descoberta e quebra de padrões como chave para o sucesso de muitas cenas.
As equipes virtuais podem fazer o mesmo ao incorporar padrões em sua pauta.
Por exemplo, uma equipe de desenvolvedores de software se reúne virtualmente toda sexta-feira para apresentar atualizações de status à sua diretora, Cláudia. Um padrão de relato se desenvolveu organicamente ao longo do tempo: Teresa começa com descobertas de alto nível, Gil detalha os erros de codificação que descobriram ao compartilhar um gráfico na tela e Tomás fecha discutindo como os bugs foram corrigidos.
Essencialmente, isso remete ao exercício “Fato, Problema, Solução” descrito anteriormente: dê um fato, adicione um ponto de virada e apresente a solução.
A consistência desse padrão de relatos reduz o estresse para todas as partes envolvidas. Fornece previsibilidade em meio à incerteza e aumenta o foco de todos, pois os apresentadores sabem sua ordem de apresentação e Cláudia pode processar novos dados por meio de um formato familiar.
E, para garantir que a Cláudia não fique entediada, a equipe ocasionalmente rompe o padrão enraizado alternando as funções de apresentação ou lançando um componente inesperado, como um vídeo. Essa bola curva mantém todos em alerta e transforma os dados em conversas envolventes.

5. Intenções

Improvisação, por definição, joga fora o roteiro original e pede aos atores que respondam naquele momento às intenções de seus colegas atores, ao mesmo tempo em que deixam claras suas próprias intenções para a cena.
Por exemplo, suponha que a intenção de um ator seja “repreender” seu parceiro de cena. Para comunicar essa intenção, o tom da voz ficou mais baixo, os ombros se curvaram, as sobrancelhas franziram e a boca se curvou. Se a intenção deles fosse “incentivar algo”, eles iriam deixar a voz mais leve, corrigir a postura, levantar as sobrancelhas e sorrir.
Comunicar a intenção é um desafio específico para as equipes virtuais. Na verdade, os membros da equipe virtual são suscetíveis ao “envenenamento por ironia”, o que significa que geralmente ficam mais confusos e menos capazes de dizer, por exemplo, se alguém está sendo sarcástico ou sincero. Isso torna as equipes virtuais mais propensas a interpretar mal ou incorretamente e presumir intenções negativas do que as equipes presenciais. Tudo isso, combinado com os efeitos da desinibição on-line, pode levar as pessoas de equipes virtuais a abordagens que talvez não tentassem usar ao vivo.
Durante as reuniões virtuais, os membros da equipe precisam trabalhar em dobro para garantir que suas próprias intenções sejam esclarecidas. É possível ser alcançado, em parte, compartilhando agendas e pontos de discussão com outras pessoas antes das reuniões.
Antes de cada reunião, os membros da equipe virtual também devem se perguntar: A minha mensagem serve para inspirar ou informar? Compartilhar ou provar? Acolher ou apresentar? Um foco central em suas próprias intenções ajudará a todos a permanecerem enfocados na questão em jogo.
Mas não se esforce tanto para comunicar com precisão sua própria mensagem, pois você pode deixar de entender o que os outros estão comunicando. Uma CEO que conhecemos confessou que passa a maior parte da reunião virtual olhando para sua própria imagem. Não se trata de narcisismo, mas sim o fato de ela querer garantir que está comunicando uma linguagem corporal positiva em um momento de redimensionamentos e cortes radicais.
Sendo assim, compartilhe seus próprios pontos de vista, mas preste atenção aos de todos os demais.

6. Runners

Os atores de improviso proporcionam continuidade e conexão a cenas não relacionadas, vinculando-as com um tema subjacente: uma técnica conhecida como “runners” (corredores).
Reuniões virtuais de equipe também podem criar runners.
Em uma recente reunião virtual, uma equipe discutia como criar uma versão on-line ao vivo e uma versão gravada de um curso. Como não havia recursos visuais compartilhados, houve uma grande confusão sobre qual dos dois cursos estava sendo discutido. Um membro da equipe assumiu um risco de improvisação ao se referir à versão ao vivo como “LOL” para “ao vivo on-line”, o que em inglês – live-online – monta a sigla LOL. O grupo riu e, mais tarde, na reunião, “LOL” ressurgiu e serviu como uma importante ligação esclarecedora à conversa anterior.
O LOL se tornou o runner da reunião. Não porque as pessoas estavam rindo alto, mas porque era fácil de lembrar e animava o material sem graça. Quando as pessoas digitavam as respostas na caixa de bate-papo, usavam os emojis de risadas. Quando as pessoas foram solicitadas a buscar exemplos de outros projetos, o compartilhamento de tela começava com um gif de LOL.
Um grupo na reunião mudou o fundo virtual para o palco em uma noite de comédia de improviso. Isso transformou o que poderia ter sido uma discussão tediosa em uma oportunidade de se relacionar enquanto trabalhavam.
Os runners ajudam as pessoas a permanecerem conectadas ao conteúdo e transformam as reuniões em uma experiência mais compartilhada. Também nos lembram que, apesar de levarmos a sério o que fazemos, não precisamos nos levar tão a sério.
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Os líderes de equipes virtuais sentem pressão para ter um bom desempenho desde o princípio. No entanto, a maioria dos gerentes com quem conversamos está preocupada com suas “habilidades técnicas”: saber onde está o recurso de bate-papo ou como configurar um quadro branco virtual.
Sem dúvida, as habilidades técnicas são importantes, mas o verdadeiro desafio para reuniões virtuais eficazes é criar a conexão humana. Ao adotar as técnicas de improvisação que descrevemos aqui, o líder da equipe virtual pode realizar reuniões eficazes, produtivas e gratificantes.
“Croissant”.
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