sexta-feira 20 2013

Ameno-Era



“É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem

Celtic - Irish folk medieval



Medieval Music




Recorde do cinema nacional foi ainda maior: 27,5 milhões de ingressos em 2013

Cinema

Número atualizado pela Ancine amplia e confirma a boa fase da produção brasileira, que contou com 120 lançamentos de títulos este ano

Filme: 'Minha mãe é uma peça'
Filme: 'Minha mãe é uma peça' (Páprica Fotografia/Divulgação )
A Agência Nacional de Cinema (Ancine) divulgou nesta sexta-feira uma estimativa atualizada para a bilheteria do cinema nacional em 2013: os filmes brasileiros devem vender 27,5 milhões de ingressos em 2013, um número ainda mais otimista que os 26 milhões anunciados pelo diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel, durante coletiva de imprensa concedida no Rio de Janeiro na última quarta-feira.
A quantia amplia o recorde de bilheteria, no ano mais bem sucedido da história do cinema nacional desde a chamada Retomada, que teve início em 1995 com o longa Carlota Joaquina - A Princesa do Brasil, de Carla Camurati. No total, foram mais de 120 lançamentos, com um crescimento significativo na arrecadação ao superar a cifra de 270 milhões de reais, quase o triplo do arrecadado em 2012, quando houve um retorno de 157 milhões de reais.
O recorde faz jus ao dinheiro investido pelo Fundo Setorial do Audiovisual em 2013, de aproximadamente 990 milhões de reais. Esse investimento, no entanto, diminuirá em 2014. De acordo com o diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel, serão investidos 400 milhões de reais no próximo ano, algo em torno de 40% do orçamento deste ano. O número representa também um recuo em relação a 2012, quando o FSA contou com 562,36 milhões de reais.

Ninguém nasce mulher; torna-se mulher


A frase de abertura do volume dois de O Segundo Sexo é também a mais famosa de toda a extensa obra de Simone de Beauvoir. Uma frase que, há mais de 60 anos, inspira gerações de mulheres a mergulhar no verdadeiro significado da condição feminina. No livro, Simone de Beauvoir evidenciou, pela primeira vez, que ser mulher não é algo naturalmente dado, mas uma construção social, histórica e cultural.
Hoje, a obra é alvo de críticas. Muitos intérpretes atribuem a Simone uma postura radical em relação aos homens; outros a acusam de misantropia. Em meio às críticas, a ousadia intelectual de Simone ao atribuir à condição feminina raízes culturais, históricas e sociais pode passar despercebida. Não deveria.
Como Simone de Beauvoir explica, foi exatamente assim – sem perceber, sem refletir, sem observar, sem participar – que as mulheres se tornaram “o segundo sexo”. Aquele que só se define em relação ao primeiro sexo, o masculino. Assim, a história e a cultura construíram das mulheres uma imagem invertida, tal qual um reflexo no espelho. Ao longo dos milênios e séculos, as mulheres só existiram em referência aos homens, como homens ao contrário, a versão fracassada, sem força, impotente e desprovida de poder do masculino.
Poder, potência, força, sucesso. Palavras que Simone investiga e que descobre serem concebidas como privilégios do sexo masculino até mesmo por muitas mulheres. Foi essa descoberta que levou os críticos a apontarem radicalismo e misantropia na obra. Quem faz essas acusações se esquece de que a ferocidade de suas palavras é consequência direta do contexto em que a obra foi escrita: a Europa do pós-Segunda Guerra.
Simone não é contra os homens, mas contra o fato de exercerem a dominação em palavras, gestos, atitudes e políticas. E isso acontece ainda hoje. Simone não é contra as mulheres, mas contra o fato de se submeterem voluntariamente à dominação. E isso também acontece ainda hoje, principalmente diante da justificativa de que biologicamente homens e mulheres são diferentes.
Publicado em 1949 na França, e depois traduzido para mais de 30 idiomas, o livro de Simone de Beauvoir mostrou que a imagem da mulher frágil, infantilizada, incapaz física ou intelectualmente, perniciosa, perigosa, suja, pode ser transformada. Simone desvenda a trama histórica da submissão feminina para, no fim da obra, falar sobre a construção da mulher independente. É uma reflexão difícil, que só 20 anos depois da publicação do livro foi assimilada pelo movimento feminista, nos anos 1970. Historicamente, a condição feminina tem sido reduzida à diferença biológica entre os sexos. E a própria Simone só foi incitada a confrontar essa redução alguns anos antes de escrever O Segundo Sexo.
Uma curiosidade que gosto sobre o livro é que para fazer a longa pesquisa para escrevê-lo, Simone agiu como uma investigadora anônima. Acordava cedo quase todas as manhãs para integrar a fila de estudantes que disputavam uma cadeira nas salas da Bibliothèque Nationale de France e buscavam acesso a sua valiosa coleção de livros. Simone de Beauvoir já era, então, famosa. Seus romances A Convidada, publicado em 1943, e O sangue dos outros, de 1944, fizeram sucesso. Suas ideias sobre liberdade, seu engajamento intelectual, as excentricidades de sua vida sexual e o relacionamento com Jean-Paul Sartre a colocavam em evidência. Ela poderia ter usado suas prerrogativas para obter as informações com mais tranquilidade. Mas isso seria agir contra suas próprias ideias sobre igualdade.
Precursor de estudos aprofundados sobre gênero, o livro perpassa vários campos do conhecimento humano: biologia, psicanálise, materialismo histórico, literatura, sociologia, filosofia, sexologia. Com sua pesquisa, ela desejava saber o que essas formas de reflexão diziam sobre a mulher. Como o pensamento era então quase totalmente dominado pelos homens, o que ela encontra não é nada lisonjeiro. Descobriu que em muitas teorias, ditas científicas ou filosóficas, a mulher aparece associada a satã, ao erro, ao perigo, ao mal, ao pecado, à fraqueza. Talvez por isso, Simone ouse nomear, em seu livro, com total franqueza, os laços sociais entre homens e mulheres na vida pública e também na vida particular. Não que ela ignore o amor e a paixão, mas o que ela encontra em sua investigação são outras palavras menos românticas: submissão, opressão, exploração, dependência, servidão (inclusive voluntária).
Com essas palavras fortes e com outras que, na Europa do pós-guerra, ainda eram tabus, como lesbianismo, menstruação, clitóris, masturbação – todas usadas sem eufemismos ou concessões –, Simone de Beauvoir chocou a França e o mundo. Ao menos no início, O Segundo Sexo foi negativo para Simone.
Ela foi acusada de ser contra os homens – nada mais falso para uma mulher que amou tantos e tão intensamente; de pregar a dissolução da família – que, é verdade, ela enxergava com restrições por ser a base na qual se reproduzem a submissão e a opressão da mulher. Recebeu insultos à sua sexualidade, à sua moral, à sua honra. Curiosamente, não à sua inteligência ou à solidez de suas ideias. O Segundo Sexo fez de Simone também persona non grata entre alguns políticos franceses. Esquerda e direita reagiram, e muito mal, à sua obra.
Hoje, passados mais 60 anos da publicação da primeira edição, nada disso importa. O livro é uma viagem profunda pela história da mulher, pelos fatos, mitos e experiências em torno do feminino. Para o bem e para o mal, ainda hoje, as ideias de Simone de Beauvoir assustam e chocam algumas mulheres e muitos homens. Ela escreveu O Segundo Sexo há 60 anos, mas ainda hoje o processo de tornar-se mulher pode ser vivido como um diálogo com as ideias que ela expôs ali.

Brasileiros adiam casamentos e divorciam-se mais cedo

Pesquisa

Estatísticas de Registro Civil de 2012, divulgadas nesta sexta-feira pelo IBGE, mostram que homens e mulheres passaram a oficializar o matrimônio dois anos mais tarde ao longo da última década

Daniel Haidar e Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
Lei que agilizou o divórcio fez crescer índice de uniões desfeitas
Lei que agilizou o divórcio fez crescer índice de uniões desfeitas (Thinkstock)
Os casamentos no Brasil tornaram-se mais curtos ao longo da última década. Os dados apresentados na manhã desta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que brasileiras e brasileiros casam-se mais tarde. Ao mesmo tempo, os divórcios passam a ocorrer após um período menor de oficialização da união. Os números das Estatísticas do Registro Civil de 2012 – estudo que compreende informações sobre nascimentos, óbitos, matrimônios e separações – servem para embasar políticas públicas de saúde e assistência social, e acabam também por expressar mudanças no comportamento da população e nos padrões de constituição de famílias ao longo do tempo.
De acordo com o instituto, em 2012 observou-se, em todas as unidades da federação, um aumento da faixa etária de homens e mulheres solteiros na data do casamento. As exceções nessa tendência são os Estados do Acre e do Amapá, nos quais as idades se mantêm estáveis desde 2002. De forma geral, no Brasil, ao longo da última década analisada, aumentou em dois anos a idade mediana dos solteiros que se casam. Entre os homens, passou de 26 para 28, entre 2002 e 2012. Já entre as mulheres, subiram de 23 para 25 anos. A “mediana” indica uma tendência, e representa a linha que separa a metade inferior da superior, no total da população estudada.
De acordo com o estudo, entre os fatores para esse adiamento do matrimônio estão as oportunidades educacionais e a procura por inserção no mercado de trabalho, especialmente dos mais jovens. A popularização da possibilidade de união consensual não formalizada também empurra para mais tarde a formalização dos casamentos. A taxa de nupcialidade – ou seja, de formalização do matrimônio – manteve-se estável em 2012, com 6,9 casamentos para cada 1.000 habitantes de 15 anos ou mais de idade. Foram registrados, no ano passado, 1.041.440 casamentos – 1,4% a mais que em 2011.

A idade da mulher no casamento

Taxas de nupcialidade legal das mulheres, por grupos de idade (2003/2012)

20022007201215 a 19anos20 a 24anos25 a 29anos30 a 34anos35 a 39anos40 a 44anos45 a 49anos50 a 54anos55 a 59anos60 oumais010203040
FONTE: IBGE, Diretoria de pesquisas, Coordenaçaão de População e Indicadores sociais, Estatísticas do Registro Civil 2002/2012 e Projeção da População por Idade e Sexo para o período de 2000/2060 - Revisão 2013

A idade do homem no casamento

Taxas de nupcialidade legal dos homens, por grupos de idade (2003/2012)

20022007201215 a 19anos20 a 24anos25 a 29anos30 a 34anos35 a 39anos40 a 44anos45 a 49anos50 a 54anos55 a 59anos60 oumais010203040
FONTE: IBGE, Diretoria de pesquisas, Coordenaçaão de População e Indicadores sociais, Estatísticas do Registro Civil 2002/2012 e Projeção da População por Idade e Sexo para o período de 2000/2060 - Revisão 2013
Divórcios – Depois de uma elevação acentuada no registro de divórcios, ocorrida em 2011, manteve-se estável a taxa de dissolução dos casamentos por esse mecanismo no país. No ano passado, houve 2,5 divórcios para cada 1.000 pessoas com 20 anos ou mais – a segunda maior taxa desde 2002, quando o índice foi de 1,2. Ao longo de 2012, foram realizados no país 341.600 divórcios, uma redução de 1,4% em relação ao ano anterior. A elevação nos últimos dois anos de pesquisa deu-se principalmente, em razão da aprovação da Emenda Constitucional 66, que alterou o artigo 226 da Constituição, extinguindo a necessidade de comprovação de um ano de separação de fato para que seja oficializado o divórcio. Ou seja, reduziu-se a interferência do Estado na vida privada dos casais.
Entre as unidades da federação, houve diferenças mais acentuadas no Distrito Federal (4,4%), em Rondônia (4%) e no Mato Grosso do Sul (4%), muito acima dos 2,5% da taxa nacional. Piauí e o Amapá tiveram as menores taxas – 1,3%, para ambos.
O estudo constatou que, em 2012, o tempo médio entre a oficialização do casamento e a concessão do divórcio passou de 17 anos, em 2007, para 15 anos, em 2012. A redução foi encontrada em todos os Estados. O IBGE também atribui essa mudança de comportamento à maior facilidade de oficializar a separação.

Taxa de divórcios, por sexo e grupos de idade

HomemMulher20 a 24anos25 a 29anos30 a 34anos35 a 39anos40 a 44anos45 a 49anos50 a 54anos55 a 59anos60 oumais02468
FONTE: IBGE, Diretoria de pesquisas, Coordenaçaão de População e Indicadores sociais, Estatísticas do Registro Civil 2002/2012 e Projeção da População por Idade e Sexo para o período de 2000/2060 - Revisão 2013
Entre 2007 e 2012, foi constatada ainda pequena elevação nas dissoluções de matrimônios em casais sem filhos: taxa que passou de 35,5% para 36,8%. Já entre os casais que tinham filhos maiores de idade houve uma inversão: de 15,1% para 23%, entre 2002 e 2007, e, no ano passado, um recuo para 20,3% do total de dissoluções. Entre os casais que se separaram e tinham apenas filhos menores de idade também houve uma mudança de comportamento. De 2002 a 2006, houve redução de 50,2% para 34,5%. E, em 2012, um aumento para 37%. Entre os casais que tinham filhos maiores e menores, a tendência, desde 2002, é de queda: 8,2% em 2002; 7% em 2017 e, no ano passado, 6%.
O grupo etário mais presente nos divórcios, entre as mulheres, é o de 30 a 49 anos. Os homens tendem a se divorciar mais velhos: a faixa que concentra a maior parte das separações é a dos 45 e 49 anos. Nos grupos mais jovens, até 34 anos, as mulheres têm taxas mais elevadas de divórcio que os homens. Já nos grupos acima de 35 anos, são os homens os que mais se separam.
Maternidade – Os registros de nascimento ao longo de 2012 confirmaram, mais uma vez, a tendência de redução da fecundidade no Brasil. Esse movimento foi identificado a partir de 1960, quando o Brasil tinha acima de seis filhos por mulher em idade fértil, para 1,9 filho, dado constatado no Censo de 2010. Diz o estudo: “Esta redução nos níveis de  fecundidade nos últimos 50 anos é considerada a principal razão para a queda do ritmo de crescimento da população brasileira e fator primordial na mudança da estrutura etária populacional do país, a qual se apresenta mais envelhecida, em virtude da redução da quantidade de crianças e do aumento proporcional de idosos no seu conjunto”.
De forma geral, o que se dá no Brasil atualmente é uma redução do total de mães do grupo etário de 15 a 19 anos, com elevação dos porcentuais de nascimentos nos quais a mãe está no grupo entre 30 e 34 anos. As mães com idade acima de 30 anos estão concentradas principalmente nas regiões Sudeste e Sul.
As Estatísticas do Registro Civil também compreendem os óbitos. Mais uma tendência confirmada – e um dado preocupante para os gestores públicos – é o de causas externas de morte. No Brasil, as causas externas são o terceiro maior grupo de óbitos na população em geral, e o primeiro entre os jovens de 15 a 24 anos. As causas não naturais informadas são compostas principalmente por homicídios, acidentes de trânsito e suicídios, classificados pelo Ministério da Saúde como “mortes evitáveis”. Os Estados onde há maior concentração de mortes violentas no grupo de homens 15 a 24 anos são Sergipe (80,7% dos casos), Bahia (78,3%) e Alagoas (77,7%). Já entre as mulheres, as maiores concentrações de mortes por causas violentas foram observadas no Espírito Santo (47%) e no Tocantins (45,9%).

Mortes de causas não naturais por região

20112012 Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste79111315
FONTE: IBGE, Diretoria de pesquisas, Coordenaçaão de População e Indicadores sociais, Estatísticas do Registro Civil 2002/2012 e Projeção da População por Idade e Sexo para o período de 2000/2060 - Revisão 2013




STF nega recurso de Haddad para aumentar o IPTU

São Paulo

Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) não atendeu ao pleito do prefeito Fernando Haddad para liberar o reajuste do imposto em São Paulo

Laryssa Borges, de Brasília
O prefeito de São Paulo Fernando Haddad durante sabatina
DERROTA – Supremo não acatou pedido do prefeito Fernando Haddad para liberar o aumento do imposto em São Paulo(Juliana Knobel/Frame/Folhapress)
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, negou nesta sexta-feira o pedido da prefeitura de São Paulo para suspender a liminar que barrou o reajuste do imposto predial e territorial  urbano (IPTU) na cidade em 2014. Com isso, os boletos do imposto do ano que vem serão emitidos apenas com a correção inflacionária – cerca de 5,8%.

Pelo texto aprovado pela Câmara Municipal paulistana, o aumento do tributo para o próximo ano foi de 20% para imóveis residenciais e 35% para imóveis comerciais. O reajuste ocorreu a partir da revisão da Planta Genérica de Valores (PGV), base do IPTU, foi sancionado pelo prefeito Fernando Haddad (PT), mas acabou vetado pelo Tribunal de Justiça
Na decisão, Barbosa considerou que o mérito da ação movida pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e PSDB ainda será julgado pelo Tribunal de Justiça paulista. A prefeitura já havia sido derrotada no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“A questão está sendo examinada pelo TJ-SP sem o prognóstico de que haverá demora excessiva na apreciação do mérito. Portanto, faz sentido reforçar a confiança na capacidade e no comprometimento do Tribunal de Justiça para dar célere desate ao processo”, disse Barbosa.


Em nota, a prefeitura paulistana afirmou que “lamenta a manutenção da liminar” e confirmou que os boletos do ano que vem serão impressos apenas com a correção da inflação. Ontem, Haddad havia afirmado que os gastos com saúde e educação “levam 50% do IPTU” e, sem o reajuste, as finanças municipais ficariam comprometidas.

Barbosa, no entanto, afirmou em sua decisão que “o risco hipotético ou potencial de grave lesão aos interesses públicos não é suficiente para deferimento do pedido de suspensão”.

“Para que se possa afirmar que os recursos provenientes do aumento do tributo seriam absolutamente imprescindíveis, seria necessário analisar toda a matriz de receitas e despesas do ente federado, bem como os recursos disponíveis em caixa", disse o presidente STF. Seria necessário também "o registro documental de que inexistem despesas documentais”, completou.

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/stf-nega-recurso-da-prefeitura-e-barra-aumento-do-iptu

Morre o cantor Reginaldo Rossi, aos 69 anos

Memória

Ele estava internado desde 27 de novembro no Hospital Memorial São José, no Recife, e foi diagnosticado com câncer de pulmão

Nunca Fui Fã de Reginaldo Rossi. Alias, Nunca Mesmo! Mas Como Qualquer Ser Humano, Sinto Muito Por Sua Morte. Triste... Provavelmente, Viveria Mais Se Não Fosse Fumante e Teria Tido Uma Melhor Qualidade de Vida! 

O cantor Reginaldo Rossi


Morreu na manhã desta sexta-feira, aos 69 anos, o cantor Reginaldo Rossi. Ele estava internado desde 27 de novembro no Hospital Memorial São José, no Recife, e foi diagnosticado com câncer de pulmão na última semana. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, a morte se deu às 9h25, em decorrência de complicações da doença. O velório será realizado nesta sexta-feira, na Assembleia Legislativa de Pernambuco, a partir das 19h. O sepultamento será no cemitério Morada da Paz, neste sábado, às 20h.

Hospitalizado com dores no peito, o cantor, conhecido como “rei do brega”, passou pela Unidade de Terapia Intensiva (UTI) duas vezes. Os exames detectaram, então, a ocorrência de um derrame pleural -- e Rossi foi submetido a uma cirurgia para a retirada de líquido do pulmão direito e colocação de um dreno no local, em 9 de dezembro.
O tumor foi detectado poucos dias depois e, segundo o hospital, era maligno, mas primário. Após o diagnóstico, o cantor afirmou que estava disposto e otimista. “Estou pronto para a batalha e tenho certeza que vencerei”, teria dito Rossi.
Trajetória -- Inicialmente influenciado pela Jovem Guarda e o iê-iê-iê, Reginaldo Rossi se consolidou como o "rei" do brega no Nordeste, onde o termo, longe de ter um significado pejorativo, designa um gênero de ampla difusão e poder comercial. Entre seus hits, se destacaGarçom, talvez o mais conhecido em todo o país.
O cantor nasceu em 14 de fevereiro de 1944 em Recife, onde ingressou na faculdade de engenharia, mas acabou não completando o curso e acabou trabalhando como professor de matemática. Em 1964, iniciou sua carreira artística imitando Roberto Carlos em bares da capital pernambucana. Apesar de ser um dos grandes nomes da música brega, Rossi deu os primeiros passos com sua banda de rock The Silver Jets, muito influenciada pelos Beatles e, segundo o próprio, a primeira banda de rock da história do Nordeste brasileiro.
Rossi lançou cerca de cinquenta álbuns ao longo de sua carreira, sendo os três primeiros com uma pegada mais próxima do rock: O Pão (1966), Festa dos Pães (1967) e O Quente (1968). Dois anos depois do último lançamento, chegou às lojas À Procura de Você, disco que marca sua estreia no gênero brega-romântico, no qual se tornaria um dos grandes expoentes. Em 1987, lança o disco Teu Melhor Amigo, que inclui um de seus maiores sucessos, Garçom. A música, no entanto, chega com força no eixo Rio-São Paulo apenas no final da década de 1990, onde o cantor, após quase três décadas de carreira, enfim passa a ganhar notoriedade.
Seu último trabalho foi o disco Cabaret de Rossi, lançado em 2010 e que rendeu a ele o Prêmio da Música Brasileira no ano seguinte. Além disso, o rei do brega, como era conhecido, conquistou ao longo da carreira quatorze discos de ouro, dois de platina, um de platina duplo e um de diamante.

Onze maneiras de diminuir a vontade de comer doce

Veja.Com

Diminua o consumo aos poucos


Para a maioria das pessoas, cortar doces de uma vez pode provocar uma espécie de abstinência, que levará a um posterior abuso de açúcar. Por isso, o ideal é parar gradativamente: comer doces por cinco dias na primeira semana, três na semana seguinte, até atingir a cota de um dia da semana. Para quem tem compulsão alimentar semelhante a um vício em drogas, porém, a recomendação é cortar o açúcar de uma vez. 

Beba pouco líquido durante as refeições

Tomar líquido durante a refeição faz com que a comida se mova mais rapidamente do estômago para o intestino. Como a presença de comida no estômago é o que promove a sensação de saciedade, misturar líquido com sólido pode causar fome. Comer devagar, mastigando bastante os alimentos, também contribui para que o organismo se sinta satisfeito e esqueça qualquer vontade de comer doces. 

Pratique atividade física

É comprovado: além de todos os benefícios que traz à saúde e à estética, a atividade física ainda diminui a vontade de comer doces. Estudos mostraram que, logo após se exercitar, as pessoas se sentem menos propensas a comer alimentos ricos em carboidratos, açúcar e gordura. Isso porque a atividade física estimula a liberação de hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar no organismo — o mesmo efeito causado pelo consumo de doces. 

Evite olhar para os doces

O simples fato de ter um doce apetitoso ao alcance do olhar já é suficiente para despertar no organismo o desejo pela guloseima. Por isso, manter os doces longe do campo de visão — ou simplesmente não tê-los em casa — pode ser uma boa ideia. 

Estabeleça um horário para as refeições

Ficar muitas horas em jejum faz com que o organismo busque uma fonte rápida de energia para manter seu funcionamento – com fome, dispara a vontade de comer carboidratos e açúcares. O ideal é alimentar-se de forma fracionada, com pequenas refeições a cada três horas. 

Aposte nas fibras e nas proteínas

Alimentos ricos em fibras e proteínas ajudam a prolongar a sensação de saciedade no organismo – logo, são aliados no combate à vontade de engolir doces. Consuma fontes proteicas como ovos, peixes e carnes magras, e fibrosas como frutas, legumes e verduras. 

Prefira comer doces logo após a refeição

Se a vontade por um doce for incontrolável, a recomendação é comer uma sobremesa na próxima refeição. O perigo de exagerar é menor: o organismo já estará saciado e ficará satisfeito com poucas colheradas de açúcar. 

Consuma carboidratos com moderação

A ingestão de alimentos ricos em carboidrato, como pães e massas, libera insulina no sangue. Esse hormônio ativa a região cerebral responsável pela sensação de fome, aumentando o apetite. 

Tome café da manhã

Pular o café da manhã pode aumentar o desejo por guloseimas. Como a refeição é a responsável por fornecer energia para o organismo começar o dia, ignorá-la pode fazer com que o organismo busque outras fontes rápidas de energia, como o doce.

Troque um doce por uma fruta

O açúcar dos doces é chamado de sacarose, e o das frutas, frutose. Enquanto a sacarose tem absorção rápida, pois é fácil de ser quebrada, a frutose demora mais para ser absorvida pelo organismo, o que prolonga a sensação de saciedade. Por isso, sempre que possível, é melhor trocar um doce por uma fruta. 

Controle a ansiedade e o stress

Doces liberam serotonina, hormônio que causa a sensação de bem-estar. Assim, muitas vezes acabam sendo usados como antidepressivos. Controlar a ansiedade e o stress, praticando atividades que possam servir como fonte de prazer, pode ajudar a diminuir o desejo por açúcar. 

*Fontes: Cintia Cercato e Gláucia Carneiro, endocrinologistas da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)

The Doors - Touch Me (Live)