segunda-feira 18 2013

Por que as crianças estão cada vez mais infelizes?


Comportamento

Especialistas em saúde infantil chamam a atenção para uma epidemia silenciosa que afeta a saúde mental das crianças que, ainda pequenas, precisam lidar com as pressões da sociedade moderna

Natalia Cuminale
Segundo especialias, as crianças estão ansiosas, estressadas, deprimidas e sobrecarregadas
Segundo especialias, as crianças estão ansiosas, estressadas, deprimidas e sobrecarregadas (ThinkStock)
Uma em cada onze crianças com mais de oito anos de idade está infeliz, segundo um estudo divulgado em janeiro deste ano pela Children’s Society, organização centenária de proteção infantil. Apesar de a pesquisa trazer à tona uma realidade das crianças entre 8 e 16 anos do Reino Unido, especialistas brasileiros em saúde infantil afirmam que esse não é um problema exclusivo das crianças britânicas. No Brasil, a realidade é parecida. Ana Maria Escobar, pediatra do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, em São Paulo, conduziu uma pesquisa com os pais de cerca de 900 crianças de 5 a 9 anos que estudavam em escolas particulares e estaduais.
De acordo com os resultados do estudo, os pais disseram que 22,7% das crianças apresentavam ansiedade; 25,9% tinham problemas de atenção e 21,7% problemas de comportamento. "No início do estudo, esperava encontrar queixas como asma, mas não ansiedade", diz Ana. Apenas 8% tinham problemas respiratórios e 6,9% eram portadoras de asma. O estudo foi concluído em 2005, mas Ana Maria acredita que se a pesquisa fosse feita hoje, "os níveis de ansiedade e de problemas de comportamento certamente seriam ainda mais altos."
Mais do que infelizes, as crianças brasileiras também estão ansiosas, estressadas, deprimidas e sobrecarregadas. "Elas estão desconfortáveis com a infância. Esse desconforto aparece de várias formas: como irritabilidade, desatenção, tristeza e falta de ânimo. Muitas vezes, é um comportamento incomum em relação à idade delas", diz Ivete Gattás, coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Saul Cypel, membro do departamento de Pediatria do Comportamento e Desenvolvimento da Sociedade Brasileira de Pediatria, traz dados preocupantes: "A impressão que eu tenho é a de que o número de crianças com queixas comportamentais cresceu muito nesses últimos dez anos." Neste período, segundo Cypel, houve uma transformação do perfil da clínica: se antes as queixas sobre o comportamento infantil correspondiam a 20% dos pacientes, agora são responsáveis por 85% do total de seu consultório de neurologia.
Com uma agenda recheada de atividades extracurriculares, que vão desde aulas de idiomas como inglês e mandarim até as aulas clássicas como balé e futebol, as crianças estão sem tempo para se divertir e descansar, acreditam os médicos. Segundo Cypel, a antecipação de atividades para as quais o indivíduo não está preparado pode desencadear o stress tóxico, que ocorre quando há uma estimulação constante do sistema de resposta ao stress, trazendo prejuízos futuros para as crianças.
"A família introduz uma série de treinamentos, atividades e línguas novas. Na medida em que a criança não consegue dar conta disso, a sensação de fracasso se torna frequente", explica Cypel. "Com o stress tóxico, ao invés de favorecer o desenvolvimento da criança, os pais acabam limitando-a e desmotivando-a." Entre as consequências diretas estão a diminuição da autoestima, alterações alimentares (excesso ou falta de apetite), problemas de sono e apatia.
No início deste ano, a Academia Americana de Pediatria lançou um documento que chama a atenção para as evidências de impactos negativos do stress tóxico, com prejuízos posteriores para a aprendizagem, comportamento, desenvolvimento físico e mental. O relatório também sugere que parte dos problemas mentais que ocorrem nos adultos devem ser vistas como transtornos de desenvolvimento que tiveram início na infância.
Ana Maria Escobar acrescenta que a exposição à realidade violenta do Brasil também pode contribuir para uma sensação de ansiedade nas crianças. "Antes, raramente uma criança ouvia falar de um ato de violência. Hoje, elas ficam mais confinadas e têm medo de assaltos e sequestros. Isso com certeza provoca maior stress e ansiedade, além de maior possibilidade de se sentir infeliz, principalmente entre aquelas que vivem nas grandes cidades brasileiras", diz..
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Sinais — O problema é agravado pelo fato de que muitos pais demoram a perceber o que se passa com seus filhos. "Eles acham que o comportamento das crianças é normal", diz Ana Maria Escobar. Além disso, a dificuldade em administrar o tempo que dedicam à vida profissional e aos filhos muitas vezes impede que os pais percebam os sinais de que algo está errado.
"Muitos pais priorizam a profissão e terceirizam a criação dos filhos. Mas é preciso se questionar: quanto tempo eu passo com meus filhos? Quem são as pessoas que estão criando eles?", afirma o psiquiatra Francisco Assumpção, da Sociedade Brasileira de Psiquiatria.
Essa é uma preocupação constante na vida da publicitária Flora*, que tem dois filhos, Cecília* e Celso*, de 7 e 9 anos, respectivamente. As crianças, que estudam em período integral na escola, têm uma rotina bastante atribulada. Celso faz aula de inglês, futebol, tênis e deve começar a aprender uma luta neste ano. Cecília também faz inglês, natação e deve começar a praticar ginástica olímpica. "Primeiro, experimentamos uma aula de inglês uma vez por semana, depois colocamos os dois em um esporte", afirma. "Tem que sentir muito como a criança está lidando com isso. Observar o comportamento para ver se ela está cansada e se o rendimento na escola começa a diminuir", diz. Flora se preocupou em contratar uma professora de inglês para que as crianças tivessem aulas em casa. Para ela, é melhor opção para evitar o stress desnecessário no trânsito.
Apesar da preocupação, Flora fez alterações na rotina de Cecília. A pequena começou a apresentar sinais de stress. Para descobrir o problema, Flora foi investigar com a filha e percebeu que a natação estava causando o problema. "Ela chorava muito e quando acordava dizia que não queria ir para a escola. Estava diferente do que ela é normalmente", disse. Flora tirou a filha da natação no ano passado, mas ela já pediu para voltar esse ano, segundo a mãe, que vai observar o desempenho da criança.

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Quando é depressão – De acordo com Ivete Gattás, da Unifesp, a depressão afeta 2% das crianças e até 5% dos adolescentes. Sabe-se ainda que a depressão na infância e na adolescência pode influenciar negativamente o desenvolvimento e o desempenho escolar, além de aumentar o risco de abuso de substâncias químicas e de suicídio.
Somente 50% dos adolescentes com depressão recebem o diagnóstico antes de se tornarem adultos. Gattás explica que o transtorno depressivo pode surgir a partir de vários fatores: predisposição genética e associação de fatores ambientais, que podem ser desencadeados pelo stress do dia a dia, sensação de vulnerabilidade, restrição ao desempenho da criança e sobrecarrega de atividades. "Para caracterizar depressão, a criança deve apresentar mais de cinco sintomas, durante um mês", afirma Gattás.
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Terapia — Estudos já mostraram que a ansiedade durante a infância, se não contornada, pode se transformar em depressão durante a vida adulta. Por isso é necessário prevenir qualquer sintoma, mesmo que ele não seja o suficiente para o diagnóstico da depressão. 
Carla*, de oito anos, começou a ter problemas aos cinco. Em seus desenhos, ela sempre aparecia chorando, enquanto suas amigas sorriam. “Ela é muito preocupada com a imagem que os outros têm dela. Se ela percebe que não corresponde ao que os outros esperam, ela se chateia muito”, diz a arquiteta Patrícia*, mãe de Carla.
“Tentamos conversar com ela, mas ela não revelava o que estava acontecendo. Descobri que as crianças na escola faziam um clubinho e que a Carla era sempre excluída”, diz Patrícia. O problema foi solucionado com a troca de sala. A pediatra de Carla indicou um especialista em saúde mental, para prevenir e ajudar a garota a entender a própria ansiedade. Há três anos, ela faz análise uma vez por semana. “Às vezes, ela me pergunta o que eu acho sobre determinado assunto e eu fico em dúvida sobre o que responder. E ela diz: ‘já sei, vou levar isso pra analista’”, conta a mãe.
Para Gattás, o pediatra deve ser treinado na área de saúde mental para diagnosticar problemas da infância e adolescência. “Ele acompanha a criança durante o crescimento e tem uma importância fundamental na orientação dos pais”, diz. “Se não houver uma mudança na forma como os pais lidam com seus filhos, vamos ver um aumento da frequência dos quadros psiquiátricos, mas transtornos de ansiedade e falta de perspectivas para as novas gerações”, diz Assumpção.
*Os nomes das mães e das crianças utilizados nesta reportagem foram trocados com o objetivo de preservar a privacidade dos personagens

As 'mães tigres' estão certas?

Com criação autoritária, crianças orientais não têm a oportunidade de errar
As filhas de Amy Chua, professora de Direito da Universidade de Yale e descendente de chineses, não podem dormir na casa das amigas ou ter um namorado. Elas também estão proibidas de assistir televisão ou de jogar videogame e sabem que vão receber castigos pesados se tirarem uma nota menor que 10 — a mãe abre uma generosa exceção para ginástica e atuação. Foi isso que escreveu Amy em um controverso artigo intitulado Por que as Mães Chinesas São Superiores publicado no início do ano passado na edição online do Wall Street Journal.
Amy é conhecida como o que se convencionou chamar de 'mães tigres', defensoras de um modelo de criação autoritário e punitivo. Depois do lançamento do livro Grito de Guerra da Mãe Tigre (Editora Intrinseca, tradução de Adalgisa Campos da Silva, 240 páginas, R$ 29,90), Amy participou de programas de TV nos Estados Unidos e foi capa da revista Time, onde defendeu seu modo de criar os filhos.
No livro, ela mostra que o perfeccionismo é regra. Incentivar resultados medíocres e se preocupar com a autoestima dos filhos são comportamentos totalmente fora do padrão de criação linha dura que ela considera ideal. Ela não hesita em chamar sua filha mais velha de "lixo". Amy obriga suas filhas a aprender piano ou violino. Certa vez, ela forçou a filha mais nova, de sete anos, a tocar piano sem intervalos para tomar água ou ir ao banheiro até que ela aprendesse a tocar determinada música.
A crença de que é preciso exigir muito para atingir o máximo do potencial costuma ser mais comum em culturas orientais, mas também pode acontecer entre jamaicanos, irlandeses ou americanos, segundo Amy. A única exigência para se encaixar no perfil de mãe tigre é ser exigente.
Pesquisas já mostraram que estudantes asiáticos que cursam o ensino médio passam mais tempo estudando e fazendo lições de casa do que os jovens de outras culturas. Toda essa cobrança, no entanto, pode apresentar resultados trágicos. A China está entre os dez países com as maiores taxas de suicídio do mundo, com 22 mortes por 100.000 pessoas. Lá, uma pessoa tenta tirar a própria vida a cada dois minutos, segundo dados do governo chinês.
Desiree Baolian Qin, que também é chinesa e professora do Departamento de Estudos do Desenvolvimento Humano e Familiar, da Universidade Estadual do Michigan, realizou um estudo mostrando que as crianças chinesas também precisam ser felizes. A pesquisa, publicada em janeiro deste ano no Journal of Adolescence, foi realizada com 487 estudantes.
Os resultados mostraram que os chineses tinham mais problemas com os pais com assuntos relacionados aos estudos do que os outros. Além disso, os estudantes chineses eram mais depressivos, ansiosos e apresentaram maior taxa de baixa autoestima do que os estudantes ocidentais. Bom para os estudos, o modelo autoritário não é benéfico para a saúde mental das crianças.

Estudo relaciona depressão infantil e doenças cardíacas


Infância

Pesquisadores descobriram que adolescentes que foram diagnosticados com o problema psicológico na infância são mais propensos a apresentar fatores de risco ao coração, como obesidade, tabagismo e sedentarismo

Bebês que nascem antes da hora tem mais chances de ter problemas emocionais, diz estudo
Depressão: Crianças com o problema psicológico tendem a apresentar fatores de risco à saúde cardíaca durante a vida(ThinkStock)
Um novo estudo da Faculdade de Medicina da Universidade Washington em Saint Louis, nos Estados Unidos, sugere que a depressão infantil pode aumentar o risco de crianças sofrerem de problemas cardíacos ao longo da vida. Isso porque, segundo a pesquisa, o problema psiquiátrico torna os jovens mais propensos a apresentar fatores de risco à saúde do coração, entre eles obesidade, tabagismo e sedentarismo, mesmo se eles não tiverem mais depressão. Esses achados foram apresentados neste final de semana durante o encontro anual da Sociedade Americana Psicossomática, em Miami.
De acordo com Robert Carney, professor de psiquiatria da Universidade de Washington e coordenador do estudo, há anos as pesquisas vêm mostrando que adultos depressivos correm um risco maior de ter problemas cardíacos. “Nós já sabíamos da associação entre a prevalência do transtorno mental e as chances de eventos cardiovasculares. O que nós desconhecíamos era em que estágio da vida é possível começar a perceber essa relação.”
A pesquisa de Carney envolveu 500 crianças, que foram acompanhadas de seus nove aos 16 anos de idade. Esses jovens faziam parte de um entre três grupos: um formado por aqueles que já haviam sido diagnosticados com depressão quando a pesquisa começou; outro, pelos irmãos desses jovens, que por sua vez não sofreram depressão ao longo do estudo; e, por último, um grupo de controle, formado por indivíduos livres do problema e que não tinham laços familiares com os outros voluntários.
Do transtorno mental ao coração — Quando os adolescentes foram avaliados aos 16 anos de idade, os pesquisadores descobriram que 22% entre aqueles que apresentavam depressão aos nove anos eram obesos. Essa prevalência entre os seus irmãos foi de 17%, e de apenas 11% entre o grupo de controle. Além disso, cerca de um terço dos jovens que tinham depressão quando criança se tornou fumante ativo, em comparação com os 13% entre os seus irmãos e 2,5% entre os participantes do grupo de controle.
Ainda segundo os resultados do estudo, os adolescentes que haviam sofrido de depressão na infância foram os mais sedentários entre todos os participantes, e os membros do grupo de controle, que passaram a infância e a adolescência livres do transtorno, os mais fisicamente ativos. De acordo com os autores da pesquisa, embora os resultados mostrem uma associação entre depressão e risco ao coração, ele não estabelece uma relação de causa e efeito — ou seja, não é possível dizer que a depressão provoca diretamente problemas cardíacos, mas sim que aumenta a propensão a fatores de risco cardiovascular.
“Em partes, isso é preocupantes pois estudos recentes mostraram que quando os adolescentes apresentam esses fatores de risco cardíaco, eles são muito mais propensos a desenvolver doenças do coração quando adultos e até mesmo a ter uma vida mais curta. Pesquisas mostram, por exemplo, que jovens que são fumantes ativos têm o dobro de chance de morrer aos 55 anos do que não fumantes, e vemos quadros semelhantes em relação à obesidade nessa faixa-etária. Então, a associação entre depressão infantil e tais fatores de risco sugere que nós precisamos monitorar de perto as crianças diagnosticadas com depressão”, diz Carney.

Abu Dhabi inaugura maior usina de energia solar concentrada do mundo


Energia alternativa

A usina, que vai produzir 100 Megawatts, custou 600 milhões de dólares

Homem observa de uma sacada a usina de energia solar concentrada Shams-1, nos arredores de Abu Dhabi
Homem observa de uma sacada a usina de energia solar concentrada Shams-1, nos arredores de Abu Dhabi: complexo tem 258.000 espelhos (Marwan Naamani/AFP)
Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, inaugurou oficialmente neste domingo a maior usina de Energia Solar Concentrada (CSP) do mundo, cujo custo de construção foi de 600 milhões de dólares, e que fornecerá energia para 20.000 residências.
A usina Shams 1, de 100 Megawatts (Itaipu produz 700 Megawatts em cada uma de suas 20 turbinas, totalizando 14.000 Megawatts), é "a maior do mundo mundo em operação com energia solar concentrada", disse Sultan al-Jaber, diretor da Masdar-Abu Dhabi, uma das parceiras do projeto e que supervisiona o plano do emirado de gerar 7% de sua demanda energética a partir de fontes renováveis até 2020.
"Shams 1 incorpora a tecnologia solar cilindro-parabólica mais inovadora e conta com 258.000 espelhos montados em 768 coletores cilindro-parabólicos", explicaram fontes da empresa. "Mediante a concentração de calor procedente dos raios solares em tubos onde circula um óleo sintético, Shams 1 produz vapor que movimenta uma turbina, gerando eletricidade", explicaram. "Adicionalmente, o projeto solar usa um sistema para aumentar a temperatura do vapor ao entrar na turbina, o que aumenta a eficiência do ciclo", acrescentaram.
O projeto inclui um "sistema de refrigeração seca que reduz significativamente o consumo d'água, uma vantagem crítica no árido deserto", afirmaram os técnicos da empresa.
A usina fica no deserto de Madinat Zayed, na região ocidental, 120 quilômetros a sudoeste de Abu Dhabi, capital dos Emiratos Árabes Unidos, no coração de uma das regiões mais ensolaradas e quentes do mundo.

Onde fica a usina

A usina Shams 1 vai produzir 100 Megawatts (Itaipu produz 14.000 Megawatts), e será "a maior do mundo mundo em operação com energia solar concentrada"
"É a maior usina de energia solar por concentração em funcionamento no mundo", afirmou Sultan Sultan al Jaber, conselheiro delegado da Masdar, organismo de Abu Dhabi encarregado do projeto.
Várias usinas solares ao redor do mundo usam tecnologia fotovoltaica para aproveitar a energia solar, mas as de concentração não alcançam o tamanho de Shams-1.
Com a usina, a Masdar produzirá 10% da energia solar concentrada do mundo, afirmou Seage, durante a inauguração da usina. A companhia produz ainda o equivalente a 68% da energia renovável dos países do Golfo.
Menos 15.000 automóveis — O parque solar é composto por longas linhas de espelhos parabólicos espalhados em uma superfície equivalente a 300 campos de futebol. As 192 fileiras de coletores de Shams-1, protegidos da areia por um dispositivo especial, geram uma energia que evita a emissão de 175.000 toneladas de CO2 ao ano. Isto equivale a retirar de circulação 15.000 automóveis, destacou a empresa.
A Masdar detém 60% do projeto, enquanto a francesa Total e a espanhola Abengoa Solar possuem 20% cada.
"Os Emirados hoje são o primeiro país do Oriente Médio membro da OPEP a investir nas energias renováveis, apesar de suas riquezas em hidrocarbonetos", afirmou o diretor da Masdar.
Abu Dhabi é o mais mais rico dos sete reinos que compõem a federação dos Emirados Árabes Unidos, dispõe de reservas de petróleo de 98,2 bilhões de barris, ou seja, 95% das reservas da federação.
O francês Philippe Boisseau, diretor de energias renováveis da Total, disse que o projeto é o resultado de uma associação com Abu Dhabi. "Compartilhamos a mesma visão no que diz respeito à diversificação das fontes de energia", destacou.
Abu Dhabi quer ser a capital regional de energias renováveis, razão pela qual decidiu abrigar a sede da Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena).
"É um momento extraordinário para nós", declarou o diretor da Irena, Adnan Amin, que qualificou a Shams-1 de "primeira etapa" da caminhada de um país rico em petróleo para as energias renováveis.

Correção: A Usina de Itaipu tem uma capacidade de geração de energia total de 14.000 Megawatts, e não de 700 Megawatts, como afirmava o texto. A informação foi corrigida. Agradecemos aos leitores Rogério Ferro do Nascimento, Gustavo Palmieri, Reinaldo Mastrogiuseppe, Diego Rossetto, Flavio e Marco por gentilmente apontarem o erro.
(Com Agência France Presse)

Apenas 8% dos municípios regulamentaram Lei de Acesso


Transparência

Entre os estados, catorze ainda não elaboraram texto para garantir efetividade da lei que torna mais fácil acesso a dados de órgãos públicos

governo na internet
Falta de regulamentação não é desculpa para sonegar dados, afirma especialista (Thinkstock)
Há quase um ano em vigor, a Lei de Acesso à Informação (12.527/2011) não foi regulamentada em 92% dos 5.564 municípios brasileiros, segundo dados do Mapa da Transparência, produzido pela Controladoria-Geral da União (CGU). Segundo detalhamento da ONG Contas abertas, entre eles estão dezessete capitais que ainda não elaboraram texto com definições próprias para que a Lei de Acesso seja efetivamente aplicada. São elas: Aracaju, Boa Vista, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Macapá, Natal, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, São Luís, Salvador e Teresina.
A CGU ressalta que a regulamentação da lei nos municípios é fundamental para garantir a transparência proposta com a criação da Lei de Acesso à Informação. A explicação está no fato de os municípios serem onde o cidadão tem mais necessidade de serviços públicos e onde são executadas as políticas de governo.
Estados – Das 27 unidades da federação, 12 estados mais o Distrito Federal fizeram a regulamentação da Lei de Acesso. Estão pendentes os estados do Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Acre, Tocantins, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe.
Para o especialista em Lei de Acesso à Informação e professor de administração pública da Fundação Getúlio Vargas, Gregory Michener, o tamanho continental do país e as disparidades regionais podem ser os fatores que tornam mais difícil a efetivação da lei na esfera municipais. Entretanto, a falta de regulamentação não pode ser desculpa para manter a falta de transparência. “A regulamentação é de primeira importância, mas mesmo não sendo regulamentada, toda entidade pública deve se conformar com a lei, que é constitucional, e a informação deveria ser devidamente entregue.”
A CGU vai disponibilizar para estados e municípios o sistema e-SIC, ferramenta desenvolvida pelo órgão que permite aos cidadãos solicitar informações aos órgãos públicos. A Controladoria explicou que a versão para as esferas está atualmente em fase piloto em dois parceiros públicos estaduais – o que deve durar até abril. “Depois, o e-SIC estará disponível para todos os estados e municípios interessados”, afirmou a CGU.
Legislativo – Apesar de já terem a Lei de Acesso regulamentada, Câmara e Senado ainda colocam limites no fornecimento de informações. Para acessar os salários dos funcionários das Casas, por exemplo, é necessário fazer cadastro. As informações de quem os dados são enviados para o servidor cujo vencimento foi pesquisado. Dessa forma, o pesquisado possui mais informação do que o próprio pesquisador. Além disso, já ocorreram problemas de servidores ofendendo cidadãos que consultaram as rendas no portal.
Michener ressalta que apenas no Brasil houve tanta discussão sobre a aplicação de Lei de Acesso à Informação no vencimento dos servidores, provavelmente “em razão dos salários dos funcionários públicos estarem fora do padrão”. “Em outros países não houve tanta discussão porque as remunerações estão de acordo com a renda do próprio país”, explica.

Google Street View inclui Everest e Kilimanjaro em mapa


Internet

Locais mais altos do mundo entram no serviço a partir desta segunda-feira

Mount Everest
Mount Everest (Reprodução/Google)
Os fãs de aventura já podem usar o Street View, serviço de mapas do Google, para visitar virtualmente os lugares mais altos do planeta. Uma atualização do serviço realizada nesta segunda-feira incluiu entre as atrações da plataforma quatro das mais altas montanhas do mundo: os montes Everest, Kilimanjaro, Aconcagua e Elbrus.
"Com o Google Maps, você pode se transportar instantaneamente para o topo desses picos e apreciar a vista sem se preocupar com avalanches, deslizamentos, fendas e todos os perigos de altitude e climáticos que os alpinistas normalmente enfrentam nessas ocasiões", diz a companhia em um post publicado em seu blog oficial.
Divulgação/Google
Aconcagua
Aconcagua, a maior montanha no continente americano
A empresa disponibilizou ainda uma galeria de imagens com os locais hostis fotografados pela equipe que acompanhou a expedição. Sara Pelosi, gerente do programa de relacionamento do Google, participou da jornada e conta no blog da companhia como foi o dia a dia do grupo encarregado pelo registro.
http://veja.abril.com.br/noticia/vida-digital/google-street-view-inclui-everest-e-kilimanjaro-em-mapa

Vale quer retomar projetos de potássio no Sergipe e Canadá--fonte


Por Reuters, Reuters

Por Sabrina Lorenzi
RIO DE JANEIRO, 18 Mar (Reuters) - A Vale quer retomar dois projetos de potássio, um em Sergipe e outro no Canadá, para compensar a suspensão de Rio Colorado, que estava entre as prioridades da mineradora até ser considerado alvo de conjuntura econômica desfavorável e incertezas políticas na Argentina.
A segunda maior mineradora do mundo poderá acelerar Carnalita, no Sergipe, e Kronau, no Canadá, que tinham perdido prioridade devido à necessidade da companhia de enxugar investimentos e focar em ativos principais, como os de minério de ferro, afirmou uma fonte com conhecimento direto do assunto.
"A Vale não desistiu dos planos de produzir potássio", afirmou a fonte à Reuters, pedindo anonimato.
A Vale deverá submeter os dois projetos ao Conselho de Administração.
Kronau, que não tinha previsão alguma de ser apresentado, voltou a ser discutido, segundo a fonte.
Na semana passada, a Vale anunciou a interrupção de Rio Colorado, onde chegou a investir pelo menos 2,2 bilhões de dólares como parte da meta de se tornar uma das maiores fornecedoras de fertilizantes do mundo.
O projeto previa a produção de 4,3 milhões de toneladas de potássio ao ano e já contava com 45 por cento das obras realizadas.
Mesmo que antecipe outros projetos, porém, a meta da Vale de se tornar grande fornecedora de fertilizantes deverá exigir mais tempo para ser alcançada, pois Rio Colorado já estava em construção.
Carnalita tem potencial para triplicar a produção de potássio no Sergipe, onde a Vale já possui uma mina em operação por meio de contrato de arrendamento que foi renovado em abril do ano passado com a Petrobras, em uma parceria considerada estratégica pelo governo brasileiro.
Na ocasião, a Vale dissera que aprovaria o projeto ainda no ano passado, mas acabou adiando.
Desde 1992, Vale explora a mina arrendada da Petrobras e produz cloreto de potássio a partir dos sais de silvinita, num volume de cerca de 600 mil toneladas anuais. Carnalita, em área próxima, deverá produzir 1,2 milhão de toneladas.
Kronau, localizado na província canadense de Saskatchewan, tem potencial estimado de produção anual da ordem de 2,9 milhões de toneladas métricas de potássio, segundo informou a Vale anteriormente. O começo era esperado para 2015, até o presidente da companhia, Murilo Ferreira, afirmar que o projeto seria reavaliado.

ANP propõe 10 bi de barris recuperáveis em leilão do pré-sal


 Por Reuters, Reuters

RIO DE JANEIRO, 18 Mar (Reuters) - A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis sugeriu à presidente Dilma Rousseff que a primeira rodada de leilões sob o regime de partilha, que vai incluir áreas para exploração no pré-sal brasileiro, ofereça 10 bilhões de barris recuperáveis de petróleo, segundo a diretora-geral da autarquia, Magda Chambriard.
A rodada está programada para novembro deste ano.
"Estamos ofertando a ela (presidente Dilma) 40 bilhões in situ; é muita coisa. É uma cesta de oportunidade com algo como 10 bilhões de barris recuperáveis", disse a diretora a jornalistas, em um evento técnico no Rio de Janeiro.
O petróleo in situ representa uma acumulação de petróleo em uma determinada região, em reservatórios descobertos ou de existência estimada em pesquisas, mas não significa que todo o volume é recuperável.
Segundo Magda, a rodada deverá incluir o cobiçado campo de Libra, que provavelmente responderá pela maior parte dos volumes leiloados.
"Isso seria Libra, seriam áreas anexas e adjacentes a descobertas ou campos e também novas áreas na bacia de Santos", afirmou ela ao ser questionada por jornalistas.
A diretora não detalhou os volumes estimados para Libra.
A título de comparação, as reservas provadas da Petrobras em 2012 foram estimadas em 16,44 bilhões de barris de petróleo e gás natural.
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A diretora da ANP minimizou o impacto da disputa entre Estados produtores e não produtores em torno dos royalties do petróleo.
Os governos de Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo protocolaram na sexta-feira ações no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a constitucionalidade das novas regras de distribuição dos royalties do petróleo. A nova lei foi promulgada um dia antes.
"Minha preocupação com isso para as próximas rodadas é zero", disse ela ao lembrar que as empresas produtoras são pagadoras de imposto e não cabe a elas definir o destino dos recursos.
A ANP deve promover três leilões em 2013, marcando a retomada das licitações, suspensas desde 2008, e alguns representantes do setor se mostraram preocupados com os efeitos da disputa judicial para os leilões.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

Eddie Vedder - Society (Water on The Road)


As guerras revelam tamanha estupidez humana, que somente encontram lógica, nas palavras históricas dos vencedores que a escrevem, porque os motivos são sempre fragilmente fúteis e as conseqüências severamente funestas à vida.
Eddie

O cronômetro e o umbuzeiro


 Por José Roberto de Toledo, estadao.com.br
O valor do minuto de propaganda eleitoral disparou na semana passada - e é sua cotação que vai determinar o destino...

O valor do minuto de propaganda eleitoral disparou na semana passada - e é sua cotação que vai determinar o destino dos candidatos a presidente daqui para frente. A oscilação afetou diretamente as chances de Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Como? Em tempo. Antes, um passo atrás para olhar o contexto desse sobe e desce de preços.
Com o aumento do ruído de fundo e das tentações eletrônicas, a atenção do público perde-se à deriva. O cidadão é mais disperso e menos atento na razão da densidade de suas conexões. Quanto mais envolvido pelos quintilhões de bits e bytes que o novo mundo digital produz diariamente, mais difícil é para cortar pelo cipoal de dados e encontrar significado e rumo através da selva de textos, telas e fragmentos de informação.
Essa tendência está mudando as campanhas eleitorais. O tempo pelo qual o eleitor é capaz de se concentrar no tema da eleição e decidir seu voto é progressivamente mais curto. A cada pleito, o período decisório dos sem-candidato - quando o eleitor menos interessado se informa para definir em quem votará - é tanto mais breve quanto mais próximo do dia de ele ir à urna.
Pudera ser quase impossível encontrar candidato que sobreviva à reta final da campanha eleitoral sem um estoque mínimo de tempo para propaganda de TV. E a nota de corte sobe a cada eleição: mais e mais minutos são necessários para o candidato superar intenções de voto liliputianas e assomar acima dos nanicos.
Nesse cenário, levam vantagem candidatos que têm um eleitorado cativo e se beneficiam da inércia do voto. Não basta ser muito conhecido, porém. É preciso ter marca forte e rejeição desproporcional ao grau de conhecimento, ou o candidato cai no paradoxo serrano: quanto mais aparece, menos eleitores têm. A rejeição alta - como a falta de tempo de TV - é eliminatória.
Mesmo os candidatos conhecidos batalham por mais tempo de propaganda. Se não para eles próprios aparecerem, para impedir que os adversários apareçam. Essa é a batalha em curso, e que antecipa a sucessão de 2014. Quem já tem muito tempo, como a presidente, tenta amarrar as alianças para não deixar preciosos minutos escaparem para a oposição. Quem não tem corre atrás.
Dilma é assombrada pela inflação também de aliados. Por proteção, a presidente fez um caxangá ministerial na quinta-feira: tirou Brizola Neto (PDT) do Trabalho, pôs um mineiro na Agricultura e deixou o peemedebista Moreira Franco ficar, mas num posto menos decorativo. Tudo para reforçar a aliança com o PMDB e tentar resgatar os fugidios e divididos pedetistas.
O equilibrismo presidencial amarrou os dois minutos e meio do PMDB, deu um laço nos 45 segundos do PDT, mas deixou escapar o minuto e 40 do PSD de Gilberto Kassab. O ex-prefeito percebeu que a cotação do tempo de TV está em alta e comprou uma opção de venda futura quando, aposta, o apoio de seu partido valerá mais do que o microministério oferecido por Dilma.
A manobra especulativa não foi só de Kassab. O PPS tenta reverter sua decadência eleitoral fundindo-se ao nanico PMN. Mesmo juntos, os dois partidos têm poucos segundos a oferecer em tempo de TV a um presidenciável. Mas a criação da nova sigla abre a Caixa de Pandora da fidelidade partidária: deputados de outros partidos podem aderir sem perder o mandato - foi a jurisprudência criada pelo TSE ao julgar o caso do PSD.
O PPS+PMN aposta que atrairá deputados de outras siglas se a nova legenda estiver aliada ao PSB de Eduardo Campos em 2014. Acha que atenderá uma demanda reprimida na Câmara. O movimento ajudaria o governador de Pernambuco a alcançar o mínimo de 12% do tempo de TV (98% dos candidatos a prefeito que não atingiram esse patamar não se elegeram nem chegaram ao segundo turno em 2012).
Quem mais tem a perder com a fusão é Aécio Neves. O tucano não apenas perderia os segundos de TV do PPS, como veria a candidatura oposicionista de um rival ganhar viabilidade eleitoral. Potenciais aliados, como PTB e DEM, poderiam se sentir tentados a embarcar na canoa reforçada de Campos. Pior, tucanos dissidentes poderiam pular fora do barco de Aécio.
"Mineiro" à la Getúlio Vargas, o ex-governador de Minas gostaria de esperar em cima do umbuzeiro até a undécima hora - e só saltar para a campanha presidencial quando as condições lhe fossem ideais. Mas tem tucano cortando o tronco do umbuzeiro.

Petrobras reitera capacidade para plano de negócios


 Por SABRINA VALLE, estadao.com.br
A Petrobras afirmou nesta sexta-feira que a contratação de FPSOs (unidade flutuante de armazenamento e transferência)...

A Petrobras afirmou nesta sexta-feira que a contratação de FPSOs (unidade flutuante de armazenamento e transferência) por afretamento é uma alternativa amplamente usada na indústria de petróleo. A companhia reiterou que tem "capacidade financeira para executar todo o seu Plano de Negócios e Gestão, inclusive para todas as unidades (plataformas) ainda não contratadas". E afirmou que serão cumpridas todas as exigências de conteúdo local.
As informações foram dadas à reportagem em resposta ao questionamento em relação ao aumento de contratos de afretamento no exterior, em detrimento de contrato de construção no Brasil. A companhia não informou se há aumento ou não dos contratos por afretamento. Mas afirmou que a opção entre a contratação por afretamento ou a construção de unidade própria depende de aspectos técnicos, comerciais e dos prazos requeridos pelos projetos, "sendo importante observar que desde 2010 a Petrobras vem exigindo que as FPSOs afretadas atendam a requisitos de conteúdo local similares aos praticados para as unidades próprias".
O Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval (Sinaval) diz que redução das encomendas já aparece nas estatísticas e gera ociosidade nos estaleiros e corte no contingente de
Trabalhadores. A contratação de construção de navios no Brasil entra como endividamento direto no balanço financeiro da companhia. Cada plataforma flutuante custa cerca de US$ 1,5 bilhão para ser construída. Apenas na área da cessão onerosa, a Petrobrás precisará de mais cinco plataformas - há quatro já contratadas.
No caso de afretamento, uma espécie de aluguel, o custo final para todo o período exploratório pode dobrar para cerca de US$ 3 bilhões, mas não entra como dívida no balanço. A Petrobras está com limites de alavancagem acima do considerado confortável pela própria companhia (2,5 vezes a geração líquida/Ebitda). Nesta sexta-feira, a Petrobras informou que esta zona de conforto só será retomada em 2014.
Caso optasse por contratar todas as plataformas para construção direta no Brasil, a Petrobras poderia extrapolar os limites de alavancagem. No limite, isso levaria a rebaixamento por agências de classificação de risco. "A contratação de FPSOs por afretamento é uma alternativa amplamente utilizada na indústria de petróleo, sendo que, ao longo da sua história, a Petrobras tem utilizado tanto a construção de plataformas próprias como a contratação de plataformas por afretamento como alternativas para os projetos de produção", disse a companhia.
A Petrobras informou que as exigências de conteúdo local não atrapalham a companhia e que os índices que têm sido exigidos são exequíveis. "Não há indicativos de que não serão atingidos pela indústria nacional", informou. Reafirmou ainda que "cumprirá integralmente com o conteúdo local requerido em todas as suas atividades". A petroleira diz que o "plano de negócios da companhia prevê recursos suficientes para a execução dos projetos listados em seu portfólio". "A Petrobras está comprometida em garantir a expansão dos seus negócios com indicadores financeiros sólidos, e possui capacidade financeira para implementar os projetos de E&P no Brasil necessários ao cumprimento da sua meta de produção de 2020", disse, na nota.

Anvisa suspende os produtos com soja da marca Ades


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, nesta segunda-feira, a suspensão da fabricação,...

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, nesta segunda-feira, a suspensão da fabricação, distribuição, comercialização e consumo, em todo o território nacional, de todos os lotes dos produtos ''alimento com soja'' da marca Ades, fabricados pela linha de produção TBA3G da empresa Unilever Brasil, localizada em Pouso Alegre, Minas Gerais. A Agência justifica em resolução publicada também nesta segunda-feira no Diário Oficial da União (DOU) que a punição aos produtos se deve "por suspeita de não atenderem às exigências legais e regulamentares" do órgão.
A suspensão abrange todos os lotes dos produtos com os sabores de abacaxi, vitamina banana, cereais com mel, zero frapê de coco, chá verde com tangerina, zero laranja, chá verde com limão, zero maçã, chocolate clássico, zero original, chocolate com coco, zero pêssego, frapê de coco, zero vitamina banana, laranja, zero uva, maçã, laranja, manga, maracujá, melão, morango, uva, original, pêssego, shake morango. Alguns sabores tiveram suspensão em mais de um tipo de embalagem. A Resolução 1.005 da Anvisa descreve as embalagens específicas de cada produto suspenso.
Recall
Na semana passada, a Unilever anunciou recall de 96 unidades do suco Ades maçã de 1,5 litro fabricadas no dia 25/02/2013, do lote com as iniciais AGB 25. Segundo a empresa, houve uma alteração no conteúdo do envase devido a uma falha no processo de higienização, o que resultou no envasamento de solução de limpeza no lugar de suco.
De acordo com nota emitida pela Unilever, o consumo dessa substância pode causar queimaduras. O lote que sofreu alteração foi distribuído nos Estados de São Paulo, do Rio de Janeiro e Paraná. Na ocasião do anúncio do recall, a empresa pediu que os consumidores que estivessem de posse de sucos desse lote não consumissem o produto e entrassem em contato com a Unilever pelo telefone 0800 707 0044, das 8h às 19h, ou pelo e-mail sac@ades.com.br.

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