segunda-feira 02 2012

Painel da ONU prevê ondas de calor, secas e tempestades cada vez mais intensas(VEJA)

Aquecimento global

Relatório aponta a relação entre emissões de gases, aquecimento global e eventos meteorológicos extremos

Clima da Terra já foi alterado, de acordo com previsões do IPCC, painel de cientistas do clima ligado à ONU Clima da Terra já foi alterado, de acordo com previsões do IPCC, painel de cientistas do clima ligado à ONU (NASA)
O planeta deve se preparar para enfrentar mais calor, secas mais fortes e chuvas mais violentas. Esta é a principal advertência do relatório publicado nesta quarta-feira pelo Painel Intergovernamenal de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), colegiado de cientistas sob o guarda-chuva da ONU.

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IPCC
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) foi criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Sua missão é produzir informações relevantes para a compreensão das mudanças climáticas. Por sua contribuição ao tema, o IPCC ganhou o Nobel da Paz em 2007.
O documento de 592 páginas, cujas principais conclusões já foram publicadas em novembro, é a síntese mais completa até agora para expor a relação entre emissões de gases que aceleram o efeito estufa, aquecimento global e eventos meteorológicos extremos, como furacões, secas, ondas de calor e inundações.

Intensificação — Os especialistas afirmam que já se sabe o suficiente para que os governos tomem as decisões adequadas sobre a forma de enfrentar os riscos de catástrofes climáticas.
Segundo o IPCC, há indícios de que certos episódios extremos 50 anos atrás já foram consequência das mudanças climáticas, e os cientistas preveem uma intensificação dos fenômenos nas próximas décadas. "No futuro é provável que a duração e o número de ondas de calor aumentem em muitas regiões do mundo", afirmaram os cientistas.

Eles também preveem uma frequência maior de fortes chuvas, em particular nos trópicos. As secas também serão mais prolongadas e intensas em determinadas regiões, sobretudo no sul da Europa e nos países mediterrâneos, mas também no centro da América do Norte.

Adaptar e reduzir — O relatório distingue regiões particularmente vulneráveis, como as grandes cidades dos países em desenvolvimento, as zonas costeiras e ilhas. O relatório se refere ainda à vulnerabilidade da cidade de Mumbai, na Índia, onde algumas áreas poderiam se tornar inabitáveis.

"O mundo deverá se adaptar e reduzir as emissões de gases que aceleram o efeito estufa se quisermos enfrentar as mudanças climáticas", disse o indiano Rajendra Pachauri, presidente do IPCC.

Este relatório, que se baseia em mais de mil estudos já publicados, contribuirá para o próximo grande informe do painel intergovernamental, aguardado para 2013-2014. Entre os 831 especialistas do Painel que vão redigir seu quinto relatório de avaliação climática, a ser publicado em 2014, 25 são brasileiros. O último informe foi publicado em 2007.
(Com Agência France-Presse)
 http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/terra-deve-enfrentar-secas-calor-e-chuvas-mais-intensas#ipcc

Via Láctea abriga bilhões de planetas habitáveis, diz estudo(VEJA)

Astronomia

Astrônomos estimam que 40% das anãs vermelhas - estrelas mais comuns de nossa galáxia - possuem planetas maiores do que a Terra em sua órbita

Representação artística de como os astrônomos acreditam ser o entardecer no planeta recém-descoberto Gliese 667 Cc, o mais semelhante à Terra já encontrado Representação artística de como os astrônomos acreditam ser o entardecer no planeta recém-descoberto 'Gliese 667 Cc', o mais semelhante à Terra já encontrado (European Southern Observatory (ESO))
Pesquisa realizada pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) – uma organização intergovernamental de pesquisa em astronomia – descobriu que a Via Láctea abriga bilhões de planetas rochosos maiores do que a Terra, que ocupam as zonas habitáveis de estrelas conhecidas como anãs vermelhas. Os dados foram obtidos pelo espectrógrafo HARPS, um instrumento que tem como função descobrir planetas, instalado em um telescópio do observatório La Silla, no Chile.

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ANÃ VERMELHA
As estrelas conhecidas como anãs vermelhas são pequenas – menores que a metade da massa do Sol –, têm a superfície relativamente fria, quando comparadas à temperatura solar, e apresentam fraca luminosidade. São, porém, muito comuns e vivem durante muito tempo, correspondendo a cerca de 80% de todas as estrelas da Via Láctea.
SUPER-TERRA
Planetas maiores do que a Terra, mas menores que os planetas gigantes do Sistema Solar, como Júpiter e Saturno, são chamados de super-Terras. Eles possuem massas de uma a dez vezes maiores do que a massa terrestre. O termo se refere apenas à massa do planeta, excluindo qualquer outra característica, como temperatura, composição e habitabilidade.
Nas vizinhanças imediatas do Sistema Solar, os cientistas estimam que haja cerca de uma centena dos tais planetas, chamados de super-Terras, por possuírem massas maiores do que o nosso planeta. Segundo eles, essa foi a primeira vez em que foi medida de forma direta a frequência desses planetas em torno das estrelas mais comuns da nossa galáxia, as anãs vermelhas, que constituem cerca de 80% de todas as estrelas da Via Láctea.

"Cerca de 40% de todas as estrelas anãs vermelhas possuem uma super-Terra em sua zona habitável", diz Xavier Bonfils, coordenador da equipe que realizou o estudo. "Como as anãs vermelhas são muito comuns – existem cerca de 160 bilhões delas na Via Láctea –, chegamos ao resultado surpreendente de que deve haver dezenas de bilhões planetas deste tipo só em nossa galáxia", explica. Planetas gigantes, com massa de 100 a 1.000 vezes maior do que a terrestre, são menos comuns em torno delas. A estimativa é de que astros semelhantes a Júpiter e Saturno apareçam em menos de 12% das anãs vermelhas.
Os astrônomos chegaram a esses números após analisar, durante seis anos, uma amostra cuidadosamente selecionada de 102 estrelas anãs vermelhas. Neste grupo, eles encontraram nove super-Terras e conseguiram estimar suas massas e a que distância elas orbitavam as estrelas. Reunindo esses dados a observações de estrelas sem planetas e à fração de planetas existentes que ainda podem ser descobertos, a equipe chegou à frequência de super-Terras em zonas habitáveis: 41%, podendo variar de 28% a 95%.

"A zona habitável em torno de uma anã vermelha, onde a temperatura é favorável à existência de água líquida na superfície do planeta, encontra-se muito mais próxima da estrela do que a Terra está próxima do Sol", diz Stéphane Udry, membro da equipe. "Mas sabe-se que as anãs vermelhas estão sujeitas a erupções estelares, o que faz com o planeta seja banhado por radiação ultravioleta e raios-X, tornando assim a vida mais improvável", conta.
"Agora que sabemos que existem muitas super-Terras na órbita de anãs vermelhas próximas de nós, precisamos identificar mais delas. Esperamos que alguns destes planetas passem na frente das suas estrelas hospedeiras, o que nos dará a excelente oportunidade de estudar a atmosfera do planeta e procurar sinais de vida", explica Xavier Delfosse, outro astrônomo que participou do estudo.

(Com agência EFE)
  http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/estudo-indica-que-via-lactea-tem-bilhoes-de-planetas-supostamente-habitaveis

Fumo passivo atinge 94,6% da população mundial, diz OMS

São Paulo e Rio adotaram proibição do fumo em lugares fechados




Um novo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado nesta quarta-feira, afirma que 94,6% da população mundial ainda não está protegida por leis contra os males causados pelo fumo passivo.


No segundo grande relatório organizado pela instituição a respeito do que chama de “epidemia do fumo”, a OMS diz que 5,4% da população do mundo estava protegida por leis antifumo abrangentes em 2008, um aumento de 3,1% em relação a 2007.


Este número significa que 154 milhões de pessoas não estão mais expostas aos danos causados pelo tabagismo em locais de trabalho, restaurantes, bares e outros ambientes públicos fechados.


"Apesar de significar um progresso, o fato de que mais de 94% das pessoas ainda não estão protegidas por leis antifumo abrangentes mostra que é preciso trabalhar mais", disse Ala Alwan, diretor-assistente para Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da OMS.


O documento diz que sete países (Colômbia, Djibuti, Guatemala, Maurício, Panamá, Turquia e Zâmbia) implementaram leis antifumo em 2008, elevando naquele ano o total de países com estas leis para 17.


Mortes


O relatório, divulgado em Istambul, na Turquia, se concentra na Convenção para Controle do Fumo, principalmente o artigo 8, que cuida da proteção contra a fumaça de cigarro. A convenção foi elaborada em 2005 e ratificada por 170 países.
O texto descreve os esforços de alguns países para implementar medidas determinadas por esta convenção.


Segundo o documento, o fumo passivo "causa cerca de 600 mil mortes prematuras por ano, incontáveis doenças e perdas econômicas da ordem de dezenas de bilhões de dólares ao ano".
"Não há um nível seguro de exposição ao fumo passivo. Então, é necessária uma ação dos governos para proteger as pessoas", afirmou Alwan.


Brasil
O relatório da OMS cita o Brasil como exemplo de país onde autoridades municipais ou estaduais estão implantando políticas contra o fumo passivo.


"Das cem maiores cidades do mundo, 22 têm leis antifumo - e mais três (Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador) se transformaram em cidades livres do fumo desde que os dados para este relatório foram coletados", afirma o documento.


O relatório também destaca a "alta prioridade e compromisso com o combate à epidemia" no Brasil.


"Em 2005, todos os Estados e mais de dois terços dos municípios tinham treinado funcionários para implementar atividades de controle do fumo, e um terço dos municípios, incluindo todas as grandes cidades do Brasil, adotaram programas específicos de controle do fumo", diz o documento da OMS.


De acordo com o relatório da OMS, o fumo continua em primeiro lugar entre as causas de morte que podem ser evitadas, com um total de cinco milhões de óbitos por ano.


A organização estima que, a não ser que sejam tomadas providências urgentes, esse número poderá chegar a 8 milhões por ano até 2030 – e a maior parte das mortes ocorreria nos países mais pobres.

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