quinta-feira 01 2013

Dá para fazer cursinho e colégio ao mesmo tempo

Perfil do aluno

Perfil do aluno (© Dreamstime)

Acompanhar um cursinho ainda no terceiro ano do colegial nem sempre é garantia de sucesso nos vestibulares mais concorridos. Os benefícios que essa estratégia pode trazer dependem do perfil do aluno. “Não dá para generalizar”, afirma Áurea Bazzi, coordenadora pedagógica do Ensino Médio, no Colégio Albert Sabin, de São Paulo.

Organização e determinação

Perfil do aluno (© Dreamstime)

Para conseguir acompanhar o cursinho e o colegial, não tem jeito: é preciso muita organização e determinação.
Aproveite bastante as aulas dos dois lugares. Afinal, o que você está estudando no colegial também cai no vestibular. À noite, faça exercícios. “Tem que ver o que é prioridade. Faça o melhor que puder. Faça o principal, sem estresse”, aconselha Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora pedagógica do Curso e Colégio Objetivo.
Nos fins de semana, uma dica é usar o domingo só para descanso. Mas tire o atraso das tarefas no sábado.

Desempenho escolar

Perfil do aluno (© Dreamstime)

Antes de tomar essa decisão, pense em como costuma ser seu desempenho escolar. Afinal, você ainda vai ter que passar de ano e se formar.
Se você normalmente já encontra dificuldades em acompanhar a escola, fazer cursinho pode atrapalhar. Já um aluno que costuma ser organizado e tirar boas notas pode aproveitar melhor o cursinho no terceiro ano.
A vantagem de fazer o semiextensivo – a partir de agosto – é que você pode se dedicar mais à escola no começo do ano e garantir boas notas. Já o extensivo – o ano inteiro – tem a vantagem de apresentar as matérias mais lentamente.

Cansaço


Perfil do aluno (© Dreamstime)

Levar cursinho e colegial ao mesmo tempo pode gerar muito cansaço, principalmente no final do ano – justamente quando acontecem as provas. “Há vários fatores que levam à exaustão, como o transporte e a locomoção”, afirma a coordenadora pedagógica do Colégio Albert Sabin.
O bom sono é essencial nessa situação. Durma sempre as horas necessárias para se recuperar. “O indivíduo cansado não produz. Se cansou, pare. Senão no dia seguinte você não aproveita aula nenhuma”, diz Vera.

Perfil da escola

Perfil do aluno (© Dreamstime)

Sua escola dá bom suporte para o vestibular? “O cursinho é para aquele que fez um Ensino Médio insuficiente para conseguir vagas em universidades de ponta”, indica Áurea.
Alunos que estudam em escolas com uma grade ruim, que exploram mal o conteúdo e têm professores sem força acadêmica, podem se beneficiar do cursinho para passar no vestibular.
Se o seu Ensino Médio foi feito com cuidado e a escola é forte em vestibulares de ponta, fazer cursinho pode ser pecar por excesso.

Professores

Perfil do aluno (© Dreamstime)

Ter a mesma matéria com diferentes professores pode ajudar a entender melhor um conteúdo. Mas saiba que é muito difícil você ter o mesmo conteúdo na escola e no cursinho ao mesmo tempo.
Um professor do cursinho costuma ter uma didática mais voltada ao vestibular, o que pode fazer as aulas parecerem mais interessantes e estimulantes. Já o professor da escola tem um papel de educador que o do cursinho não tem.

Simulados


Perfil do aluno (© Dreamstime)

Uma das vantagens dos cursinhos é oferecer muitos simulados. Com eles, você aprende algo fundamental: lidar com o tempo. “Você vê como está, compara com as outras pessoas. E tem que melhorar no próximo. Se errou uma questão, tire dúvidas”, afirma Vera.
Segundo Áurea, no entanto, muitos deles oferecem alguns simulados para não alunos. Por isso, você pode ficar atento às datas das provas e fazer somente elas.

Ambiente

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Se você tem aulas em um cursinho, está mudando de ambiente. Principalmente considerando cursinhos em que as aulas têm uma dinâmica bastante diferente da utilizada nos colégios tradicionais.
No entanto, isso nem sempre é vantajoso. “A pressão psicológica é muito grande. Os alunos que fazem cursinho estão em outro estágio. Muitos já estão fazendo pela segunda vez”, afirma Áurea.

Revisão em casa

Perfil do aluno (© Dreamstime)

Se a sua escola não oferece aulas de revisão para o vestibular, veja se não vale a pena estudar sozinho em casa. Afinal, organização é necessária, seja estudando no cursinho ou por conta própria. “Estudar sozinho também é muito importante. Você ganha autonomia e supera barreiras”, afirma Áurea.
Já Vera acredita que o professor pode ajudar. “A revisão feita por um professor é melhor. Ele já tem prática. Vai orientando e isso gasta menos tempo. Sozinho, em casa, vai ser difícil”, diz.
Áurea recomenda que o aluno que estuda em casa procure orientação dos professores sobre o que e como praticar, e tire dúvidas depois.

Entrar direto

Perfil do aluno (© Dreamstime)

É claro que entrar direto é o sonho de todos, mas avalie se você realmente tem essa necessidade. “Quantos alunos de determinada carreira entraram direto? Em Medicina, dá para contar nos dedos”, afirma Vera.
É comum não entrar direto em uma universidade de ponta. Por isso, não se desanime se não conseguir.




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