quinta-feira 11 2013

Comércio do Rio se protege contra vandalismo em protesto

Cidades

Um dia antes de mais uma manifestação, desta vez convocada por sindicatos, bancos e outros estabelecimentos comerciais colocam tapumes nas fachadas

Tropa de choque utiliza gás lacrimogêneo durante protesto nas ruas próximas ao estádio do Maracanã do Rio de Janeiro
Tropa de choque utiliza gás lacrimogêneo durante protesto nas ruas próximas ao estádio do Maracanã do Rio de Janeiro - Gabriela Batista

(Atualizado às 20h)
Um dia antes de mais uma manifestação programada para o Centro do Rio de Janeiro, bancos e outros estabelecimentos comerciais já começaram a se precaver. Tapumes foram colocados diante das fachadas para evitar o vandalismo que já se tornou recorrente. Mas não é somente nesta região que os atos devem se concentrar. Pelo menos três protestos estão programados para pontos diferentes da cidade, como parte de uma mobilização que promete ser nacional e é convocada por centrais sindicais. Municípios da Região Metropolitana e da Baixada Fluminense também devem aderir.
O evento criado no Facebook marca a primeira concentração para as 13 horas, em frente à prefeitura, no bairro Cidade Nova. O segundo movimento fará o tradicional percurso entre a Candelária e a Cinelândia, no Centro, a partir das 15 horas. Duas horas mais tarde, a passeata sai do Largo do Machado, na Zona Sul, em direção ao Palácio Guanabara, sede do governo do estado. Mais de 15.800 pessoas confirmaram presença na rede social até o início da noite nesta quarta-feira. "Todos os brasileiros unindo forças para mostrar que o governo deve servir ao povo, e não o povo ao governo", convoca o movimento.
Por haver divergências entre as centrais sindicais (CUT, Força Sindical, UGT e CTB, etc), o protesto unificado não vai abordar temas como o plebiscito para a reforma política proposto pelo governo federal. Foram aprovados temas como: fim do fator previdenciário, derrubada do projeto de lei que regulariza terceirizações (PL 4330/2004, de autoria do deputado federal Sandro Mabel - PMDB/GO), fim dos leilões do petróleo e 10% do PIB para saúde e educação, entre outros. Estudantes do Fórum de Lutas contra o Aumento da Passagem aprovaram temas como a desmilitarização da Política Militar, a estatização das empresas de transporte e Fora Renan Calheiros (PMDB/AL e presidente do Senado).
Greve - Ao contrário do proposto inicialmente, o sistema de transporte público (ônibus, trens, metrôs e barcas) deverá funcionar normalmente, afirmam os sindicatos. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço sindical da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), afirmou por meio da assessoria que considera qualquer paralisação como "desrespeito à lei". Procurada, a Fenaban afirmou que ainda não tem nenhuma confirmação de que haverá paralisação. Contudo, alguns bancos já informaram a suspensão das atividades também por questões de segurança.
Segurança - A Polícia Militar está monitorando pela internet os locais onde manifestações estão sendo marcadas, e o policiamento será reforçado. Folgas foram adiadas e a maior preocupação da PM é com o Palácio Guanabara - que não tem muros. Como de costume, policiais da Coordenadoria de Inteligência estarão à paisana para filmar a manifestação. PMs do Batalhão de Choque estarão nas ruas desde antes das manifestações, com capacetes, escudos, bombas de gás lacrimogênio e gás de pimenta.
(Com Estadão Conteúdo)

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