sexta-feira 05 2014

Ex-governador da Virgínia e mulher são condenados por corrupção

Estados Unidos

Robert McDonnell aceitou empréstimos e presentes de empresário para promover produtos; pena pode chegar a 20 anos de prisão

O ex-governador McDonnell
O ex-governador McDonnell    (Reuters/VEJA)
Uma corte federal dos EUA julgou nesta quinta-feira o ex-governador da Virgínia Robert McDonnell e sua mulher culpados por crime de corrupção. Segundo a promotoria, eles aceitararam presentes e empréstimos camaradas para ajudar um empresário local.
McDonnell, que já foi visto como um potencial candidato à Presidência pelo Partido Republicano, foi considerado culpado de 11 das 14 acusações apresentadas à Justiça. Ele deixou o cargo em janeiro após o término do mandato. Sua mulher, Maureen, foi condenada por nove acusações.
O júri deliberou por 17 horas antes de decidir pelo veredito. O casal pode ser sentenciado a até 20 anos de prisão e a pagar 250.000 dólares em multas por cada acusação. A previsão é que a pena seja anunciada no dia 6 de janeiro. A defesa do casal já anunciou que vai recorrer. No momento, Robert e Maureen vivem separados. Eles não falaram com a imprensa após o anúncio da condenação.  
Os promotores do caso afirmam que McDonnell e sua mulher receberam 177.000 dólares em empréstimos e presentes de um empresário do ramo de produtos de emagrecimento chamado Jonnie Williams. Em troca, eles se comprometeram a promover um dos produtos do empresário, chamado Anatabloc – e para tanto usaram a máquina do Estado,
Segundo os promotores, McDonnell apresentou fiscais da agência local de vigilância sanitária para Williams, emprestou a sede do governo para o lançamento oficial do produto  e chegou a sugerir para universidades locais que elas estudassem supostos benefícios do produto. A defesa do casal argumentou que os presentes e empréstimos não eram ilegais, e que a ajuda dada a Williams para promover o produto era uma cortesia normal feita a empresários do Estado. 
"Essencialmente, McDonnell forneceu acesso especial para Williams", disse o promotor Kelly Kramer. "A condenação demonstra o perigo de detentores de cargos públicos aceitarem presentes extravagantes”, disse ele.  Entre os presentes estavam um relógio da marca Rolex avaliado em 6.500 dólares e tacos de golfe. 

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