segunda-feira 06 2014

BNDES vai gastar R$ 234 milhões para construir novo prédio no centro do Rio

Rio de Janeiro

O novo edifício deve abrigar, segundo informou o banco, cerca de 700 funcionários, que atualmente dão expediente em escritórios no edifício Ventura, um complexo comercial de 18 andares alugados pelo banco

Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
Prédio do BNDES no Rio de Janeiro
Prédio do BNDES no Rio de Janeiro (Vanderlei Almeida/AFP)
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta segunda-feira que prevê um gasto de 234 milhões de reais para construir um novo edifício na Avenida República do Paraguai, em área contígua à sede da estatal, no Centro do Rio de Janeiro. O banco também estima desembolsar 50 milhões de reais em contrapartidas, que serão ainda especificadas pela prefeitura da cidade, com o financiamento de projetos de preservação do patrimônio histórico na região. A previsão é de que o novo prédio tenha 400 vagas de garagem.
O novo edifício deve abrigar, segundo informou o banco, cerca de 700 funcionários, que atualmente dão expediente em escritórios no edifício Ventura, um complexo comercial em que o banco ocupa 18 andares. O gasto atual do BNDES com o aluguel do Ventura é de 6 milhões de reais por mês, de acordo com o superintendente de administração da instituição, Carlos Roberto Haude.
Cerca de 38% do terreno onde será erguido o novo edifício pertencem à Fraternidade Franciscana Secular São Francisco de Assis. O restante da área já é do BNDES. O banco contratou laudos de avaliação da Bolsa de Imóveis do Rio de Janeiro e da empresa Hilco para estimar o valor da área. No acordo, foi considerada uma média das duas avaliações, de 34,611 milhões de reais.
Pelo terreno, o BNDES vai pagar cerca de 4,9 mihões de reais em 24 parcelas para a Fraternidade Franciscana. A irmandade terá 5,46% de participação no futuro prédio, e receberá também aluguel pelo uso de sua parte no edifício.
Em coletiva na tarde desta segunda-feira, o BNDES justificou o investimento com a necessidade de permitir a reintegração da equipe do banco em um mesmo conjunto arquitetônico. Segundo comunicado distribuído pelo banco, a obra "trará também benefícios à sociedade, apoiando a revitalização do Centro do Rio e o aproveitamento de vazios urbanos".
Para conseguir liberar a construção na altura necessária para o projeto, a Prefeitura do Rio encaminhou projeto de lei complementar para a Câmara Municipal em 2009 que alterava o limite anterior para a área. A mudança foi aprovada em maio de 2013, permitindo a construção com até 42 metros acima do nível do mar. A nova legislação, no entanto, impede que a construção ultrapasse a cimeira da Igreja de São Francisco, presente na mesma região.
O projeto vai ser colocado em audiência pública no dia 27 de janeiro. Em fevereiro, o banco espera dar início ao concurso para escolher o escritório de arquitetura responsável pelo projeto.Serão 3.400 metros quadrados em cada andar. Vão ser transferidos para o novo prédio o Centro de Informação e Conhecimento, o Centro de Documentação, o Centro de Memória, o Centro de Estudos Rômulo Almeida, o Centro Internacional Celso Furtado e escritórios do edifício Ventura. O BNDES diz que a obra já possui pareceres favoráveis do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade. A previsão é que a obra comece em 2016 e acabe em 2019.

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