quarta-feira 24 2013

'Como as Gigantes Caem' investiga o que leva empresas à bancarrota


da Livraria da Folha

Divulgação
Livro descreve por que e como as grandes corporações falham
Livro descreve por que e como as grandes corporações falham
Grandes corporações falham. Após a Revolução Industrial, o mundo testemunhou o surgimento e o desaparecimento de muitas empresas. Algumas delas ainda são lembradas, outras caíram no esquecimento do público e dos livros de história.
Em "Como as Gigantes Caem", James Collins, ex-professor da Universidade de Stanford e coautor de "Feitas para Durar" e de"Empresas Feitas para Vencer", analisa os elementos que levam de marcas "consagradas" e "inabaláveis" à falência.
No livro, Collins apresenta os estágios da decadência e conclui que qualquer empresa corre o risco de falir e desaparecer por completo, não importa o quão bem-sucedida ela é ou já foi.
Se o declínio for percebido com antecedência e algumas medidas forem tomadas, mesmo em estágio avançado de decadência, empresas podem se reerguer e voltar a prosperar, defende o autor.
Abaixo, leia um trecho de "Como as Gigantes Caem".
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PREFÁCIO
Eu me sinto um pouco como uma cobra que engoliu duas melancias ao mesmo tempo. Dei início a este projeto para escrever apenas um artigo, uma distração para usar minha caneta enquanto concluía a pesquisa para meu próximo livro sobre o necessário para perdurar e triunfar quando o mundo gira descontroladamente (com base em um projeto de pesquisa de seis anos com meu colega Morten Hansen). Mas a questão de como as gigantes caem foi além das limitações de um artigo e evoluiu para se transformar neste pequeno livro. Pensei em deixar este projeto de lado até ter concluído o livro sobre turbulência, mas então as gigantes começaram a cair, como peças de dominó, despencando a nosso redor.
Estou escrevendo este prefácio no dia 25 de setembro de 2008, em um avião da United Airlines, olhando para a silhueta de edifícios contra o céu de Manhattan, assombrado com os eventos cataclísmicos. A Bear Stearns caiu da 156a posição na lista Fortune 500 para 0, comprada pela JPMorgan Chase em um acordo desesperado elaborado em um fim de semana. A Lehman Brothers abriu falência após 158 anos de crescimento e sucesso. A Fannie Mae e o Freddie Mac, debilitados, sucumbiram ao conservadorismo do governo. A Merrill Lynch, símbolo do mercado americano otimista, entregou-se a uma aquisição de controle. O Washington Mutual cambaleou, prestes a se tornar o maior fracasso de um banco comercial da história. O governo americano embarcou na mais extensa aquisição de ativos privados em mais de sete décadas em uma tentativa frenética de impedir uma segunda Grande Depressão.
Devo esclarecer que este texto não é sobre o pânico financeiro de 2008 em Wall Street, nem tem nada a dizer sobre como reparar os mecanismos avariados dos mercados de capital. As origens desta obra remontam a mais de três anos, quando fiquei curioso para descobrir por que as maiores empresas da história, inclusive alguns antes excelentes empreendimentos que pesquisamos para escrever Good to Great: Empresas feitas para vencer e Feitas para durarcaíram. A meta deste livro é oferecer uma visão fundamentada em pesquisas sobre como o declínio pode ocorrer, mesmo para empresas aparentemente invencíveis, de forma que os líderes possam ter mais chances de evitar seu trágico destino.
Esta obra também não se compraz com a morte de empresas antes poderosas, mas tem o objetivo de ver o que podemos aprender e aplicar à nossa própria situação. Ao entenderem os cinco estágios do declínio que discutiremos aqui, os líderes podem reduzir substancialmente as chances de cair até o fundo do poço, despencando de icônicos a irrelevantes. O declínio pode ser evitado. As sementes do declínio podem ser eliminadas antes de gerar frutos. E, enquanto você não despencar até o quinto estágio, o declínio pode ser revertido. Os poderosos podem cair, mas muitas vezes voltam a se levantar.
Jim Collins
Boulder, Colorado

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