sábado 17 2012

Israel poderá mobilizar até 75.000 reservistas contra Gaza


Soldado israelense próximo ao Domo de Ferro, sistema israelense antimísseis
Soldado israelense próximo ao Domo de Ferro, sistema israelense antimísseis - Daniel Bar-On/Reuters







Autorização seria mais um indício da possibilidade de uma invasão terrestre. Segundo imprensa local, autoridades do centro e sul de Israel foram instruídas a se preparar para um período de até sete semanas de combate


Israel poderá mobilizar até 75.000 reservistas, segundo a imprensa local, no que seria mais uma indicação de que uma invasão terrestre a Faixa de Gaza pode estar perto de ocorrer. O governo autorizou a convocação depois de uma reunião em Tel Aviv do gabinete de segurança do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, composto pelos nove principais ministros.
O ministro da Defesa, Ehud Barak, já havia aprovado anteriormente a ampliação do número de convocados para mais de 30.000, depois que foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza caíram perto de Jerusalém Tel Aviv.


Segundo o jornal israelense Haaretz, na operação ‘Chumbo Fundido’, quatro anos atrás, menos de 10.000 combatentes foram alistados para a invasão da Faixa de Gaza. A nova operação, que está sendo chamada de ‘Pilar Defensivo’, teve como marco a morte do chefe militar do Hamas,Ahmed Jabari, em um bombardeio na quarta-feira.

O jornal Yedioth Ahronoth, de Israel, publicou que autoridades do centro e sul do país foram instruídas a se preparar para um período de sete semanas de combate. A matéria afirma ainda que Israel acredita que o Hamas ainda pode lançar foguetes de longa distância, que alcancem mais de 75 quilômetros.

Depois de reunir-se com o presidente Shimon Peres, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahi disse, segundo comunicado divulgado por seu gabinete, que o exército israelense estava atingindo o Hamas continuamente e “está pronto para expandir a operação em Gaza”.

Segundo a imprensa israelense, desde o início da operação, mais de 500 foguetes teriam sido lançados em direção a Israel, 190 apenas nesta sexta-feira. Muitos deles foram interceptados pelo sistema antimísseis israelense. Pouco mais de 20 teriam atingido áreas habitadas. Mais de 600 alvos na Faixa de Gaza foram atingidos por Israel, segundo a rede BBC internacional.
Um dos foguetes lançados a partir de Gaza, segundo militantes do Hamas, tinha como alvo o parlamento israelense, em Jerusalém, cidade a cerca de 70 quilômetros de distância. Este foi considerado o primeiro ataque a partir de Gaza contra a cidade. Mas o projétil caiu nos arredores de Jerusalém, sem deixar feridos.

A capital comercial de Israel, Tel Aviv, também foi alvo de mísseis disparados pelo Hamas. Dois foram lançados nesta quinta, no primeiro ataque à cidade desde a Guerra do Golfo de 1991. Um dos mísseis teria caído no mar e o outro, atingido uma região desabitada no subúrbio. Um terceiro foi lançado nesta sexta e também caiu no mar, segundo a polícia.

O Hamas informou que pelo menos 28 pessoas foram mortas desde quarta-feira. Três israelenses foram mortos ontem, depois que uma residência foi atingida por foguetes em Kiryat Malakhi.


Mapa indica região do conflito

Nenhum comentário: