sexta-feira 24 2012

Autocompaixão pode ser o segredo da saúde, diz pesquisa Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/autocompaixao-pode-ser-segredo-da-saude-diz-pesquisa-2817114#ixzz24Uv8QlvV © 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.


NOVA YORK - Você se trata bem? Pessoas compreensivas com terceiros frequentemente têm pouca autocompaixão. De acordo com uma reportagem do "New York Times", aceitar as próprias imperfeições e relaxar pode ser o primeiro passo para uma saúde melhor.
Pessoas que marcam muitos pontos em testes de autocompaixão têm menos depressão, ansiedade e tendem a ser mais felizes e otimistas. Dados preliminares sugerem que a autocompaixão pode até influenciar no quanto comemos e nos ajudar a perder peso.
Parece lição de autoajuda, mas segundo a professora de desenvolvimento humano da Universidade do Texas, Kristin Neff, não se deve confundir autocompaixão com padrões mais baixos de exigência ou comodismo:
- As pessoas acreditam que a autocrítica as mantêm na linha e nossa cultura diz que sermos duros com nós mesmos é o jeito certo - diz ela. - A razão pela qual não se deixa uma criança comer cinco latas de sorvete é o cuidado. Com autocompaixão as pessoas se cuidam mais, fazem o que é mais saudável.
Para os muito duros nesse quesito, Neff sugere uma série de exercícios, como escrever para si mesmo uma carta de apoio, listar seus pontos negativos e positivos lembrando que ninguém é perfeito e pensando nos passos a dar para ajudar a se sentir melhor. Meditação e mantras como "serei boa comigo neste momento" também são indicados.
Em 2007 um estudo da Wake Forest University mostrou que mesmo a menor intervenção de autocompaixão poderia influenciar hábitos alimentares. No estudo, 84 mulheres foram convidadas a participar do que acreditavam ser uma degustação de donuts. Um grupo teve lições de autocompaixão com a comida, com um instrutor dizendo que "todos comeriam aquilo e que não havia razão para se sentir mal".
Depois as mulheres foram convidadas a testar doces. Os pesquisadores concluíram que as mulheres que tinham uma dieta regular ou nutriam sentimentos de culpa em relação a comidas proibidas comeram menos depois da explicação do instrutor. As outras comeram até mais. As mulheres que se permitiram desfrutar dos doces não comeram demais.
- Autocompaixão é o ingrediente que falta em qualquer dieta e planejamento de perda de peso - diz o psicoterapeuta Jean Fain, professor associado na Escola de Medicina de Harvard, autor do livro "A dieta da autocompaixão".

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