sexta-feira 24 2012

Corrida e incontinência urinária



(Foto: Thinkstock)
A coluna de hoje vai abordar um problema que atinge entre 5% e 8% da população Brasileira, segundo dados do IBGE: a incontinência urinária. Achou esse porcentual alto? Pois saiba que, quando transportado para o mundo das corridas, essa disfunção pode atingir até 27% da mulheres praticantes da modalidade, segundo uma pesquisa realizada em São Paulo. A questão é tão grave que já foi tema de Chegada no passado, mas hoje voltamos a ela sob a luz de um encontro que tive com a professora e fisioterapeuta Milena Liste, estudiosa desse tema. É ela quem vai nos ajudar, a seguir, a entender um pouco mais sobre o problema e como lidar com ele.
O que é a incontinência urinária (IU)?
É aquela situação em que alguém não consegue controlar a urina. A IU ocorre devido a instabilidade dos músculos, tendões e ligamentos da região pélvica.
A corrida pode causar IU?
Todos sabemos dos inúmeros benefícios que a corrida nos traz. No caso de IU, porém, é provado que o impacto das passadas aumenta o risco para a ocorrência do problema.
É possível prevenir o seu aparecimento, mesmo praticando corrida?
A dra. Milena Liste explica que os hábitos são importantes na prevenção e tratamento da IU. Ela recomenda ingerir de 120 a 200 ml de líquido por vez, até atingir uma quota de 1,5 litro por dia. Isso ajuda a criar uma regularidade nas vezes em que a você urina, que deve ser de 6 a 8 vezes ao dia. Uma dieta rica em fibras, que facilita a evacuação, também ajuda a poupar o assoalho pélvico. Além disso, exercícios do períneo – que é formada pelos músculos do assoalho pélvico – adotados diariamente ajudam na prevenção.
E quem já sofre de IU? Como tratar?
A adoção dos hábitos mais saudáveis citados acima, como a ingestão de líquidos em ritmo controlado e o aumento do teor de fibras na dieta, bem como a a prática regular de exercícios do períneo, fazem parte do tratamento. Mas há também outros recursos, como a eletroestimulação de regiões específicas que auxiliam no processo de recuperação do assoalho pélvico. Em todos os casos, porém, é fundamental recorrer a um médico urologista, que possivelmente recomendará um tratamento com fisioterapia específica. A boa notícia é que os resultados são positivos, na grande maioria dos casos.
Portanto, se você achava normal perder o controle da urina durante uma prova, atenção: é provável que você sofra de incontinência urinária e é importante saber que há tratamento para o caso.
Por Renato Dutra

http://veja.abril.com.br/blog/saude-chegada/

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